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De 7 a 15 de março de 2025 I Austin - EUA
SXSW

O que trouxe comigo do SXSW que não cabe só na mala

Foram dias de imersão em tecnologia, negócios e cultura, mas, acima de tudo, sobre conexões genuínas e trocas que fazem sentido


17 de março de 2025 - 14h17

Ir a Austin para o primeiro SXSW foi uma mistura de expectativas e surpresas. É aquele momento de pisar num espaço onde o futuro já está acontecendo, mas, ao mesmo tempo, perceber que o essencial continua sendo sobre as pessoas. Foram dias de imersão em tecnologia, negócios e cultura, mas, acima de tudo, sobre conexões genuínas e trocas que fazem sentido. Vou “gabaritar” o que vi e senti em três pilares:

 

1) O cérebro e o coração do SXSW

Os grandes temas que me chamaram atenção foram felicidade, equilíbrio, longevidade e inteligência artificial. Scott Galloway trouxe seu olhar afiado sobre economia, IA e o futuro do trabalho. Brene Brown, com suas pausas perfeitas para consolidar pensamentos, emocionou ao falar sobre vulnerabilidade e conexão humana, porque, no final das contas, tudo se resume a como nos relacionamos uns com os outros. Peter Attia fez todo mundo refletir sobre como podemos garantir um futuro mais saudável para nós mesmos. Michelle Obama e Craig Robinson coroaram o fechamento da Conference, protagonizando um dos momentos mais marcantes (nunca uma fila de três horas passou tão rápido), conversando sobre identidade, resiliência e a importância de enxergarmos uns aos outros com mais empatia, verdade e amor.

 

2) A tecnologia com propósito

A biotecnologia não é mais promessa de ficção científica, é realidade. Já sabemos disso há algum tempo. Neil Redding e Ian Becraft trouxeram insights sobre como a IA está transformando não só o mercado, mas nossas interações sociais. Esther Perel e Amy Gallo falaram sobre o impacto da tecnologia nas relações – tanto no trabalho quanto na vida pessoal – e como podemos usar isso a nosso favor. Rishad Tobaccowala me chacoalhou ao afirmar: “O trabalho no futuro não será um cargo, mas um conjunto de tarefas organizadas como uma playlist”. Ele reforçou que a mudança nos formatos de trabalho é inevitável e que a melhor forma de encar(ar) é entender o propósito de onde a sociedade está indo.

 

3) O Brasil no SXSW e a força da colaboração

Foi incrível ver o Brasil se destacando – seja pelo “bom dia” em português dos palestrantes “na gringa”, pelas ativações das marcas, startups e criativos espalhados por todos os cantos. Na minha lente de marketing de experiência, isso foi ainda mais especial. A Casa São Paulo funcionou como um grande hub, mostrando nossa potência para o mundo. Espaço festivo, democrático e uma programação impecável. 

Se tem uma palavra que define essa jornada, é colaboração. Desde minha querida roomie, Juliana Nascimento, até as trocas com mais de 20 agências associadas à AMPRO (uau!), sem contar o apoio de tanta gente incrível – presencialmente e de longe. A sensação era essa: todo mundo ali pra somar, compartilhar ideias e criar juntos. E essa energia fez toda a diferença na bagagem de volta. E pra fechar com aquela memória afetiva, os últimos minutos de festival foram registrados com uma atenção carinhosa registrada em foto com o querido Hugh Forrest.  

SXSW: que venham mais edições, mais conexões e colaborações se formando, mas sem perder a essência weird que faz do SXSW um lugar único. Porque, no fim das contas, cada coração importa. 

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