9 de novembro de 2021 - 6h00
Estamos às vésperas de mais uma Black Friday e, se no ano passado escrevi sobre a mais digital das Blacks, este ano me deparo com uma espécie de paradigma interno: às vésperas do encerramento de mais um ano atípico e desafiador, o que temos de diferente para explorar? O que esperar das marcas anunciantes e suas estratégias nos varejos? E o comportamento dos consumidores?
A Black Friday é uma das mais importantes datas do comércio e otimizar as conversões neste período é fundamental para o crescimento das vendas (Créditos: Shutterstock)
No ano passado, com a pandemia, as vendas online superaram as feitas em lojas físicas. Agora é um novo cenário, diferente de 2020, com um grande contingente de pessoas vacinadas. Mas qual será o impacto disso? Pensar tudo isso, em meio ao caos político e econômico, sem respiro a ponto de comemorar uma possível etapa vencida no combate à pandemia, parece ser complexo demais.
Contudo, é impossível não ser otimista quando se trabalha com marketing. Afinal, hoje vivemos para criar melhores experiências e conexões para o consumidor. E a sazonalidade bate mais um ano à nossa porta (pisquei e já é Black Friday de novo).
O que acredito para 2021: os consumidores e as marcas estarão, ou precisarão estar, mais conectados do que nunca. Quando penso na jornada das marcas, vejo que algumas indústrias finalmente perceberam, e passaram a executar, o conceito de que os usuários estão em mais lugares diferentes, pouco importando os caminhos da jornada de compra. Seja no online, físico, onde começa ou termina.
O fato é: precisamos estar em todos os lugares de uma maneira ainda muito mais integrada e conectada. Mas como administrar essa onipresença? Tenho resgatado em muitas conversas, debates e palestras um conceito nada novo, nada “trend”, mas com grande impacto perante a mais essa Black Friday.
A omnicanalidade ganha força novamente, agora grudada com a relevância, somadas às apostas com todas as fichas em uma experiência de compra fora da curva. O movimento é híbrido, não temos mais escolha. Os investimentos que o varejo vem fazendo nessa tríade (omnicanalidade + relevância + entrega rápida) têm mostrado para as marcas a importância de pensar as estratégias de fim de ano de forma mais e mais integrativa. E essa união da indústria com um varejo de visão única sobre marketing, e-commerce e tecnologia multichannel, parece que vai dar enfim o tão sonhado match.
A lista do ano é longa: lives e entertainment shopping, cash back, QR codes por todos os lados, compras no app, na loja-conceito online, loja física com pdv tecnológico (aguarde novidades), utilização de todas as ferramentas possíveis de engajamento e mídia dentro de ambientes de e-commerce, entrega em 2h ou 15min e muitos outros.
Prova de que não tem como não pensarmos que existe uma luz no fim do túnel. Mas a lógica de um plano bastante estratégico de Marketing, executá-lo e pensar de forma conectada é a chave.
“Atingir a omnicanalidade significa não só estar presente em todos os ambientes que o consumidor precisa, tanto no físico como no digital, mas, acima de tudo, ser capaz de trabalhar com um sistema unificado, oferecendo, portanto, a melhor e mais dinâmica experiência possível na jornada de compra”, de acordo com a revista Consumidor Moderno. Todo mundo já sabe executar isso? É fácil colocar para rodar tudo junto com sucesso? Definitivamente não, mas, apesar de tudo, me sinto otimista e com aquele misto de ansiedade e expectativa de mais um novembro intenso que bate à nossa porta.