12 de março de 2021 - 8h00
Em reportagem do Adweek, Brandon Perlman, CEO da Social Studies, empresa especializada em análise de redes sociais, influencer marketing e comportamento de marcas, revelou que, enquanto o uso e interação com as redes sociais explodiu em 2020, os ganhadores em termos de ROI para conteúdos e marcas no âmbito desse fenômeno foram os influencers, mais que os conteúdos proprietários criados pelas marcas.
“Sua marca ainda precisará criar conteúdo relevante em páginas próprias, mas trabalhar com influenciadores levará a um ROI maior”, garante ele.
Os influenciadores do Instagram, por exemplo, mostra o estudo, viram sua média de curtidas aumentar em cerca de 68% e seus comentários em 50%. As visualizações em alguns conteúdos, como culinária e boa forma, dobraram durante a crise da Covid-19.
Segundo Brandon, a razão do porquê isso ocorreu está no fato de que em um mundo colocado de pernas para o ar em 2020 em função da pandemia, que consumidores e pessoas em geral optaram por confiar mais na interação pessoa a pessoa do que pessoa-marcas.
Exemplificando o fenômeno, o pesquisador cita o setor de moda, em que as taxas do setor cresceram consideravelmente e, enquanto as taxas de crescimento no engajamento dos influencers desse segmento cresceu, a procura e visita aos conteúdos de marcas caiu.
O mesmo aconteceu com os setores de beleza e viagens.
O analista acredita que esses não serão necessariamente os parâmetros que nortearão o comportamento das redes sociais e do engajamento com as marcas em 2021. Alerta que marcas deverão continuar, sim, investindo em conteúdos proprietários, porque essa segue sendo uma forma de engajamento altamente impactante.
Mas que observem com alta atenção também os investimentos em influencer marketing, já que o ambiente de incertezas e dúvidas provocados pela pandemia deverão, de alguma forma, permanecer.