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Mídia

Mixed Martial Arts (MMA) melhora seu cartel

Com transmissões na TV aberta, UFC ganha destaque também em outras mídias


19 de dezembro de 2011 - 11h41

Em meio a tantos eventos que antecedem Copa e Olimpíada no Brasil, um esporte em especial vem ganhando muito destaque na mídia: o MMA, ou Mixed Martial Arts. Com muitos atletas brasileiros consagrados, as artes marciais mistas ganharam os holofotes neste ano e angariam mais e mais veí­culos de comunicação.

Com uma emblemática luta entre Anderson Silva e Vitor Belfort, em fevereiro deste ano, o MMA começou 2011 atiçando os brasileiros: segundo Pedro Garcia, diretor-geral do canal Combate — parte do pacote de pay-per-view da Globosat —, o evento gerou interesse dos espectadores. “Lá já começou um burburinho muito grande”, lembra. E o reflexo disso pôde ser visto logo no início deste segundo semestre, com o Brasil recebendo a 134a. edição oficial do Ultimate Fighting Championship (UFC) — principal campeonato de artes marciais mistas — após 13 anos, no Rio de Janeiro.

Segundo Garcia, o esporte ganhou a mídia do País principalmente pelo fato de seus grandes lutadores serem brasileiros: “Além do esporte, tem um público que gosta destes personagens, da história de vida deles, e o MMA conseguiu trazer esses ídolos brasileiros à tona”, afirma. E isso também se reflete na programação dos canais abertos: a RedeTV — que detinha exclusividade de transmissão do UFC desde 2009 — perdeu os direitos para a Globo, que, ainda, inseriu um lutador de MMA (representado por Dudu Azevedo) em sua novela das 21h, Fina Estampa. A própria Globo terá um reality show sobre o esporte em 2012.

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E com essa superexposição do esporte, foi natural o aumento no número de patrocínios. Segundo Carlos Ameni, diretor de criação da Bad Boy — uma das principais marcas a anunciar nas artes marciais mistas —, o “boom” do último ano fez com que as marcas voltassem os olhos para o esporte: “Foi criado até um novo nicho de mercado para outro público. As surf shops começaram a sumir e dar lugar a esta parte fashion do MMA”, conta. E um reflexo disso foi o aumento nas vendas: a Bad Boy apresenta um crescimento médio de 15% em 2011, mesmo sem aumentar o seu investimento. 

E se o MMA ganhou os holofotes, não foi só na televisão: o UFC Rio, por exemplo, foi transmitido até nos cinemas. Iniciativa da UCI em parceria com o UFC, a transmissão aconteceu simultaneamente em seis salas do País (Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro e Salvador) e reuniu cerca de 1.650 pessoas. Para Monica Portella, diretora de marketing da UCI, a aposta foi arriscada — uma vez que o evento também estaria sendo transmitido na TV aberta —, mas deu certo. “Existem famílias e casais que não querem ir à arena, mas vão ao cinema. Tem outra energia, e, por isso, já estava tudo esgotado duas semanas antes. Deu supercerto”, afirma.

O destaque também se deu na mídia impressa: lançada em agosto (próxima ao UFC Rio), a UFC Magazine Brasil, publicada pela Tatame Editora, é a primeira revista totalmente dedicada ao campeonato de MMA, trazendo informação sobre os torneios e os atletas. E mesmo com pouco tempo de vida, a publicação chamou a atenção do mercado: segundo Alexandre Esteves, diretor de marketing da Tatame Editora e editor-chefe da revista UFC, a previsão de faturamento com publicidade para as revistas voltadas à luta é superior a R$ 1,5 milhão. “O mercado vinha crescendo num ritmo pequeno, mas com o UFC vindo para o Brasil e o Anderson (Silva) virando uma figura pública, houve um salto. As marcas que não tinham condição de anunciar agora têm, e até algumas marcas de fora têm entrado na revista”, explica.

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