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CEO da NYT Company deixa o cargo

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Mídia

CEO da NYT Company deixa o cargo

Com 28 anos de casa (sendo sete no posto de presidente executiva), Janet Robinson prometeu sair da companhia até o final de dezembro


16 de dezembro de 2011 - 10h09

Janet Robinson, a CEO da The New York Times Company, deixará o cargo até o final de dezembro, encerrando uma longa trajetória de 28 anos passados na companhia de mídia, sendo os sete últimos no posto de presidente executiva.

De acordo com um memorando interno enviado pelo chairman da New York Times Company, Arthur Sulzberger, a decisão partiu da própria CEO. Enquanto procuram um sucessor para Janet, o próprio Sulzberger acumulará a função de presidente executivo.

“Sob sua liderança nós tivemos uma transmissão de sucesso para a composição de uma organização multiplataforma, encontrando novas maneiras de captar novas audiências, monetizar nosso conteúdo e estabilizar nossas finanças durante um período de economia instável”, escreveu o chairman. “Fizemos isso sem comprometer a qualidade de nosso noticiário e da informação oferecida aos leitores”, finalizou.

A companhia pagará à Janet Robinson mais ou menos a quantia de US$ 4,5 milhões, pelos serviços de consultoria que ela prestará no próximo ano. Essa decisão, para algumas pessoas ligadas à companhia, foi tida como um meio de suavizar a saída da executiva e, ao mesmo tempo, assegurar uma transição segura de diretoria.

A inesperada demissão chocou algumas pessoas do mercado. “É algo interessante pois, ao observar o modo de operação da New York Times Company, nota-se que as sucessões são sempre bem planejadas”, comentou Alan Mutter, o empresário e proprietário do blog jornalístico Silicon Aley. “O anúncio da saída da CEO duas semanas antes e sem um outro nome para substituí-la é surpreendemente. Eles terão de procurar um novo líder de forma súbita”, disse o analista editorial Douglas Arthur, diretor da Evercore.

A mudança vem cinco semanas após a The Nem York Time Company anunciar a saída do diretor executivo da área digital, Martin Nisenholtz, até o final de 2011. O executivo também estava há muitos anos na companhia e desenvolveu um grande esforço de trabalho para operacionalizar as receitas digitais do grupo. Segundo um porta-voz, a NYT Co. decidiu não escolher um sucessor para Nisenholtz.

Desafios e substituição

A posse de Janet Robinsou como CEO coincidiu com a necessidade de superar o colapso da queda das receitas do jornal impresso e manter as marcas impressas no seu patamar de importância. A companhia passou por uma forte crise e, para recuperar a liquidez, fez empréstimos com o bilionário mexicano Carlos Slim a taxas muito elevadas de juros. Apesar disso, a dívida do grupo de mídia foi paga.

As versões online dos periódicos do grupo tinham acumulado 324 mil assinantes pagantes até o mês de setembro deste ano, incluindo os usuários de e-readers, como o Kindle.

As especulações sobre o possível sucessor de Janet apontam para algum nome da área digital. No caso da Time Warner, por exemplo, houve a opção por Laura Lang, CEO da agência Digitas, para assumir o comando do setor da divisão de revistas da Time Inc. Oficialmente, nenhum nome foi lançado pela companhia.

Em seu comunicado de despedida, Janet disse que sentia uma mistura de emoções ao deixar a New York Times Company. “A companhia tem sido a minha casa por 28 anos e sou grata por ter tido a oportunidade de trabalhar com tantos profissionais de destaque ao longo desse tempo”, disse.

Com informações do Advertising Age.
 

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