Grupo RBS deve adquirir o portal iG, da Oi
A Editora Abril e o Yahoo também estariam entre os eventuais interessados em adquirir o portal
A Editora Abril e o Yahoo também estariam entre os eventuais interessados em adquirir o portal
Padrão do site
11 de outubro de 2011 - 7h55
O Grupo RBS deve adquirir a operação do portal iG, controlado pela Oi. Segundo informações obtidas pelo Meio & Mensagem, há um leilão em andamento para efetivar a compra do iG e, entre os interessados, além do Grupo RBS, estão também a Editora Abril e o Yahoo.
Nesta quinta-feira, 13, uma reunião de conselho da Oi deve decidir a venda. O Grupo RBS é o mais cotado para adquirir o iG. O Yahoo que, nos Estados Unidos, tem sido objeto de crescentes investidas agressivas pela Microsoft, que tentou comprar o portal já em 2007, já estaria fora da disputa pelo iG. O que deixa a potencial venda do iG entre o Grupo RBS e a Editora Abril.
Procurado pelo Meio & Mensagem, o presidente do iG, Pedro Ripper, nega a venda. Ripper, além de ser o principal dirigente do iG, é também vice-presidente da Oi da área de inovações, novos negócios, aquisições e fusões. No entanto, Ripper admite que existem várias conversas com o próprio Grupo RBS e outros players.
“Estamos conversando com a RBS e mais dois ou três players. São parcerias que fazem sentido e podem ser para canais (de conteúdo) ou para publicidade”, afirma. O executivo diz que vários players estão fora de escala, ou seja, não têm tamanho para competir com os grandes portais. Ripper prevê um cenário completamente distinto para os portais a médio prazo, entre 12 e 18 meses, com a consolidação dos players.
Procurado para se pronunciar oficialmente sobre a eventual negociação, o Grupo RBS, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que "não está comprando o portal de internet iG.”
E por que faria sentido para a Oi vender o iG, um portal de conteúdo e serviços? Como referência, o Grupo Telefônica controla o portal Terra. Por outro lado, empresas concorrentes da Oi como a própria Telefônica, a Embratel/Claro/Net e a GVT têm investido mais nas ofertas convergentes do que, propriamente, em conteúdo. A Embratel/Claro/Net (controladas pela América Móvil e Telmex, do mexicano Carlos Slim), acaba de lançar um pacote convergente que oferece telefonia fixa e móvel, banda larga fixa e móvel e TV paga. Oferta semelhante tem a Telefônica/Vivo/TVA e a GVT já lançou seu próprio pacote de telefonia fixa e TV paga.
Ou seja, as teles não têm exatamente investido na produção de conteúdo próprio (a não ser a Telefônica, pelo Terra), e sim na sinergia proporcionada pelas redes – as operadoras tanto têm a rede de transporte dos sinais (telefonia, banda larga e TV) quanto as redes de distribuição desses sinais (seja via fio de cobre, fibra óptica ou satélite). Portanto, faz sentido a Oi se desfazer dos ativos do iG que, atualmente, agregam as mais variadas plataformas da operadora, e se dedicar à oferta de telefonia e banda larga (fixa e móvel) e TV paga (por cabo e satélite).
Compartilhe
Veja também
Mercado fonográfico brasileiro ultrapassa marca dos R$ 3 bilhões
Crescimento é impulsionado pelo streaming que representa 87,6% da receita total, mas vinil puxa recuperação dos meios físicos
Antes da estreia, Vale Tudo bate recorde comercial na Globo
Remake de novela, que estreia no próximo dia 31, atrai dez diferentes marcas, que já negociaram 60 inserções comerciais diferentes, o que representa um recorde na história do veículo