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Tecnologia e consumidor lado a lado. Por Giba Colzani
Diretor de criação da TV1 Eventos esteve na InfoComm 2013 e explica que tecnologia e conteúdo se unem para tornar a comunicação efetiva e contagiante
Tecnologia e consumidor lado a lado. Por Giba Colzani
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18 de junho de 2013 - 11h27
Por Giba Colzani
Diretor de criação da TV1 Eventos
As imagens estão em toda parte e já não respeitam os limites espaciais de telas e formatos, alcançando os mais elevados padrões de brilho e resolução. A InfoComm 2013, feira que acontece em Orlando para mais de 35 mil visitantes e 925 representantes da indústria audiovisual mundial, colocou lado a lado os produtores de hardware com os criadores de conteúdo. Um claro sinal de que a tecnologia deve estar a serviço do consumidor e em sintonia com todas as tendências.
Logo na abertura, o especialista em inovação Jeremy Gutsche chamou a atenção para a importância de se colocar a cultura do consumidor no centro da estratégia, afinal não estamos mais vendendo produtos e, sim, oferecendo experiências de marca e consumo.
É ai que entram os especialistas na busca das melhores ideias com mais agilidade e maior eficiência. Para aproximar as marcas dos seus públicos a partir do grande cardápio de possibilidades e recursos que se potencializam quando se integram e permitem a colaboração.
A experiência de consumo se potencializa ainda fora da loja, com vitrines interativas que informam e projetam usos a aplicações dos produtos, além de telas transparentes que integram o real e o virtual.
Na hora de provar a roupa, a escolha fica mais fácil com a realidade aumentada: com tracking facial e corporal o consumidor pode testar uma coleção inteira sem precisar entrar no provador. Vestir uma roupa virtual pode ser tão rápido quando vislumbrar a construção de uma casa no terreno vazio.
Dentro das lojas, os displays com menus e imagens das coleções agora se integram a paredes e pisos virtuais. Projetores espelhados se posicionam próximo às paredes que dispensam pintura e ganham videocenários vivos.
O mapping, além do espetáculo, também ajuda a vender. A ferramenta de escolha permite pintar virtualmente um carro, definir suas rodas e acessórios e a inspirar a imaginação com sugestões de cenário para quem quer viajar sem limites.
Tecnologia e conteúdo também caminham juntos para gerar novos recursos educacionais. No lugar do quadro negro, displays interativos, multitouch e colaborativos com projetores wireless que levam a contribuição direto do notebook do professor e dos alunos para a tela. As canetas hidrográficas geram textos permanentes com a captura de movimentos e sombra. E o que sai das telas vai para a nuvem. Onde quer que outros estudantes ou profissionais estejam podem contribuir e interagir com o conteúdo. Vale para as escolas, indústrias e hospitais. Uma cirurgia complexa, por exemplo, é acompanhada por quadros clínicos especializados em qualquer parte do mundo, mas com todos os detalhes oferecidos pela tecnologia 3D.
Num mundo tomado por imagens, se diferenciar e colocar sua marca em evidencia é questão de sobrevivência. Para atrair a atenção do público, vale romper formatos e surpreender no conteúdo. As telas finas e leves de LCD podem se sobrepor, criar outras formas e, com ferramentas de gerenciamento, podem se agrupar, descolar imagens, transferir conteúdo. O espetáculo se completa quando LEDs, displays e projetores trabalham de forma integrada para oferecer a melhor live experience. Seja numa loja ou em um evento, a tendência é gerar espaços de marca imersivos, ativando experiências únicas e memoráveis aos consumidores.
Para que tudo isso funcione, deve-se sempre observar o comportamento e as tendências antes de pensar em funções e benefícios de produtos e tecnologias. É preciso criar uma ligação emocional com o que se faz, mas acima de tudo se inserir na vida e na mente do consumidor para continuar gerando impacto.
A comunicação efetiva deve ser contagiante e se propagar. Para isso precisa estar bem embalada. Antes de pensar o que se vai produzir, é preciso se perguntar qual a experiência que marcas e empresas querem oferecer, qual a história que se quer contar. E tornar a cultura e comportamento do público uma verdadeira obsessão.
Ao propor a colaboração, comunicação e conexão de produtores de tecnologia com seus diferentes públicos, a InfoComm nos inspira e nos faz refletir sobre nossa missão de criadores e comunicadores. Afinal, a arte de vender e promover marcas e produtos está cada vez mais complexa e exige perseguir sempre os melhores resultados. Dispor, entender e saber usar as ferramentas adequadas, romper com seus limites e formatos, integrar diferentes disciplinas e garantir ambientes interativos e colaborativos na busca pelas melhores experiências.
É um trabalho árduo para profissionais comprometidos, mas nunca foi tão divertido.
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