Mídia
Desenho do Sítio em janeiro na Globo
Versão em animação do Sítio do Picapau Amarelo é feita em coprodução com a Mixer
Versão em animação do Sítio do Picapau Amarelo é feita em coprodução com a Mixer
Edianez Parente
14 de dezembro de 2011 - 8h18
Os olhos são grandes como os dos personagens dos animês japoneses, o ritmo é acelerado, as falas são dinâmicas. Esta é a versão estilo cartoon para a boneca Emília, Narizinho, Pedrinho e toda a trupe do universo de Monteiro Lobato, que chegam em desenho animado a partir de 7 de janeiro, nas manhãs de sábado na TV Globo.
Trata-se da primeira parceria entre a emissora e a produtora, num investimento de R$ 4 milhões, possibilitado via utilização dos recursos do artigo 3º A da Lei do Audiovisual – pelo qual as redes abertas podem abater imposto pago por compras de conteúdos internacionais.
Há um ano em gestação, o projeto foi possível a partir do contato da Mixer com a Globo Marcas, empresa da Globo que representa os herdeiros nas questões dos direitos sobre a obra de Monteiro Lobato. Para João Daniel Tikhomiroff, presidente da Mixer, a coprodução é um marco histórico para a animação no Brasil.
Cada um dos 26 capítulos desta primeira temporada tem duração de 11 minutos. “O desafio foi transformar a obra de Monteiro Lobato em episódio de curta duração. Todos os episódios são baseados em Reinações de Narizinho”, afirma Rodrigo Castilho, responsável pela adaptação do texto e pelo roteiro final. Ele planeja as possíveis segunda e terceira temporadas – o atual volume de produção é de três episódios por mês. Nesta primeira leva, há, por exemplo, muitas cenas no folclórico Reino das Águas Claras. “Não é o que está no livro, mas também não é diferente”, diz Castilho. Um grupo de crianças dá voz aos personagens.
Para Humberto Avelar, diretor do Sítio do Picapau Amarelo em desenho, a grande preocupação do projeto foi se manter fiel a Monteiro Lobato.
Há o mesmo tema original de Gilberto Gil na abertura e os traços dos personagens são de autoria do desenhista Bruno Okada. José Luiz Bartolo, diretor de Licenciamentos da TV Globo, conta que houve um concurso com dez finalistas para se escolher o desenhista da obra. Para ele, os traços são globais, mas há brasilidade na construção dos personagens, que podem eventualmente ir para o mercado internacional. O público-alvo da atração vai dos 4 aos 11 anos de idade.
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