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A geração Z e os zumbis da nova era. Por José Jarbas
CEO e fundador da eCRM 123 indica alguns cuidados na abordagem ao consumidor da geração Z
A geração Z e os zumbis da nova era. Por José Jarbas
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BuscarCEO e fundador da eCRM 123 indica alguns cuidados na abordagem ao consumidor da geração Z
8 de maio de 2013 - 8h47
Por José Jarbas
CEO e Fundador da eCRM 123
Sobrevivemos à profecia de Nostradamus, que anunciava o fim do mundo, no ano 2000, ao Apocalipse Maia, em 2012, e até ao meteoro, que caiu Rússia. Sem contar os diversos outros “finais anunciados” em nossa história. Podemos, então, afirmar que 2013 não deixa de ser mais um ano “pós-apocalítico”. E, segundo a indústria de ficção especializada, o “pós-apocalipse”, além de deixar suas marcas na sociedade, vem sempre acompanhado do peculiar “zombie”. Ou como conhecemos no Brasil, o zumbi.
Interessante notar como o mundo real vem imitando a ficção, trazendo consigo uma invasão de zumbis, disfarçados na forma de entretenimento, devorados vorazmente por uma geração inteira de consumidores famintos. Pode parecer ficção, mas é a recente geração Z, a geração Zumbi.
Vivenciamos uma enxurrada inédita na indústria de entretenimento, de eventos pós-apocalípticos e zumbis. Podemos citar o exemplo da série de TV sobre zumbis, Walking Dead, que, em sua 4ª temporada, é uma das mais assistidas nos EUA. O game da mesma série foi considerado game do ano” em 2012 no Video Games Award. No próximo verão americano, Brad Pitt estrelará o “World War Z”, onde uma pandemia transforma o mundo em zumbis, sem esquecer o filme “Meu namorado é um zumbi”, que tem como protagonista um Zumbi “galã” (No estilo crepúsculo).
Na série de TV, da BBC inglesa, “In the flash”, zumbis são reabilitados e reinseridos na sociedade. A trama gira ao redor dos dramas e preconceitos dos “ex-mortos vivos”. Um game mobile incentiva a pratica de corrida outdoor usando zombies? Zombie Run conquistou mais de 450 mil adeptos chegando a ultrapassar a Nike, líder do segmento, nas mobile stores.
No Brasil, Walking Dead é um sucesso, em números de fãs nas redes sociais. Já temos uma produção brasileira, a websérie “Nerd of the Dead”, que já arrecadou mais de R$ 12 mil em crowdfunding para sua produção. Se interessa pelo tema ? Visite o Universo Zumbi, (mais de 112 mil fãs no Facebook) e se surpreenda.
As causas da proliferação da “cultura zumbi”, segundo especialistas em comportamento, são decorrentes de alguns dilemas bem atuais: Crise financeira, perda da individualidade pela globalização, os efeitos da vida rotineira, a destruição do planeta pelo consumo exagerado de recursos naturais e o medo da erradicação da raça humana por alguma pandemia. Assuntos estes que ganham destaques diários na mídia. Segundo o Jornal “New York Observer”, “os zumbis representam a perda da individualidade, obrigando-nos a fazer parte de um coletivo”. O jornal americano “Channel 4” vai diz representarem “uma geração em desafeto, alienada, obcecada e inundada pela mídia.” Outros pesquisadores, acham que os zumbis representam nosso medo da morte e o contrário de nossa obsessão cultural por beleza, juventude e sexo, Daí o certo “prazer” ao matar e assistir zumbis serem exterminados em games ou filmes, que estaria relacionado a um certo “alívio” de nossas ansiedades modernas.
Estas ansiedades e medos nos remetem a um perfil de consumidor mais exigente, frustrado e consequentemente mais difícil de lidar. Também conhecido como o consumidor social. Entre suas características, estão a aversão a promoções e controle em massa. Descrença na mídia de massa, o individualismo, relacionam-se apenas com as marcas que gostam e ditam as regras da interação. Além disso, gostam de “contagiar” uns aos outros através do consumo compartilhado, não respeitam os horários comerciais tradicionais e assim como os zumbis, sabem a força do coletivo para promover ou difamar uma marca fazendo seus direitos prevalecerem. A estratégia de relações com consumidores também conhecidas como CRM Social, tem se mostrado uma boa solução para este relacionamento não virar filme de terror.
Alguns cuidados na abordagem ao consumidor da geração Z:
-Abolir o SPAM ou mensagens massificadas nas redes sociais!
– Tratar os consumidores como pessoas e não como parte da corporação.
– Relacionamento. As empresas inteligentes irão utilizar o social para transformarem consumidores em embaixadores das marcas, facilitando o marketing voluntário
– Ser contagiante, incentivando a formação de comunidades em torno da marca.
– Agilidade: Utilizar ferramentas de CRM Social para automatizar o processo
– Integração: Unificar a empresa em torno da mesma estratégia de relacionamento com consumidores. Novamente existem ferramentas de otimização.
O ciclo de vendas do consumidor da geração Z, também é diferente. Estes consumidores estão enterrados literalmente embaixo de burocracias contratuais e monopólios, muitas vezes deteriorando à espera de melhorias no setor e novos concorrentes. Cabe às empresas modernas identificarem as oportunidades através de ferramentas de monitoramento e gestão de relacionamento, iniciando a interação e o resgate deste “moribundo”. Interação esta, sempre através de conteúdo relevante, visando a relacionamento e a conversão do “zumbi” ao consumidor social e a embaixador e contagiador da marca. Bem vindo ao mundo da geração Z.
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