Instagram: fim de likes aumenta engajamento

27 de novembro de 2019 - 16h22

Atualizado em 28/11, às 11h05*

Em julho deste ano, o Instagram começou a ocultar o número de likes das postagens de alguns países onde opera. Ainda em caráter de teste, o Brasil está entre esses territórios experimentais.

Um estudo da Zeeng, plataforma brasileira especializada em big data e analytics para marketing, revelou que as marcas mantiveram suas taxas de ativos sociais e números de seguidores. O estudo, realizado a pedido do Jornal do Comércio, revelou que houve um aumento de 90% no número de comentários e 12%, em média, nas interações.

A análise comparou interações da semana que antecedeu a retirada dos likes (de 10 a 16 de julho) até a primeira semana pós-fim dos likes (de 17 a 23 de julho). Para isso, a Zeeng usou como referência as dez marcas com maior volume de seguidores da sua base, de cerca de 4 mil.

Se as marcas não notaram efeito pejorativo sobre suas estratégias diretas de social media, os influenciadores tendem a enfrentar maiores problemas. Segundo estudo da #Paid, plataforma canadense dedicada a conectar marcas e creators, destacou que 37% influencers notaram uma diminuição do número de likes e 47% disseram que o número de seguidores tem crescido menos.

A pesquisa qualitativa da #Paid falou com 193 influenciadores de 15 de junho a 1º de julho, com bases de seguidores que variam de dez mil a milhões. Nas observações sobre a metodologia, a plataforma ressalta que, neste contexto, o que é “uma grande queda para um creator pode ser um decréscimo menos substancioso para outro”.

*Uma versão anterior desta publicação continha imprecisões a respeito de estudos sobre mídias sociais e saúde mental

**Crédito da imagem no topo: Fancycrave/Unsplash