Sites de notícia dos EUA ganham audiência em 2016
Terceira parte do State of the News Media, do Pew Research, divulga dados sobre portais, emissoras públicas e veículos dirigidos a audiência hispânica e negra
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O Pew Research Center publicou mais uma parte do State of the News Media, um dos principais estudos sobre o mercado jornalístico dos Estados Unidos. A pesquisa é feita desde 2004 e, pela primeira vez, a organização decidiu desmembrar a divulgação do conteúdo.
Após publicar números sobre jornais, TV paga, TV aberta e rádio, nesta segunda-feira, 7, foram divulgados os dados sobre rádios e tevês públicas, portais jornalísticos nascidos no meio digital e conteúdo produzido por — e para — negros e hispânicos no país.
Segundo o estudo, ao comparar com 2015, os portais jornalísticos nascidos na internet tiveram um aumento de público de 12% em 2016. A média de tempo que os internautas ficaram na página foi de 2,4 minutos.
Nessa etapa só foram incluídos os sites que tiveram mais de 10 milhões de visitantes únicos por mês entre outubro e dezembro, que utilizam diversas ferramentas para atrair audiência e manter engajamento do leitor. Cerca de 97% deles oferecem newsletters, 92% têm presença oficial na Apple News, 75% realizam e divulgam podcasts e 61% permitem comentários nos artigos. Todos os pesquisados (100%) mantêm uma conta oficial no Facebook e no Twitter. No YouTube, são 97% e no Instagram, 92%. Já no Snapchat o número é de 25% de contas oficiais.
Rede pública
Nos Estados Unidos, o jornalismo de emissoras públicas é amplamente consumido. No rádio, a NPR e suas filiadas conseguiram aumentar o número de ouvintes no último ano. Em 2016, foram cerca de 10 milhões de ouvintes semanais via antenas — a conta exclui transmissões por satélite e internet.
Para a organização, as plataformas digitais da NPR constituem uma parte importante da audiência da rede. No mobile, são dois aplicativos diferentes. O primeiro, NPR News, concentra transmissões ao vivo de filiadas, e o NPR One oferece conteúdo dos programas e podcasts.
Já nas tevês públicas, a audiência do NewsHour, o principal programa jornalístico da PBS, atraiu, em média, um milhão de telespectadores — 22% a mais do que no ano anterior.
O estudo concluiu que, para os meios públicos, a saúde financeira tem melhorado com o passar dos anos. Em 2016, a NPR aumentou a receita em US$ 213 milhões, 9% a mais do que em 2015.
Hispânicos e Negros
A mídia noticiosa feita para os dois maiores grupos étnicos dos Estados Unidos já fazem parte do cenário jornalístico do país. Entretanto, o estudo mostra que alguns jornais que se identificam com o público negro sofreram um leve declínio de circulação nos últimos anos.
Quando o assunto são os hispânicos, o tema muda um pouco. Tanto a tevê quanto os jornais impressos do segmento se fortaleceram no período, mesmo que em 2016 esse crescimento tenha desacelerado.
Nos EUA, existem duas grandes emissoras em que a programação é falada em espanhol, a Univision e a Telemundo. Esse ano, ambas tiveram um crescimento leve, ou até mesmo estagnaram sua audiência.
Nos jornais impressos, a circulação diminuiu 11% para cada um dos três grandes diários hispânicos. Para as revistas semanais, o declínio foi de cerca de 5%.
O Pew Research Center se utiliza de uma série de dados, pesquisas, métricas e análises para formular anualmente o relatório State of the News Media, incluindo ainda auditorias próprias e informações fornecidas pelos veículos. . Entre os institutos consultados para a reunião de informações estão o Public Media Futures Forum, Nielsen, Google Analytics, ComScore, eMarketer e Alliance for Audited Media.
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