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Ibope Media: o perfil e os hábitos do jovem digital brasileiro

Análise Target Group Index revela que nova geração de brasileiros prefere ser ator principal a espectador


26 de agosto de 2014 - 7h06

“I’ve got the power, uh-huuuu”. Talvez nenhuma outra frase possa ser tão expressiva para mensurar como um jovem se sente quanto essa parte da música da banda alemã SNAP. Jovens de todas as décadas e locais, a seu tempo, foram tachados de rebeldes. Geração após geração, esse jovem tem buscado seu espaço no contexto social. Para ele, não basta ser espectador, tem de ser o ator principal no contexto de mudanças vivido.

E, para se empoderar, esse jovem se utiliza de diversos meios de comunicação, cada um com razões diferentes, conforme é possível observar nos dados do estudo Target Group Index, do Ibope Media. A maioria dos meios é usada pelos jovens principalmente com intuito de se informar. Por exemplo, 93% destes usam os jornais com esse fim, enquanto outros 72% usam a TV.

Já não é novidade para ninguém que a população mais jovem possui forte adesão na maioria dos meios. Esse target tem ainda o hábito de mesclar seu consumo de mídia. Se entre o total da população o nível de concordância com a frase “Habitualmente uso mais de um meio ao mesmo tempo” é de 56%, entre os jovens esse nível chega a 61%.

E, como dito anteriormente, se esse jovem não quer ser só espectador na vida, ele também não ia querer ser apenas um telespectador. Por isso, o fenômeno do Social TV é uma realidade ainda mais presente entre jovens do que no total da população. Seus índices de uso de internet enquanto assistem à TV e fazem comentários durante as exibições são superiores aos encontrados na média da população, conforme indicado na edição de 2014 da Pesquisa Social TV.

Inclusive, esse jovem não só muda e interage com a realidade a sua volta para seu prazer, mas também entende o seu papel como ator social. Segundo dados da pesquisa “Como falar com o jovem online?” do Conecta, unidade de negócios on-line do ibope Inteligência, os jovens consideram a si próprios como os maiores responsáveis por tornar o Brasil um país melhor para o futuro.

Ter voz ativa para o jovem não só faz com que as coisas mudem, mas também gera um senso de identidade, algo muito importante nessa faixa etária, conforme destacado pelo psiquiatra Erik Erikson, responsável por cunhar a expressão “crise de identidade”.
É possível observar que essa identificação se dá em três níveis, principalmente: consumo, relacionamentos, e realização.

Conforme elaborado pelos pesquisadores Lewis e Bridges (2004), na dinâmica de consumo, o jovem consumidor quer ter uma identidade e na sua busca por autenticidade/ individualização/ customização, invariavelmente ele se alinha a uma tribo.

Na dinâmica desses relacionamentos, o jovem se destaca: 23% deles já são casados ou vivem com um companheiro, 48% se reúne com amigos, 48% faz/participa de churrascos e 45% sai para jantar. Todos os percentuais estão acima da média da população, de acordo com dados da última onda do Target Group Index.

E, por último, mas não menos importante, esse jovem não atua no mundo “à toa”, ele quer ver realizações. Para tanto, ele é mais aventureiro que a população em geral, ao mostrar, por exemplo, que gosta de correr riscos (27% contra 22%) e gostaria de empreender uma vida de aventuras, novidades e mudanças (60% contra 51%). O jovem é ainda mais ambicioso, por exemplo, por querer atingir o topo mais alto da carreira (76% contra 65%).

Essa dinâmica de altos e baixos, intensidade e aventura é claramente retratada pelo esporte parkour, criado no final da década de 80, na França, mas que ganhou força no Brasil apenas depois dos anos 2000. A vida é um parkour para cada jovem, pois os obstáculos não representam nada quando se “tem o poder

 

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