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Votação do Prêmio Caboré entra na última semana

Assinantes de Meio & Mensagem tem até o próximo dia 30 para escolher seus favoritos na 39ª edição do Prêmio; cerimônia acontece em 4 de dezembro


26 de novembro de 2018 - 6h00

Os assinantes de Meio & Mensagem tem até a próxima sexta-feira, 30, para escolher entre seus favoritos entre os indicados ao Prêmio Caboré. Todo o processo da premiação é auditado pela PricewaterHouseCoopers e os ganhadores desta 39ª edição do Prêmio serão revelados no dia 4 de dezembro, durante festa pelo Dia Mundial da Propaganda, no Credicard Hall, em São Paulo. Só pode votar quem já era assinante do Meio & Mensagem antes da divulgação da lista de indicados.

Dos 39 indicados ao Caboré 2018, 23 nunca concorreram e 32 nunca ganharam. Das 21 indicações a profissionais, as mulheres são maioria pela primeira vez, com 12 concorrentes. O processo de escolha dos indicados começa com uma ampla consulta a líderes do mercado e é encerrado após diversas análises dos editores do Meio & Mensagem.

Em quatro das 13 categorias, todos os indicados disputam a coruja pela primeira vez: Profissional de Planejamento, Profissional de Mídia, Profissional de Marketing e Serviço de Marketing. Outros estreantes são os dirigentes Ana Célia Biondi e Carlos Henrique Schroder, os profissionais de criação Domenico Massareto e Keka Morelle, as profissionais de atendimento Carol Escorel e Cris Pereira Heal, o anunciante Magazine Luiza, o produtor de conteúdo Fox, a plataforma de mídia Waze, o profissional de veículo Herbert Zeizer e a produtora Alice Filmes.

Já concorreram, mas ainda não têm a coruja o criativo Rafael Urenha, a profissional de atendimento Sylvia Panico, as empresas anunciantes Renault e Santander, os produtores de conteúdo CBN e UOL, a plataforma de mídia Twitter, o profissional de veículo Marcelo Pacheco e a produtora Vetor Zero.

Confira, a seguir, quem são os 39 indicados e as razões que levou cada um deles a ser indicado ao prêmio pelos editores de Meio & Mensagem:

Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação

Ana Célia Biondi (JCDecaux)
Ao receber a gaiola que revelava sua indicação ao Caboré, Ana Célia Biondi já conseguiu um importante feito. Em 39 edições da premiação, ela é a terceira mulher a disputar esta categoria (após Kiki Moretti, em 2016, e Christina Carvalho Pinto, em 1992). A indicação consagra uma carreira de mais de 20 anos dedicados ao setor de out-of-home, iniciada em 1997, ao realizar um estudo de implantação de mobiliário urbano para a Publicromo, da qual Ana Célia se tornou sócia, em 2004. A fase mais próspera de seu trabalho, no entanto, aconteceu após a promulgação da Lei Cidade Limpa, em 2017, que estabeleceu novas regras para a exploração do mobiliário urbano da cidade. A executiva, que é formada em Economia, liderou o consórcio de empresas que pretendiam investir no setor até ingressar na JCDecaux, em 2012. Na multinacional de origem francesa, Ana Célia tocou um projeto de expansão que reconfigurou a exploração do mobiliário urbano em diversas regiões do País. A partir da concessão de exploração dos relógios de rua de São Paulo, a JCDecaux expandiu sua presença em aeroportos, levando suas soluções de mídia para o GRUAirport, o maior terminal aéreo da América Latina, e também para quatro linhas do metrô de São Paulo, que diariamente transportam cerca de quatro milhões de passageiros. Desde 2014, ela é diretora-geral da companhia no Brasil.

Carlos Henrique Schroder (Rede Globo)
Responsável por fazer com que a maior empresa de mídia do Brasil fale com “100 milhões de Uns” diariamente, Carlos Henrique Schroder vem encarando o desafio de transpor o mesmo prestígio que a Globo construiu no meio televisivo para um ambiente de comunicações multiplataforma. Desde quando assumiu a direção-geral da Globo, em janeiro de 2013, Schroder supervisionou a criação e o desenvolvimento do Globo Play, plataforma de streaming que, além do conteúdo da emissora, começa a abrigar produções internacionais; participou do reposicionamento da identidade visual da emissora; reintegrou as operações esportivas de Globo, Globosat e Globoesporte.com em um mesmo pilar e começou a posicionar a Globo como uma grande empresa de dados e informações a respeito do espectador. Em meio a esses desafios, vem procurando alinhar a emissora às pautas atuais da sociedade, trabalhadas na plataforma “Tudo Começa pelo Respeito”. Formado em Direito e Comunicação Social, Schroder ingressou na Globo em 1984, após ter trabalhado como editor em telejornais da RBS. Foi coordenador de rede, produtor e editor-chefe de telejornais até assumir a coordenação e direção da Central Globo de Jornalismo, de onde foi convidado a assumir a direção-geral, em substituição a Octávio Florisbal. Sob sua gestão, desde 2013, a Globo conquistou seis troféus no Emmy Internacional. É a primeira vez que Schroder disputa o Caboré.

Hugo Rodrigues (WMcCann)
Quando subiu ao palco na edição do ano passado do Caboré para receber a coruja de Empresário ou Dirigente da Indústria da Comunicação – categoria na qual concorre novamente –, Hugo Rodrigues fez uma previsão que sinalizava a compreensão acerca dos desafios que viriam adiante. “O ano que vem vai trazer competições difíceis para marcas e para o País, mas todos juntos podemos desafiar o status quo”, declarou. Os desafios de Hugo, no entanto, já haviam ganhado ainda mais peso pouco antes de ele conquistar a coruja. Em novembro de 2017, ele deixou uma carreira de quase duas décadas na Publicis para assumir o desafio de liderar a WMcCann, substituindo um dos maiores nomes da história da propaganda brasileira, Washington Olivetto. Apesar dos desafios que previu em seu discurso, a realidade do profissional em sua nova posição vem se mostrando positiva. Desde quando chegou, a WMcCann conquistou as contas de SBT, Pizza Hut, Americanas.com e Lupo, além de ter concentrado as verbas de L’Oréal Paris e Chevrolet. Além disso, a agência ganhou um Grand Prix no Wave Festival, com a campanha “A Queda”, criada para o Hospital do Amor. Com uma carreira na publicidade iniciada em 1990, Hugo tem a chance de levar sua terceira coruja para casa. Além do troféu como Dirigente de 2017, ele foi premiado em 2014, na categoria Profissional de Criação.

