Fórum Brasil de TV debate Lei da TV paga
No primeiro dia, painéis destacam a demanda exigida pelo novo texto e o crescimento das plataformas VOD
No primeiro dia, painéis destacam a demanda exigida pelo novo texto e o crescimento das plataformas VOD
Meio & Mensagem
4 de junho de 2014 - 4h41
O Fórum Brasil de Televisão começou na manhã dessa quarta-feira, 4, no World Trade Center em São Paulo. Destacaram-se no primeiro dia de sua 15ª edição os painéis A TV que Queremos e On Demand: Perspectivas de Crescimento e os Riscos Regulatórios.
O primeiro contou com a participação de Belisário Franca, sócio e diretor da produtora Giros; Gil Ribeiro, diretor presidente da Conspiração Filmes; Cao Hamburguer, diretor e produtor cinematográfico; e Rogério Gallo, vice-presidente de filmes e séries da Turner. Os convidados debateram o movimento da televisão brasileira nos dias atuais, a indústria das produções independentes e as dificuldades da implantação da nova Lei da TV paga.
Segundo Franca, o grande desafio das produtoras independentes é o baixo investimento na indústria da televisão. “Fazer uma série com padrão americano exige dinheiro, tempo e muito investimento. As produtoras tem que se empenhar na qualidade do conteúdo”, diz ele. Ribeiro acredita que o espaço dedicado às séries brasileiras ainda é pequeno. “O nosso desafio é apostar no mercado de licenciamento, que nós ainda não temos”, afirma.
Para Hamburguer, a melhor maneira de entrar no mercado audiovisual é a experiência. “Aprender a fazer televisão e produção de qualidade exige uma cadeia de gerações”, explica. “A TV paga deveria aproveitar o que é bom da TV brasileira, que é de alta qualidade. Acho que nós temos muito que aprender com os estrangeiros, mas sem sair do nosso habitat natural”.
Gallo discorda que a questão principal seja dinheiro. Segundo ele, a demanda gerada pela lei dificultou a vida dos produtores. “Já era difícil a indústria do cinema conviver com esses prazos, imagina para a TV”, afirmou. Segundo ele, falta profissionais mais qualificados no mercado. “Por mais que você tenha cotas e cumpra tabela, o conteúdo tem que ser relevante. A questão central é a relevância”.
No segundo painel debateram Nelson Sato, da Sato Company; Fernando Magalhães, da Net; e Raphael Crescente, da Cesnik Quintino & Salinas Advogados.
Magalhães destacou o empenho do Now nesse mercado: “para trazer conteúdo, a Net fechou diversos acordos, como a Claro Video, a TVOD e o PayTVOnDemand, chegando a 15 mil streamings. Isso faz com que o consumidor encontre na nossa plataforma diversos títulos de produções nacionais e estrangeiras”. Ele acredita que um bom serviço de streaming com valor acessível é a melhor maneira de combater a pirataria.
Amanhã, no segundo dia do 15º Fórum Brasil de Televisão, terão destaque as soluções digitais das empresas de TV e os desafios do modelo brasileiro de produção de conteúdo.
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