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Por que as empresas estão apostando em serviços de assinatura?

A previsão é de que o segmento cresça cerca de 15% no Brasil até o fim de 2016


16 de agosto de 2016 - 15h26

Por Cláudio Brito (*)

De tempos em tempos, o perfil dos consumidores muda conforme o surgimento de diversas tendências globais. A internet, por exemplo, desenvolveu consumidores mais exigentes e com maior autonomia para buscar informações sobre produtos e serviços que lhes agradam. Se por um lado o perfil mudou, as empresas também tiveram que se adaptar e uma grande prova disso é a expansão dos serviços de assinatura (veja o sucesso do Netflix).

Com o crescimento desse segmento, diversas empresas e startups passaram a apostar fortemente nesse modelo de negócio. Hoje já é possível contar com opções variadas de produtos e serviços disponíveis no mercado. Todos têm semelhanças em seu funcionamento, ou seja, o cliente procura pela empresa que oferece o produto ou serviço de seu interesse e realiza a assinatura. No geral, existem opções de planos para adequar a necessidade de cada um.

O mercado de assinaturas cresce porque ataca alguns dos principais problemas do varejo online brasileiro que fazem a maioria das empresas operar no vermelho. As companhias de assinatura têm consumidores fiéis, receita recorrente e estoques previsíveis. Em períodos de crise, como o atual, também sofrem menos do que os varejistas tradicionais, porque seus consumidores não precisam tomar novas decisões de compra, pois os gastos já estão computados no orçamento.

Segundo uma pesquisa realizada pela ABComm (Associação Brasileira do Comércio Eletrônico), apenas em 2015, 500 empresas do setor aderiram a esse modelo, que tem previsão de crescer cerca de 15% até o fim deste ano. Ainda de acordo com a pesquisa, as compras online sob o modelo de assinatura movimentaram, só no primeiro semestre do ano passado, mais de R$ 10 bilhões.

Entendemos que, para o consumidor, esses serviços trazem benefícios interessantes, como produtos exclusivos, comodidade, economia de tempo e dinheiro. Se um setor está em crescimento, há grandes chances de implementar um bom negócio por meio de clubes de assinatura – pelo menos por um período específico. Por outro lado, se você tem uma empresa e ainda não está inserido nesta modalidade, vale a pena avaliar a possibilidade de inovar em sua forma de atuação e buscar melhores resultados em seu segmento, pois esse modelo tem um futuro promissor.

Para finalizar, acredito que, para o negócio ser escalável, é preciso saber fidelizar clientes. Esse é o passo mais importante para qualquer empreendedor. Por isso, costumo dizer que o atendimento tem que ser de qualidade, o processo de compra fácil e simples e os produtos atrativos. Todo profissional que consegue criar uma experiência diferenciada para o cliente, destaca-se diante dos concorrentes. E aí, já pensou em qual ramo vai desenvolver seu “Netflix”?

(*) Cláudio Brito é CEO da Acelera Startups

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