Agência da Comunicação

Africa
Sob a copresidência de um chef e de um mâitre,como gostam de dizer os próprios — Sergio Gordilho na criação e Marcio Santoro no atendimento (foto) — a Africa foi a agência brasileira mais premiada em Cannes em 2018: “Tagwords”, criado para Budweiser (AB Inbev), conquistou o Grand Prix de Print & Publishing, 2 Leões de Ouro e 4 de Prata. Ao todo, foram 13 troféus conquistados na principal premiação de criatividade da indústria. Apesar desse reconhecimento, os executivos se apoiam na relação duradoura que constroem no dia a dia com clientes como Brahma e Itaú, que compõem o portfólio da agência desde sua estreia no mercado. “Desde o primeiro momento, a Africa quis ser importante para os negócios de nossos clientes. Então, montamos uma agência em que teríamos menos clientes e mais tempo para gastar com eles. Quando você gasta tempo com pessoas e marcas, descobre onde pode ser mais importante. E isso cria o elo de ligação”, diz Gordilho. A agência reconquistou, em maio, o atendimento da Vale, depois de ter sido responsável pela comunicação da marca de 2004 a 2011. Em julho, veio a conta da Sadia. Ambas fruto de processos de concorrência. “Lideramos diversas vezes o YouTube Ads Leaderboard e, durante a Copa, criamos grandes campanhas para três dos maiores anunciantes brasileiros. Pela primeira vez, estamos entre as três maiores agências do País”, diz Santoro.

Grey
Em março, Marcia Esteves assumiu o comando da Grey após pouco mais de um ano dividindo a copresidência com Rodrigo Jatene, que se transferiu para a Grey West, em Los Angeles. Com isso, a profissional assumiu a missão de manter o patamar da agência após um ano bastante frutífero em 2017, o melhor de sua história até então, tanto em termos financeiros quanto de reputação. Ela conta que, há quatro anos, quando ingressou na agência como chief digital officer, a Grey não era a Grey Brasil. “Ninguém dava bola, ninguém entendia o projeto, ninguém comprava o que a gente vendia”, diz. A única certeza que a equipe tinha – e ainda tem – é a de que colocariam pessoas em primeiro lugar, em busca de um propósito comum: transformar o mundo através da comunicação. “Nosso sonho era grande e sabíamos que para concretizá-lo seria preciso fazer da Grey uma das mais importantes agências do País”, afirma. Este ano, a Grey foi a segunda brasileira mais premiada em Cannes. No ano passado, expandiu o atendimento de Pantene, passando a cuidar das campanhas integradas da marca em toda a América Latina. Neste ano, conquistou as contas de Bunge e Devassa. Em seu discurso ao receber a homenagem do Women to Watch, em agosto, Marcia, defendeu a necessidade de se construir um ambiente sustentável para o desenvolvimento dos negócios. Em outubro, selou parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares para promover a inclusão de jovens negros no mercado.

Leo Burnett Tailor Made
Na visão dos copresidentes Marcelo Reis e Marcio Toscani (foto), o ano de 2018 tem sido reflexo do trabalho consistente dos dois últimos anos. Neste período, a agência consolidou sua gestão com um novo time de vice-presidentes, finalizou o processo de integração de contas e profissionais da Neogama, iniciado em dezembro do ano passado, e conquistou cinco novas contas: Bradesco, Extra, digital de Fiat, Grupo Ferrero e Bayer, além das herdadas da Neogama, como Autostar, Mobil e O Boticário. Esse aumento significativo no portfólio fez crescer também o volume de trabalho e a equipe — mais de cem novos colaboradores foram contratados. Com as reestruturações de áreas e departamentos, a agência procurou alinhar-se a uma entrega ainda mais integrada, como a centralização dos departamentos de RTV, art buyer e produção em uma única área, além da expansão das áreas de conteúdo e de inteligência de dados. Essa última área especificamente, consistiu na reestruturação do planejamento, que foi renomeado para Data & Estratégia e absorveu o time de business intelligence, que até então respondia à mídia. “São 400 pessoas apaixonadas por criar para nossas marcas, estamos muito felizes”, complementou Reis.

Profissional de Criação

Domenico Massareto (Publicis)
Foi no final da manhã de uma sexta-feira que a indicação de Profissional de Criação endereçada a Domenico Massareto chegou ao escritório da Publicis. Prestes a sair para o horário de almoço, parte da equipe desistiu de pegar o elevador para fazer coro à celebração da notícia. “Em nome dos nossos clientes, em nome dos 400 leões que ajudam a gente a criar ideias todos os dias”, agradeceu Domenico, que comanda a criação da Publicis desde novembro de 2016. A estreia do profissional na casa foi uma movimentação significativa, já que sua trajetória foi feita no mercado digital. Ele é fundador da ID, que hoje integra a rede TBWA. A intenção da Publicis ao trazer um perfil como o de Domenico era clara: ele teria de garantir que as entregas da agência estivessem alinhadas à cultura e à inovação. Com a missão em mãos, o primeiro passo foi providenciar a contratação de talentos estratégicos para elevar a barra nos trabalhos para clientes como Bradesco, Heineken e Nestlé. Em maio, ele anunciou a abertura de uma divisão exclusiva para formatos especiais e branded content chamada Nonstandard Studio como forma de atender à agilidade exigida pelo marketing.

