Conteúdo original e ao vivo: os pilares do Globoplay
Com mais de 4 bilhões de horas consumidas no último ano, plataforma da Globo destaca produção de novela, séries, microdramas e cobertura esportiva na briga pela audiência

Globoplay quer se destacar no cenário competitivo dos streamings com produções originais e esportes (Crédito:Diego Thomazini/Shutterstock)
No próximo dia 3, o Globoplay completa 10 anos. Em meio às comemorações, a plataforma de streaming da Globo apresentou algumas novidades para 2026. O anúncio foi realizado durante uma coletiva de imprensa no prédio da empresa de mídia, na manhã desta quarta-feira, 29.
Durante o evento, que contou com a presença de Julia Rueff, diretora-executiva de Globoplay; Tatiana Costa, diretora de canais Globo no Grupo Globo, e Manuel Belmar, diretor financeiro da companhia, os executivos ressaltaram o fato de a plataforma ser o streaming brasileiro que briga em um mercado de gigantes internacionais.
Segundo a diretora, o Globoplay soma atualmente 30 milhões de usuários ativos e garantiu mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumido no ano passado, sendo o segundo player com mais audiência no Brasil, com um engajamento de mais de 2 horas assistidas, segundo dados da Kantar Ibope Media.
E para melhorar esses números, bem como crescer em algumas frentes, como o relacionamento com o público jovem, a ampliação da relação com histórias fora do eixo Rio-São Paulo e a ampliação da sua base audiência masculina (já que hoje a plataforma tem, sua maioria, uma audiência composta por mulheres acima se 35 anos), a empresa de mídia investirá em conteúdo original e conteúdo ao vivo.
Junto com os anúncios, para comemorar o aniversário, a Globo lança uma campanha que destaca o conteúdo por meio de personagens. Confira:
A importância do ao vivo
O conteúdo ao vivo é de extrema relevância para a Globo e no Globoplay ele pode ser acessado por meio de uma gama de canais que podem ser acessados com a assinatura do +Canais, além da TV aberta e da GETV que são exibidas gratuitamente para assinantes.
O consumo do ao vivo representa 67% da audiência da plataforma e Julia Rueff afirmou que esse tipo de programação é uma das fortalezas da empresa. “Dentro do nosso ao vivo temos conteúdo muito relevante de esporte e música. Olhamos para essa cobertura completa”, disse.
Nesse contexto, o esporte segue sendo o principal conteúdo, já que a empresa de mídia é responsável pela transmissão de competições como Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Copa do Mundo e, a partir de 2026, da Fórmula 1.
A proposta para essa cobertura é multiplataforma, com abrangência em todos os canais da empresa de mídia, inclusive na recém-chegada GETV, que já é detentora de uma fatia comercial, com um pacote especial para o futebol nacional.
“Vivemos um momento de enorme fragmentação dos direitos. Nossa visão é de com esse ecossistema temos a oportunidade de explorar o esporte em diversos formatos e o conjunto de audiência no Brasil”, avaliou Belmar.
O executivo disse, ainda, que seria tolo achar que as partes, individualmente, valeriam mais que o todo. “Essa é a nossa defesa para o aumento do custo de direito e ao mesmo tempo é uma oferta de alcance”, completou.
Globoplay investe em originais
Outro ponto estratégico para o Globoplay é o investimento em produções originais. Esse conteúdo cresceu 68% em produção neste ano e deve aumentar em 2026.
Por isso, para o ano que vem, a plataforma investirá em um line-up completo, composto por uma novela escrita por Walcyr Carrasco, oito séries – incluindo uma adaptação da obra Uma mulher no escuro, de Raphael Montes, e uma produção em parceria com Sam Levinson, criador da série Euphoria, da HBO – 10 microdramas e um documentário por mês.
Essa diversidade de conteúdo é o que compõe a cadeia de programação que visa ampliar a relação com diferentes públicos. “Estamos inovando constantemente. Há uma percepção incorreta de que determinados públicos abandonem certas plataformas. O público jovem ainda acompanha muita coisa que é transmitida em tv aberta”, comentou Belmar.
A evolução no relacionamento com as marcas
O ano de 2024 foi satisfatório para o Globoplay em termos comerciais, com um incremento de 86% na receita publicitária de acordo com a companhia.
Para ampliar o faturamento publicitário na plataforma no futuro, um dos alicerces está na evolução da DTV, que permitirá, entre outras interatividades, que marcas e agências entreguem publicidade na segmentada na TV linear.
Durante o upfront que aconteceu em outubro deste ano, Manzar Feres, diretora de negócios da Globo, afirmou que já tem contato com fabricante de TV para evoluir no desenvolvimento de novos negócios no novo padrão da TV digital.
Além disso, a Globo está trabalhando novos formatos publicitários e na evolução dos existentes, como por exemplo Pause Ads em vídeo, disponível exclusivamente no Globoplay, que permite a entrada de anúncios quando o usuário pausa a programação e da atualização do DAI, no streaming, que contará com a inclusão interativa de publicidade segmentada nos breaks comerciais dos canais lineares no Globoplay.


