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Grey Brasil investe R$ 5 milhões em reestruturação e nova sede

Agência apresenta novo escritório e unidade de shopper marketing. Na foto, os diretores criativos Mariangela Silvani, Federico Russi e Sérgio Fonseca


6 de agosto de 2014 - 10h12

POR FELIPE TURLÃO
Do Meio e Mensagem

Após um período de transição iniciado com a fusão entre New Energy e Grey141, em julho de 2013, a nova Grey Brasil apresentou nesta terça-feira, 5, seu novo escritório, que recebeu investimentos de R$ 5 milhões, além de um posicionamento de mercado focado na integração entre online e off-line.

“Esse investimento de R$ 5 milhões, ainda mais em um ano complexo como esse, mostra que queremos causar um grande impacto no mercado”, afirmou Roberto Justus, CEO do Grupo Newcomm, à qual a agência passou a estar ligada após a fusão.

A agência anunciou o lançamento da Grey Shopper, unidade especializada em shopper marketing, que deve iniciar operação em setembro. “Nós optamos pela separação porque, além de atender a atuais clientes em parceria com profissionais da Grey, a operação poderá atuar nessa especialidade em contas das outras agências do Grupo Newcomm, bem como de qualquer outra rede”, diz Walter Longo, presidente da Grey, que tem também como executiva-chave a COO Sylvia Panico. “Além disso, a melhor forma de conquistar clientes é passar a atendê-los em uma especialidade”, receita o executivo.

O braço de shopper marketing será capitaneado por Albano Neto, até então principal executivo da Labstore, outra empresa do Newcomm.

A Grey apresentou ainda sua equipe de liderança, que mescla funcionários que já estavam na agência, com outros reforços do Grupo Newcomm, da rede Grey, e pessoas que vieram de outras redes. A criação contará com um modelo de trio de liderança, a cargo de Mariangela Silvani, Sérgio Fonseca e o uruguaio Federico Russi. À frente das demais áreas estão Davi Monteiro, diretor-geral de mídia, Janaína Luna, diretora-geral de atendimento, Marcia Esteves, head digital, Marcia Kuperman, diretora de operações, e Sumara Osorio, diretora-geral de planejamento.

Posicionamento
A Grey vende a ideia de ser uma agência pós-digital, com integração entre estratégias online e off-line. O escritório tem o conceito de Brand Table, que agrega profissionais por cliente e não por função. Também tem uma sala chamada Grey Lab, que reúne dados e experiências tecnológicas, como painéis de controle e dashboards que acompanham os resultados das campanhas em tempo real. O espaço possibilita que os funcionários possam ter acesso a plataformas como Google Glass e Cromecast, para auxiliar no desenvolvimento de campanhas.

A agência tem como principais clientes 3M, Coca-Cola, GSK, BHO, HSBC, Universal e algumas conquistas recentes, especialmente Gillette (P&G) e Gafisa. A unidade brasileira passou a atuar também como agência regional das marcas Pantene e Gillette, ambas da P&G. A empresa cresceu 35% em 2013 e estima atingir uma alta de 10% em 2014.

Top 5 em negócios, top 3 em criação
Justus disse que tem o desafio de transformar a Grey em uma das maiores agências do mercado e garantiu que, finalmente, a marca vai decolar no Brasil. "A agência sempre teve altos e baixos, mas em nenhum momento teve a qualidade de uma agência top ten. Agora que está ligada ao Newcomm, queremos que ela se torne uma das cinco maiores agências do País, além de ser uma das três ou quatro mais criativas”, objetiva. A melhora da capacidade criativa é importante, segundo ele, para atrair novos negócios.

A Grey sempre foi a agência do Grupo WPP (dono também de Y&R, Ogilvy e JWT, dentre outras) com maior dificuldade para operar no Brasil, tendo diversas formatações e lideranças. Apesar de estar no Brasil desde 1973, a Grey não conseguiu ter no País o mesmo porte de suas coirmãs Y&R, JWT e Ogilvy. Em 1992, a Grey associou-se com a Z+G, e em 1999 adquiriu a totalidade das ações da agência brasileira. O último grande movimento da rede multinacional para tentar elevar seu status no Brasil foi a sociedade com o criativo Sílvio Matos em 2006, dando origem à MatosGrey. Entretanto, o casamento não deu certo e terminou após três anos, sendo o último deles uma arrastada negociação entre advogados para estabelecer as condições da ruptura. Em 2009, Ricardo Ferraris foi enviado ao Brasil como interventor no escritório brasileiro.

Dois anos depois, a antiga Grey e a 141 Soho Square promoveram a união de suas operações, formando a Grey 141. Em 2013, ocorreu o movimento de fusão da agência com a New Energy e o alinhamento da nova Grey Brasil ao Grupo Newcomm. 

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