Keka Morelle (AlmapBBDO)
Há pouco mais de um ano, Keka Morelle foi promovida a diretora de criação da AlmapBBDO para fazer dupla com Marcelo Nogueira, em entregas para contas como O Boticário, PepsiCo, Havaianas e Ambev. Antes de entrar na agência como diretora de arte, em 2015, Keka foi diretora de criação na DM9DDB e diretora de arte na JWT e na F/Nazca S&S. É formada em Publicidade e Propaganda pela PUC de Porto Alegre e pós-graduada em Moda e Criação pela Faculdade Santa Marcelina de São Paulo. Neste ano, foi jurada do Wave Festival e já participou do júri do Festival de Cannes, onde já conquistou 13 Leões em Filme, Outdoor, Print, Design e Mobile. Uma das poucas mulheres que lideram a criação em grandes agências no País, Keka acredita que foi necessária uma nova geração de mulheres, as que vieram depois dela, para mudar a realidade do mercado e crê que criação de qualidade exige diversidade. “Nunca foi tão bom ser mulher no mercado da publicidade, mas a realidade ainda não é ideal”, diz.

Rafael Urenha (DPZ&T)
Foi praticamente uma comemoração emendada na outra: horas depois de ter subido ao palco do Profissionais do Ano para receber o prêmio pelo filme “Astronauta”, criado para Itaú, Rafael Urenha, CCO da DPZ&T, foi surpreendido com a notícia de sua segunda indicação ao Caboré. Em meio à balbúrdia do time que vibrava, pegou a gaiola e a estendeu a todos: “essa é de todo mundo aqui, resultado de anos de trabalho”. Os frutos colhidos pela entrega criativa da DPZ&T têm tido a participação de Urenha há bastante tempo, quando a agência ainda tinha somente três letras. Antes de se tornar o chefe da equipe de criação responsável por trabalhos para grandes anunciantes, como McDonald’s, Vivo, Natura e Renault, foi diretor de arte e diretor criativo da DPZ entre 1996 e 2012. Na semana passada, foi ao ar o filme “Robô”, sucessor de “Astronauta” e que faz parte da oitava edição da campanha Leia Para Uma Criança. Essa é, aliás, uma iniciativa do Itaú que cresceu muito por conta do empenho da DPZ&T e de Urenha.

Profissional de Atendimento

Carol Escorel (Isobar)
Carol Escorel marca sua estreia no Caboré como vice-presidente de operações e negócios de Isobar. Integrar as diversas disciplinas pertinentes ao business, potencializar as ofertas e inovar as soluções comerciais, em busca de resultados para os clientes e as demais áreas da agência — estratégia, criação, mídia, projetos, tecnologia e online retail —, estão entre as missões diárias da profissional. Com quase 20 anos de experiência, Carol Escorel começou sua carreira como estagiária de atendimento na W/Brasil e passou também pelas equipes de F/Nazca S&S e Agência Click. “Acredito que fui indicada ao Caboré, porque sou da geração pioneira digital da comunicação”, diz. Um dos trabalhos de que se orgulha é “Tech Girls”, realizado para Samsung, que busca dar visibilidade à luta de mulheres por respeito. Atualmente, na Isobar, a executiva enfrenta o desafio de resolver problemas complexos de negócios, não apenas em comunicação. “Não existe solução que não passe pela premissa do uso criativo de ferramentas digitais.” De acordo com Carol Escorel, o ponto central da transformação digital são as pessoas.

Cris Pereira Heal (FCB)
Trabalho com clientes de grande visibilidade e espaço no Grupo de Atendimento (GA) como membro da diretoria acadêmica e vice-presidente colaboraram para a primeira indicação de Cris Pereira Heal ao Caboré, segundo a profissional. “O nosso mercado conta com muita gente competente e, por isso, é difícil acreditar quando se participa de um prêmio como esse”, diz. Com mais de 20 anos de experiência, a atual diretora executiva de atendimento da FCB Brasil já passou por empresas como DM9DDB, AlmapBBDO, J. Walter Thompson, Johnson & Johnson, Philips, Visa, Unilever e Duracell. Segundo Cris Pereira Heal, a conquista das contas de Brastemp e Consul, marcas de eletrodomésticos da Whirlpool Corporation que estavam na DM9DDB até 2016, foi um dos momentos mais memoráveis de sua carreira. “Acredito na criatividade como gatilho de uma comunicação melhor e mais relevante. Logo, estou sempre aprendendo, viabilizando e, o melhor, fazendo”, diz. Atualmente, ela está ativa no onboarding da conta de Kimberly Clark.

Sylvia Panico (David)
No final de setembro, entrava no ar um dos cases mais importantes da carreira de Sylvia Panico, o “Whopper em Branco”, criado pela David para Burger King. A campanha, que defende o voto consciente no período de eleições brasileiras é o mais recente trabalho realizado pela managing director da David de São Paulo. “Atualmente, o grande desafio que enfrento é o de superar os próprios resultados da agência, com o objetivo de ser sempre a melhor agência para os nossos talentos e clientes”, diz. Antes de ingressar na atual agência, em novembro de 2015, a profissional teve uma longa trajetória no Grupo Newcomm, onde liderou as operações de Grey e New Energy. Além disso, anteriormente, Sylvia Panico ocupou, por nove anos, o posto de diretora-geral de atendimento da Young & Rubicam. “Acredito que a minha indicação ao Caboré deste ano é fruto do trabalho que a David vem colocando nas ruas e do modelo de agência que construímos”, comenta a executiva, que concorre pela segunda vez ao prêmio mais cobiçado do mercado publicitário.

