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WhatsApp não é tão seguro, diz pesquisa

Relatório da Electronic Frontier Foundation (EFF) mostra que o aplicativo possui falha na proteção de dados e na privacidade de seus usuários


19 de junho de 2015 - 6h41

Com oitocentos milhões de usuários no mundo e mais de 50 milhões no Brasil, o WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais popular no País e um dos que mais crescem. Sua evolução em termos de segurança, porém, ainda deixa a desejar. Um levantamento feito pela organização de liberdade civil na internet Electronic Frontier Foundation (EFF) mostra que o WhatsApp ainda é vulnerável quando o assunto é privacidade dos usuários. A plataforma e mais outras 23 empresas foram avaliadas em itens como transparência no relacionamento com governos e políticas claras de armazenamento de dados.

Nas cinco principais categorias, o WhatsApp só ficou bem avaliado em uma, a que garante acesso remoto ao sistema do aplicativo. A EFF observou no relatório que deu um ano de prazo para a adaptação da ferramenta, mas que nenhuma das melhores práticas foram adotadas. Ainda segundo o relatório, o WhatsApp só possui crédito pelo fato de o Facebook, seu dono, ter uma política clara de oposição a brechas para expor dados de usuários. Em 2014, o aplicativo iniciou um processo de criptografar as mensagens de seus usuários, mas a ação não foi considerada pela EFF.

O WhatsApp é mal avaliado pelos seguintes motivos: não ter adotas boas práticas de segurança, não publicar relatórios de transparência ou uma posição definida sobre solicitação judicial de dados, aviso aos usuários sobre pedidos de dados pessoais feitos por governos, a não publicação de informações sobre política de armazenamento de dados. De todas as empresas, a que empata com o WhatsApp em mau desempenho é a AT&T que foi bem avaliada apenas no quesito melhores práticas. Já as empresas Apple, Adobe, Dropbox, Yahoo, Wikimedia, WordPress.com e Credo Mobile atingiram o maior nível de desempenho atendendo a todos os principais pontos. Google, Facebook, Twitter e Microsoft, perderam em alguns pontos entre 2013 e 2014.

Em fevereiro deste ano, o WhatsApp foi fruto de polêmica após o juiz Luiz Moura Correia, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina (PI), determinar às prestadoras de telecomunicações que suspendessem os serviços alegando que a empresa descumpriu decisões judiciais após ter se negado a fornecer informações em parte de um processo que corria em segredo de justiça no estado. O WhatsApp teria alegado que não poderia fornecer informações por não ter sede no Brasil. A decisão foi anulada pelo desembargador no mesmo mês.

Veja o desempenho de cada empresa segundo a EFF:

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