Assinar

Fraudes com apps custam US$ 1,3 bi aos anunciantes

Buscar

Fraudes com apps custam US$ 1,3 bi aos anunciantes

Buscar
Publicidade
Mídia

Fraudes com apps custam US$ 1,3 bi aos anunciantes

Redes mal-intencionadas conseguem reiniciar o sistema operacional do celular e gerar tráfego fraudulento na publicidade móvel


19 de setembro de 2017 - 12h48

Fraudes que usam instalação de apps para criar tráfego artificial e burlar a publicidade móvel afetam toda a cadeia do marketing digital

Até o final deste ano, a publicidade digital móvel representará um investimento global de US$ 99,3 bilhões e superará, pela primeira vez, a publicidade baseada em desktops, que deve atingir o valor de US$ 97,4 bilhões no mesmo período. Juntamente com essa expansão móvel, as fraudes denominadas DeviceID Reset Fraud, pelas quais fraudadores reiniciam o sistema operacional dos celulares entre cada instalação de apps em grande escala, e geram um imenso tráfego fraudulento. Esse tipo de fraude, segundo estimativa da empresa AppsFlyer, cuja tecnologia está instalada em 98% dos smartphones mundiais, custa entre US$ 1,1 bilhão e US$ 1,3 bilhão aos anunciantes anualmente.

Cada dispositivo móvel (smartphone, tablet etc.) tem seu próprio e único DeviceID (ou identificação de dispositivo). Para os iPhones, equipados com iOS, o ID é chamado IDFA. Para os smartphones que são embarcados com o Android, o ID é o GaID. O ID é o meio pelo qual os anunciantes conseguem medir e entender suas ações de marketing e de publicidade móvel. Também, é o meio que smartphone ou tablet usa para proteção e detecção de fraude.

Segundo a ApsFlyer, o Brasil já tem as melhores plataformas globais do mercado de publicidade mobile em grande escala, com inteligência e automação à disposição de agências e anunciantes. Mas, ao mesmo tempo em que o mercado evolui para tecnologias inteligentes de publicidade, também atrai as fraudes. A empresa aponta que, da mesma forma que cada tipo de campanha tem uma precificação, para cada precificação as redes de distribuição mal-intencionadas criaram um tipo de fraude:

– Fraude por clique: quando essas redes fraudulentas geram cliques falsos que, no entanto, são gerados por usuários reais que realmente têm o app. Ou seja, o usuário fez o download do app organicamente, mas, de alguma forma, essa aquisição é atribuída ao anúncio, gerando precificação.

– Fraude por impressão: quando os displays (banners) do anúncio são “empilhados” uns sobre os outros na página durante a navegação. O usuário não viu o anúncio e, portanto, não deve ser cobrada a impressão. Mas, para efeito de contabilização da campanha, conta como se tivesse ocorrido essa visualização.

– Fraude por download e instalação: robôs realizam os cliques nos anúncios e, em seguida, fazem o download dos apps. Segundos depois, desinstalam tudo. A essa altura, contudo, o resultado de campanha já foi contabilizado e será cobrado do anunciante.

“Não podemos ter uma indústria forte como a da publicidade móvel transformada em algo sem confiança, especialmente no Brasil, onde o mercado ainda está amadurecendo”, diz Daniel Junowicz, diretor da AppsFlyer para América Latina. A sugestão da empresa, para os anunciantes, é que os processos sejam redefinidos nos seguintes termos: as expectativas de fraude devem ser definidas como parte da tecnologia da informação; relatórios transparentes devem ser ativados durante as campanhas; parceiros e redes devem ser cobrados em relação à transparência. Para as adnetworks, o relatório da AppsFlyer observa que é necessário que essas redes observem os dados para saber o quanto estão expostas à fraude; redefinam os dispositivos; e aproveitem os dados para imunizar os clientes. Para os provedores, a orientação é que o mercado seja educado para descobrir novos tipos de fraude para oferecer aos anunciantes as ferramentas de que precisam para se proteger; e fornecer às adnetworks a transparência necessária para detectar, combater e eliminar essas fraudes na medida em que surgem.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Globo tem 16 marcas nas transmissões da Copa do Mundo de Clubes

    Globo tem 16 marcas nas transmissões da Copa do Mundo de Clubes

    Empresa de mídia fechou 22 cotas para as exibições na TV aberta e por assinatura de todas as partidas do torneio

  • Google seleciona veículos brasileiros para jornada de IA

    Google seleciona veículos brasileiros para jornada de IA

    Meio & Mensagem está entre os veículos selecionados que participarão de sessões ao vivo, mentorias e avaliação da FT Strategies