A estratégia da Globo com as novelas verticais
Tudo Por Uma Segunda Chance, primeiro microdrama, estreia nesta terça-feira, 25, com patrocínio do Santander

Debora Ozório, Jade Picon e Daniel Rangel são protagonistas de Tudo por uma Segunda Chance (Crédito: Globo/Fábio Rocha)
*Atualizada às 14h34
Após o Kwai e o SBT, a Globo também mergulha no universo dos microdramas, novelas com formatos curtos e verticais voltados para dispositivos móveis.
A empresa estreia nesta terça-feira, 25, a trama Tudo Por Uma Segunda Chance.
Estratégia da Globo
A iniciativa, anunciada em setembro, faz parte de estratégia que combina conteúdos gratuitos nas redes sociais da TV Globo e modelos pagos no Globoplay.
De acordo com Renata Fernandes, diretora de produtos publicitários digitais da Globo, a adoção do novo formato acompanha mudanças de comportamento de consumo.
“Temos novas plataformas e possibilidades de formato e rotinas diferentes de uso do celular. O objetivo é unir nossa experiência em dramaturgia às experimentações que esse ecossistema permite”, afirma.
Integração multiplataforma
A primeira produção, Tudo por uma Segunda Chance, estreia com patrocínio do Santander.
O título será publicado nos perfis da TV Globo no TikTok, Instagram, Facebook, X e YouTube, em blocos semanais de 10 episódios, totalizando 50 capítulos de dois a três minutos.
A obra será disponibilizada no Globoplay a partir de 12 de dezembro.
Produzido pelos Estúdios Globo, o microdrama terá integração com Dona de Mim, atual novela da faixa das 19 horas: os personagens da trama acompanharão trechos dos episódios dentro da história principal, enquanto o público assiste pelos perfis digitais da emissora.
“Queremos observar como o consumidor circula entre as plataformas. Ele pode começar nas redes sociais, migrar para o Globoplay ou assistir em outros ambientes da Globo. Isso fará parte do nosso aprendizado sobre o formato”, diz Renata.
Nesse caso, serão 50 episódios, de até dois minutos cada.
Os sete primeiros ficarão disponíveis gratuitamente para usuários logados e nas redes sociais da plataforma; os demais serão exclusivos para assinantes, acessíveis apenas via aplicativo mobile.
Além dos originais, o Globoplay reunirá em um trilho próprio quatro eixos de conteúdo: títulos inéditos, novelinhas da TV Globo, obras licenciadas e adaptações curtas de personagens conhecidos, como Bibi Perigosa (A Força do Querer), Ramiro e Kelvin (Terra e Paixão) e Angel (Verdades Secretas). A Globo também negocia conteúdos internacionais dentro do formato.
Patrocínios
As entregas comerciais previstas incluem inserções narrativas alinhadas ao vídeo vertical, ativações para redes sociais, distribuição multiplataforma, possibilidades de licenciamento e projetos integralmente apoiados por marcas.
Ainda, a presença de atores e influenciadores, como Jade Picon em um dos títulos, integra a estratégia de alcance e engajamento.
“Estamos trabalhando para que as marcas participem de forma contextualizada nas histórias, respeitando os limites da narrativa e as características de consumo desse formato”, completa.
Para 2026, de fato, o plano é ampliar o volume de produções.
A expectativa, portanto, é reunir títulos de diferentes frentes: produções dos Estúdios Globo, parcerias com produtoras independentes e obras internacionais licenciadas.
