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Pearson confirma venda da The Economist

Exor e outros acionistas compraram ações por cerca de US$ 730 milhões


12 de agosto de 2015 - 10h12

Negócio aventado desde que o Grupo Nikkei comprou o Financial Times, o grupo Pearson declarou na semana passada que o processo de venda da revista The Economist e todos os seus ativos estava adiantado. Nesta quarta-feira, 12, em carta aos leitores e comunicado a investidores, a publicação confirmou a “mais importante transformação em sua estrutura acionária em quase 90 anos”. A Exor está comprando 30% das ações que antes pertenciam à Pearson, e o próprio Economist Group está readquirindo os 20% restantes. Toda a transação envolve cerca de US$ 730 milhões.

A Exor já possuía 5% da empresa. A holding dos magnatas italianos Agnelli também é a principal acionista da Fiat Chrysler Automobiles. A Economist disse que vai vender sua sede em Londres para financiar parte da compra. Stakeholders que já investiam no grupo terão um aumento de 25% de ações na recompra. Parte será mantida num fundo, com o objetivo de permanecer como fonte futura de equity para sustentar o crescimento da empresa.

Para garantir a continuidade do editorial independente da publicação, as mudanças serão acompanhadas de emendas no novo contrato social, a ser votado em setembro. Uma das regras prevê que nenhum acionista individual possa ter mais de 50% da empresa.

No comunicado oficial, Rupert Pennant-Rea, presidente do The Economist Group, agradece pelo apoio da Pearson e pelo entendimento da filosofia editorial da empresa ao longo dos anos. Explica que a venda do edifício sede é uma oportunidade para a empresa ocupar escritórios mais modernos, “com mais espaço para nossas ambições digitais e as necessidades de uma empresa de mídia do século 21”.

A The Economist foi criada em 1843 e é uma das revistas econômicas mais respeitadas do mundo. Possui circulação média de 1,6 milhões de exemplares, e 75% de seus novos assinantes e renovações são digitais. O grupo que edita a The Economist mantém outras áreas de negócio, como o instituto de pesquisas Economist Intelligence Unit, que abriu recentemente escritório no Brasil.

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