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TV paga: bom, mas pode melhorar

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TV paga: bom, mas pode melhorar

Autoridades enfatizam, durante Congresso da ABTA, o crescimento do setor, mas apontam que melhorias ainda são necessárias


5 de agosto de 2014 - 6h52

Comemoração, mas com a percepção de que ainda há muito a ser feito. Esse foi o tom da cerimônia de abertura da 22ª edição do Congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), que começou nesta terça-feira, 5 e vai até quinta, 7.

Aberto com discurso do presidente da ABTA, Oscar Simões, o evento frisou os avanços do setor nos últimos anos, como a ampliação da base de assinantes e o aumento de audiência. Por outro lado, ficou clara a percepção de que são necessárias mais iniciativas e engajamento, tanto do governo como do setor privado, para que a indústria de TV paga volte a ter os robustos números de crescimento de anos atrás. “Essa desaceleração do setor precisa ser revertida”, frisou Simões, em referência ao ritmo deste ano, que está na casa dos 11%, quando em anos anteriores o aumento da base de assinantes superava a ordem de 30%.

Foram convidados para o Painel de Abertura, José Formoso, presidente da Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel); Manoel Rangel, diretor presidente da Agencia Nacional de Cinema (Ancine); João Rezende, presidente da Anatel; Marta Suplicy, ministra da Cultura; e Paulo Bernardo, ministro das Comunicações. Destacaram a importância da TV paga em suas esferas de atuação, ressaltando as iniciativas do governo e das agências reguladoras para a melhoria do setor.

Entre todas as declarações, foi unanime a ideia de que o brasileiro anseia por incluir a TV por assinatura em seu lazer cotidiano e que há, ainda, muito mercado a ser conquistado pela indústria. Os dados do setor indicam, na opinião das autoridades participantes, que o País caminha para uma evolução concreta do setor. “Hoje o setor representa 0,46% do PIB brasileiro. Isso é muito significativo e demonstra a robustez do negócio, dentro do qual a TV paga esta inserida e responde por boa parte desse crescimento”, destacou Manoel Rangel.

Para a ministra da Cultura, o crescimento da base de assinantes denota a importância em preservar os investimentos culturais e fornecer à população mais opções de lazer. “O papel do governo é facilitar o cenário para que as empresas realizem cada vez mais e construam um mercado grandioso no Brasil. Os brasileiros tem fome de conhecimento, de saber. Onde oferecermos cultura e informação, certamente haverá um grande números de consumidores ansiosos por ela”, declarou Marta Suplicy.

O ministro Paulo Bernardo aproveitou a ocasião para criticar a carga tributária do setor, ressaltando que o governo vem tentando buscar alternativas. “A TV por assinatura tem uma alíquota de 10%. Ela ainda é uma das menores do setor de telecomunicações, mas ainda assim é muito alta. Defendo que a diminuição seja ampliada a todo o setor, senão, inevitavelmente, o serviço ficará mais caro para o consumidor final”, enfatizou o ministro.

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