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Eletromidia e JCDecaux vencem licitação de OOH do Rio de Janeiro

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Eletromidia e JCDecaux vencem licitação de OOH do Rio de Janeiro

Leilão do processo de concorrência foi realizado na tarde desta quarta-feira, 9, na B3, em São Paulo, e somou arrecadação de mais de R$ 1 bilhão


9 de outubro de 2024 - 15h40

CEO Alexandre Guerrero comemorou as conquistas com a equipe da Eletromidia (crédito: reprodução)

Eletromidia e JCDecaux venceram a licitação pela concessão de 20 anos do mobiliário urbano da cidade do Rio de Janeiro, que envolve a inserção de publicidade na mídia out-of-home (OOH) da capital fluminense, mediante concepção, desenvolvimento, fabricação, fornecimento, instalação, manutenção e conservação das peças.

O pregão aconteceu na tarde desta quarta-feira, 9, na sede da B3, em São Paulo, e somou arrecadação de mais de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 544 milhões já terão de ser pagos na assinatura dos contratos pelos três lotes licitados, com o restante a ser quitado no período de duração das concessões. A Prefeitura do Rio calcula que os ganhos podem chegar a R$ 4,5 bilhões nos próximos 20 anos, já que, além dos valores licitados por cada lote, o município receberá, durante a vigência dos contratos, uma remuneração variável sobre 5% do faturamento bruto das companhias que irão administrar os equipamentos de OOH da cidade, além de outros ganhos, como os de impostos.

Vitoriosa em dois lotes, a Eletromidia foi a principal ganhadora e irá cuidar de abrigos de ônibus e relógios eletrônicos. A JCDecaux ficou com as estações da Bike Rio. “Essa licitação vai ajudar o Rio a ser um mercado regulado na mídia exterior, dando conforto para os anunciantes investirem”, frisou o CEO da Eletromidia, Alexandre Guerrero, ao final do pregão. Ele agradeceu aos acionistas HIG e Globo, e ressaltou que o Rio de Janeiro é estratégico para a companhia.

Única empresa a ter proposta válida para o Lote 1, que envolve abrigos em pontos e paradas de ônibus e totens informativos (MUPIs), a Eletromidia propôs o valor de R$ 456,6 milhões, que representa um ágio de 4,58% em relação ao mínimo estipulado pelo edital, de R$ 436,5 milhões. Este foi o maior valor de toda a licitação, num lote que prevê, entre outras, a obrigação de instalação e manutenção de, no mínimo, 1.800 abrigos em pontos e paradas de ônibus.

Segundo a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), com a nova concessão, o Rio ganhará mais de 1.800 novos abrigos de ônibus, além da reforma dos equipamentos existentes. Além disso, 20% dos abrigos deverão contar com sistema de segurança, com câmeras e botão para ser acionado em caso de emergência.

O Lote 2 também teve a Eletromidia como vencedora, mas, neste caso, após acirrada disputa de lances com outras duas concorrentes: a JCDecaux e o consórcio HK, formado por Helloo e Kallas. Neste pacote estão 173 relógios eletrônicos digitais (REDs), com investimento mínimo de R$ 74,8 milhões. Depois de diversos lances, a Eletromidia venceu com oferta de R$ 430 milhões, o que representa ágio de 474,34% (o maior de toda a licitação), superando as propostas finais de R$ 405 milhões do consórcio HK e de R$ 370 milhões da JCDecaux. Com a nova concessão, a CCPar prevê que, entre outras melhorias, os 432 relógios digitais existentes sejam modernizados e 100% sejam equipados com medidores de umidade e vento instalados.

Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux, falou em nome de sua equipe no final do pregão (crédito: reprodução)

O terceiro lote, cujo valor inicial era de R$ 80,2 milhões, foi finalizado com vitória da JCDecaux e oferta de R$ 203 milhões, o que significa ágio de 153,10%. Esse lote se refere a instalação e manutenção de, no mínimo, mais 225 painéis digitais nas estações da Bike Rio. Desta disputa, também participaram a Eletromidia, cujo lance final foi de R$ 200 milhões, e o consórcio formado por Helloo e Kallas, que chegou a oferecer R$ 149 milhões.

Com a vitória no terceiro lote, a JCDecaux consegue se manter no OOH do Rio de Janeiro, já que é uma das duas empresas responsáveis pelos contratos que estão chegando ao fim – a outra é a Clear Channel, que não participou da nova licitação.

Ana Célia Biondi, diretora-geral da JCDecaux, discursou dizendo que, para a empresa, “é um orgulho poder ficar no Rio”, além de enaltecer todo o mercado de OOH, que classificou como “unido, saudável e parceiro”.

Estava previsto, ainda, um quarto lote, para instalação e manutenção de faces publicitárias (no total 384,0 m² de área útil) nas estações e terminais do BRT, com valor mínimo de R$ 64 milhões. Entretanto, nenhuma empresa apresentou proposta para esse lote.

O pregão foi mantido mesmo após a decisão pela suspensão da licitação, tomada na semana passada por um dos conselheiros do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRio). Na ocasião, o Tribunal esclareceu à reportagem de Meio & Mensagem que o conselheiro e relator do processo da concorrência pública, Nestor Rocha, acatou uma representação da pessoa física Anselmo Nogueira Junior para que a Prefeitura do Rio de Janeiro preste esclarecimentos sobre o processo de licitação. A decisão monocrática ainda precisa ser analisada pelos demais conselheiros do Tribunal.

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