Profissional de Planejamento

Flávia Campos (Artplan)
Diretora de planejamento na Artplan São Paulo e diretora de cursos no Grupo de Planejamento, Flávia Campos já passou por Loducca, W/Brasil, Fischer America, DM9DDB e WMcCann. Em seus 17 anos de carreira, atendeu clientes como Johnson & Johnson, Heineken, Vivo, Nestlé, Natura, Cartão Elo e Panasonic, entre outros. Há quatro anos na Artplan, lidera também o Comitê de Diversidade da agência. Este papel faz parte de um dos legados que quer deixar: “Abrir o caminho para uma indústria mais diversa, não apenas nos cargos de entrada, mas também para os de liderança. O segundo é contribuir para renovação do nosso modelo de negócio. Se eu conseguir fazer isso, me sentirei vencedora”, diz. A executiva conta que liderar o comitê faz parte de um dos três momentos mais marcantes em sua carreira. Os demais são a difícil volta da licença maternidade de seu filho Theo e receber a gaiola do Caboré. Essa é a primeira vez que Flávia Campos é indicada. “Minha indicação se deve a todo o trabalho que vem sendo desenvolvido por um time que me enche de orgulho e do qual faço parte”, afirma.

Gabriela Soares (Talent)
Depois de passar por Ogilvy, Carillo Pastore Euro RSCG, MullenLowe e Havas, é na Talent Marcel, agência na qual foi estagiária há 25 anos, que Gabriela Soares, diretora-geral de planejamento, recebe sua primeira indicação ao Caboré. “Liderar o planejamento da Talent Marcel, onde a prática estratégica é tão visceral, me desafia e me inspira todos os dias”, diz. Na agência, Ela já trabalhou em projetos para Net, Eudora, Ipiranga, Kaiser e Claro, entre outros. Para a executiva, seu trabalho exige que ela esteja o tempo todo ligada ao negócio do cliente, sugerindo novas perspectivas, e atenta ao mercado, estudando as práticas e tendências. “Tenho orgulho de ser uma mulher publicitária em cargo de liderança, competente e dedicada, mãe, com quatro formações, que investiu tempo em treinar muita gente, colaborar e integrar, e que faz muito mais do que fala. Trabalho negando o estereótipo do publicitário como o bacana que passa por cima de todo mundo para crescer, assedia, abdica da família, dos estudos e cultua só ter tempo para trabalhar, mas fala muito mais do que faz. Esse é o meu legado.”

Gabriel Borges (Ampfy)
Cofundador e CSO da Ampfy, Gabriel Borges (ou GB, como é conhecido no mercado) recebeu sua primeira indicação ao Caboré, assim como as concorrentes na mesma categoria. Na carreira de 21 anos, começou como estagiário no BH Shopping, passou por Bras.net, Bhtec, Telemig Celular, AgênciaClick/Isobar e foi cofundador da LikeStore. Hoje, além de atuar na Ampfy, é membro do conselho da IAM (Internet Age Media). Para o executivo, o digital teve grande ação de transformação no mercado de comunicação e foi para a ajudar o mercado com essa comunicação contemporânea que a Ampfy foi fundada em 2011. “Acredito que fazer comunicação, independentemente do meio, deve seguir um pensamento muito influenciado pelo digital. Hoje, na Ampfy, fazemos comunicação integrada pensando neste novo comportamento do consumidor. E vejo que esse trabalho desafia o status quo e se posiciona muito mais perto do que será fazer comunicação no futuro”, diz. A agência tem 150 funcionários e 16 marcas na cartela de clientes, entre elas Mitsubishi Motors, Sky, Iguatemi, Gol Linhas Aéreas, Suzuki e Nike.

Profissional de Mídia

Carla Gagliardi (BETC/Havas)
Os requisitos criatividade e otimização de investimentos nunca foram tão cruciais para o mercado publicitário como neste 2018. “A instabilidade política brasileira gera insegurança, o que de alguma forma reflete nos planejamentos nos médio e longo prazos”,
diz Carla Gagliardi, que considera esse um dos principais desafios como vice-presidente de canais e engajamento da BETC/Havas. A profissional, responsável por provar diariamente a complementariedade do digital a outros canais, reúne passagens por Wunderman, Rapp e Loducca. Indicada ao Caboré pela primeira vez, Carla Gagliardi é apaixonada pela sua profissão. “Acredito que estou participando desse prêmio, primeiro, pelo trabalho que a agência está desenvolvendo” e, depois, pela sua entrega pessoal ao trabalho. “Esse amor em tudo que faço também me deu outro prêmio: transformou parceiros comerciais em amigos reais”. A executiva, que usa seu conhecimento de branding e performance para liderar um time de 50 pessoas na BETC/Havas, cuida de contas como Fox, Hershey’s, Hering, Jequiti, Parmalat, Pão de Açúcar e PepsiCo.

Glaucia Montanha (Y&R)
Gláucia Montanha, que há 15 anos integra a equipe da Y&R, atualmente comanda um time de 67 profissionais. Há três anos, a diretora-geral de mídia vem dedicando-se ao digital business, com o objetivo de aperfeiçoar sua capacidade analítica com foco em resultados. O momento mais memorável de sua carreira, segundo ele, foi quando o mercado começou a pensar na transformação midiática além do digital, ao voltar o trabalho para negócios e não apenas para planos de comunicação. “Para isso, criamos uma área de brand performance com disciplinas de SEO, UX, SEM e BI, focadas em métricas e KPIs que melhor atendam aos nossos clientes”, explica. De acordo com a profissional, a atuação da Y&R em mídia, nos últimos 18 meses, colaborou para a sua primeira indicação ao Caboré. Quando questionada sobre os obstáculos que está enfrentando no momento, ela diz que a agência está desenvolvendo “um processo de data science que melhor se aplique ao modelo de negócio de cada cliente, resultando em análises de dados acionáveis para serem aplicados em insights e análises preditivas”.

Paulo Ilha (DPZ&T)
Em 2016, Paulo Ilha assumia o desafio de atuar como vice-presidente de mídia da DPZ&T. “O mercado de propaganda estava em um momento de grande transformação e a agência vivia a ambição de ser agente disso para os seus clientes”, conta. O profissional, que começou liderando 40 pessoas, agora conta com um time de 80 profissionais. “Quando cheguei, meu segundo obstáculo foi construir um novo jeito de fazer mídia. Desde então, estamos investindo em tecnologia e construindo uma entrega mais estratégica, menos operacional e mais centrada no desenvolvimento de novas ideias e projetos”. Paulo Ilha também indicado pela primeira vez, já atuou na Grey, Y&R e Africa. O executivo afirma que participar de uma premiação com essa é motivo de orgulho: “O Caboré, vindo ou não, certamente nos dará ainda mais motivação para continuar inovando.” Paulo Ilha esforça-se em construir toda a comunicação em cima de uma cultura de mindset digital. Para ele, uma das chaves do sucesso é o trabalho integrado e colaborativo com as demais áreas da agência, clientes e parceiros comerciais.

