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Por que BI deve vir antes de Big Data
BI e Big Data são diferentes, mas complementares
BI e Big Data são diferentes, mas complementares
23 de junho de 2015 - 5h12
(*) Por Daltro Martins
Nas últimas semanas tenho lido muitas reportagens e artigos que mostram como grandes empresas estão se estruturando para atender suas necessidades de inteligência de dados. Apesar de serem assuntos em voga, BI e Big Data são diferentes, mas complementares.
É fato que desde 2011 Big Data ganhou destaque nas discussões em publicidade digital. Por outro lado, ter uma área de BI dentro de cada empresa hoje é obrigatório e importante, pois a necessidade de utilizar com inteligência suas bases de dados para a tomada de decisões é premente. Atualmente o BI já atingiu certa maturidade, tem modelos definidos e pode ser utilizado com uma variedade de plataformas, mas prescinde da melhor e mais robusta ferramenta existente no mundo: o cérebro humano.
Portanto, BI é diferente de Big Data.
Big Data lida com um volume gigantesco de dados, estruturados ou não, e em alguns casos manipulados somente por mainframes (computadores de grande porte), suportado por ferramentas robustas e caras, sem falar na equipe que opera pesado toda essa plataforma. Big Data busca encontrar correlações entre os dados analisados sem se preocupar com o significado destas correlações. Aí é que entra a complementariedade com BI: olhar para estas correlações, muitas vezes novas e estranhas, para tirar aprendizados e insights para aplicar nas suas estratégias é uma tarefa da área de BI.
Segmentos como de Bancos, Telefonia, Companhias Aéreas, Petroquímicas, Pesquisadores, Sistema Meteorológicos e o próprio Google praticam e necessitam de Big Data. Estas companhias se utilizam destas bases gigantescas, associadas a uma variedade de ferramentas para criar e estudar modelos altamente precisos e complexos de “prever o futuro”.
Ok, partindo do pressuposto que todos entendem a diferença e complementariedade entre Big Data e BI e que a maioria das empresas e agências já sabe que, neste mundo da mesurarão qualificada, mais que ter dados o importante é saber o que fazer com eles, a pergunta é: como fazer?
Hoje, para utilizar inteligência de dados, não necessariamente precisamos montar uma área de Big Data – pelo menos não ainda. Pode ser bonito dizer e anunciar que “temos nossa área de Big Data, vamos minerar toda nossa base de dados para tomarmos as melhores decisões“. Mas se você ainda não tem o BI estruturado de forma consistente e madura, montar uma área de Big Data é praticamente impossível. Por este motivo recomendo que escolha pessoas e parceiros que sejam realmente qualificados para este trabalho e saibam orientar os investimentos, guiando corretamente cronogramas de implementação para estas estruturas de inteligência de Dados.
Como falei no início deste artigo, utilizar-se de BI é obrigatório. Já Big Data depende do volume de dados que se quer manipular e o momento em que sua empresa esta neste processo.
Recomendo critério e planejamento para evitar desperdícios e frustrações neste processo. Se pudesse dar um conselho, diria que o maior desafio que precisamos vencer hoje é conseguirmos inserir BI como elemento estratégico nas decisões, hoje muito centradas no planejamento, criação e mídia. Já vejo algumas empresas entendendo este movimento e agências mudando suas formas de planejar campanhas e ações no meio digital, mas ainda é um trabalho que tomará um tempo razoável. Será que estou errado? O tempo dirá…
(*) Daltro Martins é COO da AG2 Nurun
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