O video mostra um robô baterista circulando pelas ruas de Austin. Em poucos segundos, vemos Machine Learning e Inteligência Artificial, robótica, arte sendo feita por máquinas, Singularidade, o futuro inusitado, o caos que o evento se propõe a narrar e um babaca que entrou na frente da minha câmera.
O SXSW deste ano está mais caótico do que sempre. Por mais que você olhe, mais fica difícil de achar um fio de meada para este mundo doido em que vivemos.
O SXSW é, sem dúvida, o evento em que as transformações porque passamos mais explodem na nossa cara. Queremos alguma ordem, mas não rola.
O robô baterista andando pelas ruas de Austin é um símbolo de tudo isso. Ele só funciona porque está alimentado por um programa que contém os mesmos princípios da Inteligência Artificial que levarão os foguetes de Elon Musk e da sua Space-X (que se apresentará aqui) para Marte .
Os mesmos princípios que regem a programática, que para nossa indústria visionária é o topo da ciência contemporânea.
Os mesmos modelos de Machine Learning que, como nos contou em seu painel “The Future of Machine Learning: Worth the hype?”, Finale Doshi- Velez, Professora de Ciência da Computação de Harvard, já estão regendo a medicina 4.0.
O robô bobinho, com seus ritmos que se alteram sem qualquer charme ou talento humano, nos coloca diante da dúvida e do dilema: essa porra vai tocar um dia como Art Blakey ou Max Roach?
Nos expõe também ao eterno tema que Ray Kurzweil, repetidamente, apresenta aqui em Austin (este ano, de novo), o da Singularidade, em que as máquinas substituirão os seres humanos.
Em segundos idiotas, todo o nosso futuro revelado.