Mídia

WhatsApp, YouTube e TV dominam consumo de mídia no Brasil

Estudo mostra hábitos digitais, destaque para mobile-first, e alto índice de exposição a fake news entre brasileiros

i 24 de setembro de 2025 - 6h04

Brasileiros priorizam canais digitais e novas formas de consumir informação

Brasileiros priorizam canais digitais e novas formas de consumir informação (Crédito: N Universe/Shutterstock)

O consumo de mídia no Brasil está cada vez mais digital e mobile-first, segundo o Marco Global Consumer Report 2025, realizado em sete países com mais de 4.500 consumidores.

O estudo identifica tendências de consumo, engajamento de marca e canais mais eficazes de comunicação, oferecendo insights estratégicos para marcas e instituições que desejam se conectar de forma confiável com o público.

No País, WhatsApp (13,6%), YouTube (11,4%) e Instagram (10,6%) lideram o consumo, superando até a televisão (8,7%), tradicionalmente considerada fonte de informação confiável.

 Tipos de mídia de acordo com a frequência de consumo no Brasil

Tipos de mídia de acordo com a frequência de consumo no Brasil (Crédito: Divulgação)

O estudo confirma que, apesar do avanço digital, a televisão mantém relevância, especialmente entre públicos mais velhos, e continua sendo altamente confiável.

Formatos emergentes, como podcasts e Telegram, demonstram a abertura dos brasileiros a novas plataformas, enquanto o impresso perde espaço.

Em termos globais, o relatório mostra que países como Espanha e Portugal priorizam WhatsApp e Instagram, enquanto a França ainda privilegia a TV.

A Alemanha valoriza a mídia tradicional, e Itália e México apresentam equilíbrio entre digital e televisão.

 Tipo de mídia de acordo com a frequência de consumo

Tipo de mídia de acordo com a frequência de consumo (Crédito: Divulgação)

Fake news e desinformação

A exposição a notícias falsas é alta: 76,6% dos participantes relataram ter se deparado com notícias falsas nos últimos seis meses.

Portugal (85%) e Espanha (84%) registram os maiores índices, seguidos por México (83%) e Brasil (73%).

Entre os brasileiros, 64% afirmam denunciar conteúdos falsos, colocando o país entre os mais proativos nesse aspecto.

“Os resultados mostram que marcas, instituições e veículos precisam redobrar esforços para oferecer informações transparentes e verificáveis, adaptadas aos hábitos de consumo de cada país. Em um cenário de exposição a fake news, a confiança se torna a nova moeda da comunicação”, afirma David Martín, diretor de marca e relações com a mídia da Marco.

Segundo Douglas Meira, diretor para a América Latina e gerente de país da MARCO no Brasil, “o País se destaca por seu consumo mobile-first e orientado por vídeo, com WhatsApp, YouTube e Instagram moldando a forma como as pessoas descobrem e confiam nas informações, ao lado da TV.

Para marcas e instituições, é essencial priorizar aplicativos de mensagens e narrativas visuais, além de reforçar a verificação e a transparência”.

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2025 em França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, México e Brasil.

Foram abordados temas como cultura de trabalho, modelo híbrido, consumo de redes sociais, sustentabilidade, engajamento de marca e estilo de liderança. A amostra de 4.598 pessoas foi obtida por seleção aleatória, garantindo representatividade em cada país.