Anunciante

Magazine Luiza
Na lista dos principais varejistas brasileiros, o Magazine Luiza, fundado em 1957 em Franca, no interior paulista, tem sua história e crescimento marcados pela estratégia de dar acesso à população a produtos antes restritos a classes sociais mais altas. Desde a loja inaugural, onde ofereceu os primeiros aparelhos de TV em cores aos consumidores da região, o #Magalu (como passou a ser apelidado em 2017) transformou-se numa empresa de 900 lojas físicas em 17 estados, com 25 mil funcionários e 12 centros de distribuição. Outro ponto forte da companhia é caminhar lado a lado com a digitalização, tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a permitirem que seus consumidores criassem suas próprias lojas virtuais, no projeto Magazine Você. O projeto de transformação digital da companhia, está estruturado em cinco pilares: Inclusão Digital (acesso fácil a produtos conectados), Digitalização das Lojas Físicas (reduzir fricção nos processos de vendas, montagem e estocagem); Multicanalidade (coloca à disposição das lojas físicas, desde 2015, o sortimento do e-commerce); Transformar o Site em Plataforma Digital (a venda de produtos de outros varejistas, no modelo de marketplace); e Cultura Digital (estimular o uso de redes sociais e apps para comunicação com clientes e lojas; este e outros projetos são tocados no Luizalabs, laboratórios de desenvolvimento e inovação onde atuam cerca de 400 desenvolvedores). O marketplace do Magalu reúne 1,5 mil vendedores, incluindo pequenos varejistas.

Renault
Este ano, a Renault completa 20 anos de produção no Brasil. Nesse período, já produziu três milhões de veículos e quase quatro milhões de motores que têm como destino não apenas o mercado interno como também parte dos Estados Unidos. Em sua trajetória no Brasil, a marca foi uma das marcas francesas que passaram a fazer frente ao quarteto GM, Volkswagen, Fiat e Ford, que dominava a cena. Mais recentemente, no entanto, as próprias francesas também tiveram de enfrentar uma nova leva de concorrentes: as asiáticas — japonesas, coreanas e até chinesas. Com um mix de produtos e serviços em evolução, e sempre à vista do consumidor na mídia, a Renault tem conseguido manter-se no Top 5 do mercado nacional. Em setembro de 2018, por exemplo, figurava em quarto lugar em licenciamentos, no ranking da Anfavea, atrás de GM, FCA e Volkswagen. Além do complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), a companhia possui Centros de Engenharia e Design, cuja missão é deixar os produtos ao gosto brasileiro, e uma rede de 300 concessionárias. Entre os lançamentos mais recentes da Renault estão o Oroch, Captur e Kwid. Já no time de talentos da marca na publicidade figuram estrelas como os atores Bruno Gagliasso e Marina Ruibarbosa, além da cantora Anitta. Prometendo associar a qualidade das concessionárias à velocidade da rotina dos consumidores, a empresa também criou as oficinas Renault Minuto e serviços como agendamento online de revisões. Também afirma ter sido a primeira marca a permitir a compra de carro online no País, com o Kwid.

Santander
Quarto maior banco em atuação no mercado brasileiro e o maior estrangeiro, o espanhol Santander registrou ano passado lucro líquido de R$ 7,99 bilhões, o que representou alta de 44,5% sobre o ano anterior. Os resultados positivos no mercado local foram atribuídos pelo próprio banco a alguns fatores, como “uma dinâmica de forte aceleração comercial e velocidade das inovações e serviços”. Sua rede de agências tem mais de duas mil unidades, onde atuam parte dos 48 mil funcionários, que atendem 22 milhões de clientes, entre pessoas físicas e empresas. Em 2018, a instituição de certa forma se retratou à altura: inaugurou em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, o Farol Santander, espaço cultural abrigado no edifício Altino Arantes (ex-sede do Banespa), após um ano de reformas. Já em outubro, anunciou o patrocínio máster — ao lado de Jeep — à SPFW, principal semana de moda da América Latina. Ao se posicionar como “O banco da moda”, aliou os serviços do banco ao empreendedorismo do setor, levando grupos de clientes do Prospera Santander Microcrédito para atividades do evento e o próprio Farol virou destaque da programação paralela aos desfiles, ao abrigar masterclasses e workshops do Projeto Estufa, em torno de temas como criação, sustentabilidade e inovação.

Profissional de Marketing

Alexandre Bouza (O Boticário)
Há pouco mais de oito anos no Grupo Boticário, Alexandre Bouza iniciou a carreira na companhia paranaense como diretor de marketing e vendas para a marca “Quem disse, Berenice?”. Em abril de 2015, tornou-se diretor de marketing para a principal marca do grupo — O Boticário. Desde então, tem colaborado com a divulgação e interação forte da marca com os consumidores no ambiente digital, além de explorar os meios tradicionais, em especial nas principais datas de varejo. A campanha de Dia dos Pais, por exemplo, protagonizada por uma família negra, causou grande buzz nas redes sociais. Em dez dias, teve mais de sete milhões de visualizações no YouTube, recebendo 122 mil reações positivas e 18 mil negativas — incluir a diversidade na comunicação da marca, aliás, segue sendo uma das características de O Boticário. Sua atuação no marketing tem como pano de fundo forte experiência em vendas e finanças, além de planejamento estratégico. Antes do Grupo Boticário, atuou como diretor de planejamento na DM9DDB, precedida por experiências na Unilever e J&J.

