Playboy deixa site mais comportado nos EUA
Publicação irá focar mais em assuntos de comportamento e estilo de vida, diminuindo a exposição de mulheres seminuas
Publicação irá focar mais em assuntos de comportamento e estilo de vida, diminuindo a exposição de mulheres seminuas
Meio & Mensagem
21 de agosto de 2014 - 2h22
Na próxima segunda-feira, 25, a Playboy norte-americana irá fazer uma ampla mudança em seu site, que foi criado há 20 anos. O objetivo da reformulação será oferecer na página opções variadas de entretenimento e não mais um conteúdo essencialmente adulto. A nova versão da Playboy.com, que começou a apresentar alguns elementos nessa quinta-feira, 21, lembra o design dos portais de revistas como GQ e Esquire.
“Estamos focados agora em lançar um novo canal de interação da Playboy com homens de estilo de vida clássico, com assuntos sobre entretenimetno, estilo, vida noturna e, claro, garotas”, disse o chief Revenue Officer da Playboy, Matt Mastrangelo.
Esse movimento é uma espécie de ruptura com a antiga playboy.com. Apesar de não oferecer nudez explícita em seus canais – esse tipo de conteúdo ficava em uma seção especial, que podia ser acessada apenas por assinantes – a maior parte do antigo site era composta por imagens de mulheres seminuas. A mudança no digital reflete também a proposta da versão imprensa, que veem preenchendo apenas 12% do total de suas páginas com ensaios de mulheres, de acordo com Mastrangelo.
A reportagem do Advertising Age viu uma prévia do novo site da Playboy nessa quarta-feira, 20 e notou que, na lista das dez matérias mais lidas, apenas uma é um ensaio de mulheres nuas. A reportagem de maior repercussão, naquele momento, era uma lista com os 100 melhores brinquedos da década de 90. “O mantra do conteúdo editorial é sempre nos fazer a questão: ‘Você mandaria isso para um amigo?’, diz Cory Jones, VP sênior de conteúdo digital da Playboy.
O executivo da Playboy compreende, no entanto, que um leitor do portal da revista não tende a compartilhar um link do site com a mesma naturalidade que envia uma noticia do BuzzFeed, por exemplo. O novo site, no entanto, pretende ir mudando a associação direta da Playboy com a nudez, fazendo com que os leitores se sintam mais confortáveis em ler e compartilhar seu conteúdo.
Para o porta-voz é muito importante passar ao leitor a ideia de que ele pode compartilhar qualquer conteúdo da Playboy em seu Facebook sem que sua própria mãe se sinta constrangida ao ver o link na rede social.
As mídias sociais são, inclusive, a grande prioridade da Playboy na plataforma mobile, que já responde por 60% do tráfego mensal do site da publicação. O site foi reformulado para que seu conteúdo se adapte integralmente às telas de smartphones e tablets. O conteúdo móvel também tem ferramentas de conexão com as redes sociais. “Nosso foco é no Facebook agora porque é lá que nossa grande audiência está”, disse Phillip Morelock, VP-chief product officer da Playboy. Atualmente, a revista possui mais de 15,6 milhões de fãs no Facebook, 881 mil seguidores no Twitter, 1 milhão de assinantes no YouTube, 1,4 milhão de seguidores no Instagram e 62,4 seguidores no Vine.
Do Advertising Age
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King