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A revolução da mídia e a evolução nos investimentos
A projeção para 2016 é que o investimento em publicidade online no Brasil atinja a marca de R$ 10,4 bilhões
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ProXXIma e Eduardo Gimenes
24 de maio de 2016 - 9h00
Ao longo da história, a mídia atravessou vários estágios de desenvolvimento e fez parte da evolução da sociedade e da economia. Os principais meios de comunicação de massa como a TV, o rádio e o jornal foram e continuam sendo fundamentais para a criação de novas formas de propagação das informações.
Com o desenvolvimento desses meios, a mídia ganhou força e, principalmente, a atenção das grandes indústrias que rapidamente passaram a utilizar esses canais para fazer a divulgação de seus produtos e serviços.
A internet tem modificado esse cenário, principalmente em função da sua enorme capacidade de penetração e alcance. Ela se tornou um meio de comunicação de massa e hoje, com absoluta certeza, é o canal que mais cresce e se desenvolve em todo mundo, transformando a poderosa indústria da mídia. O valor da marca Google é uma prova disso.
A massificação na utilização dos smartphones e o desenvolvimento desenfreado de novas plataformas, ferramentas e aplicativos estão mudando os hábitos e comportamento dos consumidores. Esse fenômeno está criando um novo caminho para a jornada no consumo de produtos e informações. As marcas podem se beneficiar tendo uma presença estratégica em todos os momentos dessa jornada.
A indústria da publicidade online de pesquisa, display, vídeo e a programática estão se desenvolvendo em um ritmo alucinante e acompanhar essa velocidade não tem sido uma tarefa fácil para as empresas. O fato é que os números mostram um crescimento exponencial no volume de investimento em publicidade online e esse aumento ainda é tímido no Brasil, se comparado com os Estados Unidos, por exemplo.
Para se ter uma ideia, o investimento em publicidade online no Brasil, no ano passado, foi de R$ 9,5 bilhões. Isso representa um crescimento de 14% em relação a 2014. A projeção para este ano é que esse investimento atinja a marca de R$ 10,4 bilhões. Desse total, R$ 1,03 bilhão (14%) será destinado à publicidade online com vídeo, R$ 3,14 bilhões (33%) para display e social e R$ 5,16 bilhões (54%) para pesquisa. Outra comparação relevante é que esses R$ 9,5 bilhões investidos em publicidade online no País representam mais de 20% do faturamento do e-commerce brasileiro que, no ano passado, foi de R$ 43 bilhões.
Nos Estados Unidos, o relatório Internet Advertising Revenue Report apresenta o resultado nos investimentos realizados em publicidade online do primeiro semestre de 2015. Os números atingem US$ 27,5 bilhões, com crescimento de 19%, sobre o mesmo período de 2014. Lembro que estamos falando apenas do primeiro semestre de 2015 e 2014.
O marketing digital para mobile e vídeo foram os destaques do relatório. Os investimentos em mobile cresceram 51%, com receita de US$ 8,2 bilhões no primeiro semestre de 2015. Além disso, esse segmento passa a representar 30% das receitas geradas em publicidade online.
A publicidade online de pesquisa, que ainda detém a maior fatia de investimento do mercado de publicidade online, chegou à casa dois dígitos, ultrapassando US$ 10 bilhões, com um aumento de 11% comparado ao mesmo período de 2014.
É um grande equívoco não aceitar que a publicidade online precisa fazer parte do plano de comunicação de qualquer empresa, independentemente do seu porte, posicionamento ou tipo de operação (física ou online). O alcance, possibilidades de segmentação (inclusive com geolocalização) e a capacidade de mensuração de resultados estão revolucionando a indústria da mídia que deixa de existir da forma como conhecíamos antes.
(*) Eduardo Gimenes é gerente de marketing e vendas na GhFly
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