Loredana Sarcinella (Samsung)
A executiva tem mais de 25 anos de experiência em tecnologia e bens de consumo (Arcor, Natura e Colgate). Nos últimos três, como diretora sênior de marketing da Divisão de Dispositivos Móveis da Samsung, o segmento de smartphones cresceu e a marca consolidou sua liderança (também cresceu 13 pontos na preferência dos consumidores, segundo a última pesquisa). Para a marca Galaxy, colaborou com a comunicação de diferentes famílias de produtos: reposicionamento da família J, sob o conceito “O Galaxy para quem é mais”; novo conceito para a família A — “O melhor de você” — destacando recursos de câmera; em 2016, posicionou o Galaxy S, a partir do S7, na categoria super premium (a ação My Emoji para o S9, com a ESPN, foi escolhida como Editor’s Pic, do AdAge). No PDV, a Samsung também chama a atenção pelos estúdios que instala em vários shoppings brasileiros, propiciando experiência de marca. Por fi m, Loredana também participou da gestão de crise no caso do Note 7 e esse trabalho virou case, pois de 2016 para 2017 a empresa subiu para a sexta posição no ranking da Interbrand.

Marina Daineze (Vivo)
Diretora de comunicação e marca da Vivo, atua no setor de telecomunicações e na empresa há 14 anos. Desde sua chegada à Vivo como trainee, acumulou passagens pelas áreas de Marketing, Branding e Propaganda, liderando a comunicação em momentos como fusões de operações, reposicionamentos e viradas de marcas. Neste caso, tanto com Vivo e Telefônica quanto Vivo e GVT, entre outros. Atualmente, coordena o trabalho de mais de 90 pessoas e planeja a estratégia de comunicação de uma das dez maiores marcas do Brasil. Uma das campanhas mais recentes da operadora tem como estrela Ivete Sangalo que, sempre com bom humor, divulga diferentes produtos, como Meu Vivo, Vivo Fibra e Vivo Pré. Durante a Copa, chamou a atenção ao lançar uma plataforma de vídeos em que 16 personalidades — entre elas, além de Ivete, Pelé, Marco Pigossi e Lucas Oliotti, o Teddy, cantavam um pedaço do Hino Nacional. Sob gestão de Marina estão as áreas de conteúdo, mídia, eventos, branding, relações públicas e patrocínios, além de marketing esportivo e direto.

Veículo de Comunicação – Produtor de Conteúdo

CBN
Voltada inteiramente para conteúdo jornalístico, a rádio CBN completa 27 anos em 2018, alcançando 773 cidades brasileiras por meio de sua transmissão FM, além de seu streaming e conteúdos sob demanda na internet. Programas da CBN estiveram entre os quatro podcasts mais baixados de 2017 no iTunes. Hoje, a rede do Grupo Globo conta com quatro emissoras próprias e 34 afiliadas e, segundo o Datafolha, a maioria dos 90 milhões de ouvintes do meio rádio têm hábito de ouvir a CBN. Sua equipe é formada por 200 jornalistas que abordam diariamente temas como política, esportes, cultura e economia, além de contar com colunistas como Arnaldo Jabor, Dan Stulbach, Juca Kfouri, Marcelo Tas, Mario Sergio Cortella e Max Gehringer. Recentemente, suas sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro mudaram de endereço e ganharam estúdios maiores e digitais, além de integrar parte de suas operações à Rádio Globo.

Fox
Uma das marcas de entretenimento do grupo Fox Networks Group Latin America, o canal pago investe em produções originais e veiculação de sucessos internacionais, como as séries Contra Todos e The Walking Dead, respectivamente. A empresa também tem aumentado o investimento em formatos publicitários não tradicionais, como branded content e desenvolvimento de produtos para marcas. Para isso, conta desde 2016 com o Fox Lab, por meio do qual o canal tem celebrado parcerias com empresas como Coca-Cola, Intel e Johnson & Johnson, para a qual produziu o documentário Nosso Sangue, Nosso Corpo, que retratou a relação de cinco mulheres de países diferente com a menstruação, numa estratégia para a marca Sempre Livre. Esse conteúdo também tem sido distribuído no Fox+, plataforma de VOD lançada em abril que transmite ao vivo a grade dos 11 canais do grupo, além de disponibilizar uma biblioteca de filmes e séries on demand. As conquistas recentes podem se ampliar, nos próximos anos, quando a aquisição da Fox pela Disney se concretizar.

UOL
Pela segunda vez indicado na categoria “Veículo de Comunicação – Produtor de Conteúdo” do Caboré, o UOL foi criado em 1996 e é a empresa nativa digital nascida no Brasil mais tempo em atividade. No último ano, colocou no ar novos projetos como o Confere, o portal VivaBem, o Universa e o Estúdio UOL. A plataforma, parte do Grupo Folha, conta também com soluções de pagamentos, hospedagem de sites e cursos online. Em sua cobertura jornalística das eleições, o site realizou mais de 20 sabatinas ao vivo com os candidatos à Presidência e ao governo de São Paulo. “É com muito orgulho que recebemos essa nova indicação ao Caboré 2018. É mais uma prova de que estamos no caminho certo, sendo reconhecidos pelo mercado como um veículo de comunicação e produtor de conteúdo de qualidade”, afirma André Vinicius, diretor de publicidade, que conquistou no ano passado a coruja de Profissional de Veículo.

Veículo de Comunicação – Plataforma de Mídia

Eletromidia
A estratégia da Eletromidia, nos últimos 12 meses, foi de equilibrar o foco em expansão via aquisições e o investimento em tecnologia. Em novembro, a empresa ganhou o contrato de operação de mídia no Rio Galeão, inaugurando a entrada no segmento de aeroportos. Em julho deste ano, adquiriu a Hyperfator, operadora de publicidade em bancas de jornal no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Santos e Guarulhos. No período, a empresa também investiu R$ 10 milhões em digitalização, substituindo as seis mil telas da TV Minuto, dentro das linhas do metrô em São Paulo, por modelos mais modernos. Além disso, a empresa inaugurou uma nova operação nas estações Oscar Freire e Higienópolis da Linha Amarela do Metrô de São Paulo. Daniel Simões, sócio e diretor-geral da Eletromidia, diz que a empresa pretende manter em 2019 o ritmo de crescimento focado em criação de novos ativos e avaliação de oportunidades no mercado.

