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O que o acordo entre Google e Yahoo! representa para o mercado? E o Bing, como fica?

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O que o acordo entre Google e Yahoo! representa para o mercado? E o Bing, como fica?

O acordo entre é bom para os consumidores e para os anunciantes que se beneficiarão de resultados de busca mais relevantes e opções de busca e de fornecedores


16 de novembro de 2015 - 3h05

Por PYR MARCONDES

Google, Yahoo! e Bing estão atuando juntos. De alguma forma, direta ou indiretamente, viraram parceiros de negócios.

Isso passou a acontecer de maneira mais formalmente estruturada a partir de outubro, quando Google e Yahoo! celebraram acordo operacional e comercial, em que nas buscas do Yahoo! tanto os resultados orgânicos como a publicidade exibida a partir do Google aparecerão, até um máximo de 49%. Porque os outros 51% estão assegurados a Microsoft, através de outro acordo que o Yahoo! mantém com o Bing, no mesmo formato. Isso em desktop.

No mobile, Yahoo! pode extrapolar as bases para o lado que quiser, Google ou Bing. Ficando, assim, no meio de uma cadeia com três elos, que aglutinam em seu conjunto todo o negócio de busca do mundo.

Estamos dando uma espiadinha na fechadura da porta do futuro da busca. Algo que não imaginaríamos até pouco tempo atrás, mas que deve se configurar como uma verdade mercadológica inequívoca: busca (ou melhor, os resultados clássicos da busca orgânica) vai virar commodity. Na verdade, quase que já é.

Os resultados de busca do Google e Bing, notadamente nos grandes mercados, são hoje muito semelhantes. Google segue sendo melhor (no Brasil, muito mais), mas menos do que um dia já foi. Detém 65% do mercado nos EUA, Bing apenas cerca de 20%. Mas essencialmente, no coração, apresentam resultados comparáveis.

Yahoo! não tem mais mecanismo proprietário de busca desde que fechou seu atual acordo com o Bing. Mostra em seus resultados de busca o que o Bing mostra. Agora, também o que o Google entrega. Rigorosamente, é um bloco. Uma interligação de bancos de dados e algoritmos, retroalimentando-se. Publicidade no meio.

É assim porque caiu a ficha para estes que são os maiores players do setor que o que vai contar daqui para a frente será menos uma experiência única e inigualável em cada uma das três plataformas individualmente e mais o fortalecimento comercial da indústria da busca como um todo, oferecendo alternativas mais rentáveis de investimentos em search marketing. Porque o Social tá pegando. E porque juntos (ou de alguma forma integrados) são mais fortes.

“Nesse mundo de mudanças tão rápidas da tecnologia, é crucial que as marcas busquem constantemente otimizar seus resultados de busca nas múltiplas plataformas. O acordo entre Google e Yahoo! é bom para os consumidores, já que os usuários do Yahoo! se beneficiarão de resultados de busca mais relevantes, e para os anunciantes, pois aumenta as opções de busca e de fornecedores de anúncios do Yahoo!. Os consumidores continuarão desfrutando de uma variedade de opções de busca, onde a concorrência está a apenas um clique de distância e cresce a cada dia", avalia Fabio Coelho, VP do Google Inc. e Presidente do Google Brasil.

Ele está rigorosamente certo. É o consumidor que tem que ter a melhor experiência. É ele que tem que voltar, voltar e voltar a utilizar a indústria da busca para encontrar o que precisa na internet. Todos lucram com isso. Como lembra Fábio, também os anunciantes, que ganham oportunidades aumentadas e sinérgicas em Google e Yahoo!, juntos. Bing compõem o restante dessa equação publicitária.

Isso pode dar um nó na operação do Yahoo!? Tipo, ele mostrar publicidade do Google para alguém buscando algo a partir de conteúdos do Bing? Poderia. Mas, aparentemente, Yahoo! não consegue fazer esse cross, porque depende, tanto em contéudo, quanto na distribuição de publicidade, ou de um engine ou de outro. E cada qual vem com seu prato feito: conteúdo associado à sua própria publicidade.

Seja como for, vale o que já dissemos. Estamos começando a viver um novo capítulo da história da busca na internet. A base da maior parte das coisas que se faz na web. Importante acompanhar.
 

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