Consórcio formado entre Neooh e Helloo ganha concorrência da Aena
Processo da administradora, avaliado em R$ 1,3 bilhão, envolve a gestão e comercialização de mídia em 17 aeroportos no Brasil, incluindo Congonhas, em São Paulo
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Thaís Monteiro
13 de maio de 2025 - 19h14
Na manhã desta terça-feira, 13, a Aena realizou o leilão para a gestão e operação da mídia nos 17 aeroportos que opera no Brasil. Um consórcio formado entre Helloo e Neooh venceu a concorrência dos dois lotes ofertados, somando os 17 aeroportos. No Brasil, os aeroportos da Aena recebem cerca de 120 mil passageiros por dia. O Aeroporto de Congonhas, o maior deles, tem movimento de 70 mil passageiros diariamente.
Aeroporto de Congonhas recebe 70 mil passageiros por dia, segundo dados da Aena (Crédito: Divulgação)
O primeiro lote incluía o Aeroporto de Congonhas, os aeroportos do Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais e do Pará e estava avaliado em R$ 1,1 bilhão. Já o segundo lote, que incluía Aeroporto de Recife e demais aeroportos do Nordeste, era avaliado em R$ 200 milhões, segundo apuração da reportagem. No entanto, a proposta que venceu a concorrência ofereceu cerca de R$ 1,5 bilhão à Aena. De antemão, o consórcio deverá pagar para a Aena.
A operadora ficará com 50% da receita gerada pela venda de mídia para agências e anunciantes.
O leilão ocorreu em portas fechadas e em conversas individuais com cada empresa ou consórcio participante. Conforme apurado por Meio & Mensagem, a Helloo e a Neooh foram as únicas empresas de mídia out-of-home na disputa. A Aena havia convidado empresas brasileiras e estrangeiras para a concorrência.
A conversa entre ambas as empresas iniciou há cerca de um mês. Aeroportos é a principal vertical da Neooh, que está presente em 40, incluindo o Aeroporto de Congonhas. Até então, a Helloo comercializava mídia em shoppings e edifícios residenciais.
Essa é a primeira empreitada da Helloo em demais formatos de mídia OOH, mas não é sua primeira tentativa. Em 2024, a empresa firmou um consórcio com a Kallas para disputar a licitação pelo mobiliário urbano do Rio de Janeiro. O consórcio não venceu a disputa pelos lotes da licitação. A Kallas, por sua vez, optou publicamente por não participar da concorrência da Aena devido a condições rígidas e custosas, disse o CEO, Rodrigo Kallas.
Em entrevista concedida ao Meio & Mensagem no fim de abril, Leonardo Chebly, CEO da Neooh, disse que a empresa havia sido convidada pela Aena a participar dessa concorrência e de processos semelhantes que devem ocorrer nos aeroportos que a empresa administra na Espanha nos próximos três anos.
O CEO da operação elogiou a forma como a Aena conduziu a concorrência. “Houve muito diálogo prévio, coisa que não tínhamos testemunhado em outras concorrências. Eles tiveram muito cuidado. Nós entendemos de aeroporto e entendemos que, para o Aeroporto de Congonhas, que é o principal ativo de mídia OOH do Brasil historicamente, os critérios e políticas adotados foram naturais de mercado, quando analisamos a mídia de aeroportos, que tem suas próprias especificidades”, disse Chebly.
Sobre os planos que teria para os aeroportos caso vencesse a concorrência, Chebly falou sobre a proposta de modernizar sobretudo os espaços de Congonhas. “Temos a possibilidade de criar uma padronização e um plano de mídia a altura do aeroporto. Hoje, o que você vê lá é uma herança da era pública de Infraero. São vários players. Hoje, o aeroporto é poluído visualmente. Nossa estratégia, que apresentamos na concorrência, é um plano de redução significativa do número de telas, mas, paralelamente, ganhando em qualidade, localização e ambiência. É um trabalho semelhante ao que já fazemos em Florianópolis, Viracopos, Afonso Pena”.
Agora, a proposta da joint venture formada a partir do consórcio entre as duas empresas deve passar por aprovação do conselho da Aena na Espanha. Conforme apuração da reportagem, a Aena deve divulgar o resultado oficialmente em 26 de maio.
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