Twitter
Se existiu um ano para ficar na história dos 12 de existência do Twitter, esse foi 2018. Em fevereiro, pela primeira vez a empresa anunciou lucro. Fruto de um trabalho de investimento em formatos, inovação e parcerias, a nova fase da plataforma está orientada para a cocriação com marcas e publishers. Além disso, os últimos meses foram agitados para o microblog em termos de eventos importantes, como Copa da Rússia, Lollapalooza e eleições, cujo noticiário e polêmicas reverberam na plataforma. “Reforçamos também nosso papel de servir à conversa pública, com iniciativas para que seja cada vez mais saudável e oferecer às pessoas o poder de criar e compartilhar ideias e informações instantaneamente e sem barreiras”, afirma Fiamma Zarife, diretora-geral do Twitter Brasil. A executiva ressalta novas parcerias de conteúdo, como o Prêmio Multishow, da Globosat, e a transmissão de eventos ao vivo, como basquete, com a Liga Nacional de Basquete, e o futebol feminino, junto à CBF.

Waze
O fim de 2017 e o início de 2018 foram cruciais para que o Waze se estabelecesse como uma plataforma que oferece resultados aos clientes. O resultado é fruto de um projeto iniciado em 2016 quando a empresa do Google criou sua própria operação focada em publicidade no Brasil. “É um mercado estratégico para o Waze e acreditamos nos insights e experiências do público brasileiro para levar modelos de sucesso para todo o mundo”, explica Leandro Esposito (foto), country manager do Waze no País. Em 2018, a plataforma lançou ainda o Waze Carpool, que se propõe a oferecer caronas nos assentos vazios de carros dos motoristas em trajetos frequentes, como de casa ao trabalho e vice-versa. “Além disso, devemos destacar o engajamento da comunidade do Waze durante a greve dos caminheiros, em maio deste ano, quando os wazers puderam apoiar uns aos outros atualizando preços e informações sobre combustíveis em todos os postos de gasolina de São Paulo e de todo o Brasil”, lembra Esposito.

Profissional de Veículo

Herbert Zeizer (Globosat)
Herbert Zeizer, ao contrário de seus concorrentes, é estreante como indicado ao Caboré. O executivo acumula passagens pelo jornal O Estado de S. Paulo e está há 20 anos na Globosat, sete deles liderando a área de negócios de São Paulo. “Sem dúvida esta foi uma transição que me marcou muito por ser uma grande responsabilidade e por acreditarem no meu potencial. Feliz por ter a oportunidade de aprender diariamente com todos os desafios que foram superados e com os novos que surgem a todo momento”, diz. O executivo atribui a indicação aos talentos da Globosat na produção de conteúdo, seus 27 anos de projetos, campanhas, contratos e ideias, e a equipe de vendas. “São profissionais que levam todos os dias, mais que nossas propostas e oportunidades, levam nosso propósito e filosofia para o mercado e dão o contorno a tudo que discutimos internamente”, conta. Os próximos passos e desafios, segundo Zeizer, são continuar inovando de forma constante e consistente em formatos e soluções de comunicação em um mercado em mudança e em busca de novos negócios
cada vez mais conectados a dados.

Marcelo Pacheco (Grupo RBS)
Com passagens por Unibanco, Editora Abril, ESPN e Facebook antes de assumir o posto de vice-presidente de mercado do Grupo RBS, Marcelo Pacheco recebeu pela terceira vez a gaiola para a categoria Profissional de Veículo do Caboré (ele foi indicado em 2009 e 2012). Pacheco atribui a indicação às escolhas profissionais que o levaram a participar de diversos novos negócios: “Minha carreira sempre foi baseada em como eu poderia adquirir um conhecimento profundo do mercado de comunicação. Para conquistar isso, fui montando uma estratégia de escolha de empresas que fizessem sentido nesse contexto”, diz. Antes de chegar ao Grupo RBS, onde está há quase dois anos, o executivo procurava uma empresa com diversas plataformas disponíveis (TV, rádio, jornal e digital) para auxiliar em sua transformação acompanhando as mudanças no consumo de informação e entretenimento. “Nesse desafio, posso citar a mudança cultural que estamos implementando na área de mercado, com uma visão de fora para dentro e com um posicionamento em que nossos clientes estão no centro das decisões”, frisa.

Monica de Carvalho (Google)
“Os momentos mais marcantes da minha carreira aconteceram quando meus sonhos pessoais e profissionais se encontraram”, diz Monica de Carvalho, diretora de negócios do Google. A executiva conta que, em sua primeira indicação e conquista do Caboré, em 2005, como Profissional de Mídia, estava grávida de seu segundo filho. Agora, a segunda indicação ocorre quando ela completa quatro anos no Google, após 13 anos na DM9DDB. Hoje, além de mãe duas vezes, Monica lidera uma equipe para atender e contribuir com os negócios do cliente em seus desafios de aquisição, rentabilização e fidelização por meio da digitalização e entendimento do consumidor “cada vez mais curioso, impaciente e exigente estabelecendo conexões transformadoras”. A tecnologia, segundo ela, apesar de cada vez mais necessária, ainda enfrenta dificuldades de compreensão e demonstração de valor. “Acredito que apresentar soluções de forma simples que entendam as necessidades de negócio dos clientes e agências ajuda a transformar e a entregar resultados imediatos, deixando um legado de inovação”, afirma.

Serviço de Marketing

Ideal H+K Strategies
A Ideal H+K Strategies é parte do Grupo Ideal, criado em 2015, após o WPP comprar as ações majoritárias dos sócios Ricardo César e Eduardo Vieira (foto). Na ocasião, a holding fundiu a operação da agência Ideal com o escritório brasileiro da Hill + Knowlton. A Ideal está no mercado desde 2007 e teve como clientes iniciais o Google e a Vivo. Foi uma das pioneiras com o trabalho com infl uenciadores digitais, levando em conta, ainda, dados de redes sociais e mistura de earned com paid media. Atualmente, a Ideal H+K Strategies possui cerca de 200 funcionários atuando em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte, e um portfólio de mais de 80 clientes, entre eles Facebook, Nike, Nestlé, Volkswagen, Ambev, Dell, Bayer, Mercado Livre, LG, Deloitte e Spotify. Segundo a empresa, o escritório de São Paulo é considerado um dos três mais importantes do mundo para a rede Hill+Knowlton Strategies, ao lado de Nova York e Londres.

In Loco
A In Loco presta serviços de tecnologia de localização usando dados anônimos com o objetivo de influenciar o fluxo de visitas em lojas físicas e aumentar a relevância e usabilidade dos aplicativos de marcas por seus usuários. Criada na Universidade Federal de Pernambuco durante uma disciplina do curso de Ciência da Computação, a operação ficou conhecida no mercado após ser eleita a quinta melhor startup brasileira pelo Desafio Brasil 2011, promovido pela Intel. Quatro anos depois, no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, ela foi considerada uma das 15 startups mais promissoras do mercado publicitário. Além do serviço de geolocalização para o varejo, a In Loco também integra dados de mobiliário urbano com as informações de celulares. Já com aplicativos de mobile, a empresa usa dados de localização para reconhecer o comportamento do usuário e oferecer estratégias que melhorem a experiência dele no momento do acesso. A equipe sediada em Recife (foto) é comandada pelo CEO André Ferraz.

Sapient AG2
A Sapient AG2 é o braço de transformação digital do Publicis Groupe. Criada em junho do ano passado após a fusão da Sapient Nitro com a AG2 Nurun, a agência desenvolve duas frentes de atuação: entregar projetos para seus atuais clientes e participar de projetos horizontais do Publicis Groupe. Soluções de tecnologia, conteúdo, experience design e concept são trabalhadas dentro do escritório de São Paulo. Seguindo o mote “fluid creative partner”, a agência afirma buscar expertises da holding para uma entrega diversificada aos clientes. Entre as empresas atendidas estão Bradesco, Toyota, Yamaha, Samsung, Michelin, Grupo SEB, Vivo e Monsanto. Quem comanda a operação é Marcelo Lobianco (foto). O executivo assumiu a cadeira em 2015, quando a agência ainda era chamada de AG2 Nurum. Antes, Lobianco foi diretor de varejo e e-commerce no Facebook. Outra ponta da fusão, a Sapient Nitro chegou ao Brasil em 2013, após a marca comprar a iThink, de Marcelo Tripoli (atualmente na McKinsey).

Produção

Alice Filmes
O tempo de mercado parece não ser um problema para a Alice Filmes, a mais jovem entre as indicadas ao Caboré na categoria Produção. Para a produtora, com três anos de atuação, a primeira indicação é um indicativo de que a empresa tem conseguido se firmar diante do mercado. Liderada pelos sócios Wal Tamagno, Felipe Mansur e Ana Mansur, egressos da Cine, a Alice quer continuar reforçando seu compromisso narrativo. O resultado da estratégia com publicidade é visto em projetos para Samsung, Itaú, Jeep e Skol, premiados este ano em festivais como o do Clube de Criação. Em 2016, Felipe Mansur (foto) foi o quarto nome mais votado pelo mercado, em enquete feita por Meio & Mensagem que apontou os novos talentos da produção. Felipe começou sua carreira diretor de arte em agências e, em 2011, passou a atuar como diretor de fi lmes. Já na área de entretenimento, a Alice Filmes vem sendo reconhecida pelo rigor artístico: um dos projetos de destaque em 2018 foi o videoclipe “Cruel”, realizado para a cantora Nina Fernandes e premiado no Music Video Festival.

Cine Cinematográfica
A terceira indicação da Cine ao Caboré pode render à produtora a segunda coruja na categoria Produção — a primeira foi conquistada em 2004. Fundada há 24 anos e comandada pelos sócios Clovis Mello, Raul Doria e Cristina Vida, a Cine valoriza os clientes antigos e, internamente, busca absorver jovens talentos para estar em sintonia com as tendências do mercado. Além disso, equilibrar a produção de entretenimento e de publicidade faz com que a produtora ganhe mais credibilidade diante do mercado, na avaliação do sócio Raul Doria. “Nosso principal foco de investimento nos próximos meses será em núcleos de desenvolvimento de branded content e em estratégias para o desdobramento das campanhas, conversando especialmente com o digital”, afirma. Em 2018, a produtora incorporou os diretores La Sangre e Luiza Villaça, e renovou também suas áreas de atendimento, pesquisa e criação. Além dos filmes publicitários para marcas como Marisa, Rexona e Havaianas, a Cine tem investido em longas metragens, como à filmagem da biografia do médium e filantropo Divaldo Franco.

Vetor Zero
Com quase 30 anos de história, a Vetor Zero se consolidou no mercado pela versatilidade de seu trabalho, que vai de produções em live action até animações em 3D e realidade virtual. Alberto Lopes, sócio e produtor executivo da empresa, acredita que a segunda indicação da produtora é resultado do olhar realista sobre as transformações do audiovisual. “O grande desafio de qualquer produtora, nesse cenário atual de evolução constante, é continuar a fazer trabalhos incríveis mesmo em um cenário de incertezas”, avalia. A pesquisa constante e a exploração de novas tecnologias, estilos e linguagens pautam o trabalho da Vetor Zero. Entre os destaques do ano estiveram a contratação da dupla de diretores Alton e Felipe Hellmeister (Fepa) e a inauguração de um novo escritório da Lobo, divisão de motion graphics, em Nova York. “Queremos que as unidades se tornem ainda mais colaborativas entre si, garantindo entregas impecáveis em todas as mídias”, fi naliza Alberto (na foto, ao centro, com os sócios Alceu Baptistão, Mateus De Paula Santos, Sérgio Salles e Gabriel Nóbrega).

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