A era da nanoinfluência e o papel transformador das comunidades
Como o mercado de influenciadores está moldando o consumo no Brasil
A era da nanoinfluência e o papel transformador das comunidades
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5 de fevereiro de 2025 - 8h44
(Crédito: Shutterstock)
No Brasil, as redes sociais ocupam um espaço cada vez maior em nosso dia a dia. Os brasileiros passam, em média, 3 horas e 37 minutos por dia conectados a essas plataformas. Essa presença intensa transformou as redes sociais em um terreno fértil para o marketing de influência, um mercado que movimenta bilhões globalmente e segue em ascensão. Estima-se que mais de 80% das empresas brasileiras já planejam investir pelo menos R$ 1 milhão em campanhas envolvendo influenciadores em 2025.
Esses dados chamam atenção para a evolução desse segmento e para a crescente relevância dos influenciadores no comportamento de compra. Mas quem são esses influenciadores e como eles se conectam com o público?
Os influenciadores digitais podem ser classificados pelo número de seguidores e o tipo de conexão que estabelecem com sua audiência. Veja como eles se distribuem:
– Nanoinfluenciadores (Mil a 10 mil seguidores): têm um público altamente engajado, perfeito para campanhas segmentadas;
– Microinfluenciadores (10 mil a 100 mil): combinam alcance expressivo com engajamento mais próximo;
– Influenciadores médios (100 mil a 500 mil): atingem audiências amplas, mantendo conexão razoável;
– Macroinfluenciadores (500 mil a 1 milhão): ideais para campanhas de grande alcance;
– Megainfluenciadores e celebridades (acima de 1 miilhão): forte presença na mídia e alto poder de visibilidade.
Entre essas categorias, os nano e microinfluenciadores se destacam por sua autenticidade e proximidade, características que têm ressoado cada vez mais com o público.
Um aspecto que vem ganhando força no marketing digital é o User Generated Content (UGC), ou conteúdo gerado por usuários. Trata-se de postagens, avaliações e comentários criados por consumidores e compartilhados nas redes sociais. Estudos apontam que 90% dos consumidores veem esse tipo de conteúdo como mais autêntico do que propagandas tradicionais. Mas e se fôssemos além?
As comunidades digitais têm mostrado um potencial incrível para agregar valor ao UGC. A ideia é que o engajamento de grupos com interesses e objetivos em comum pode transformar simples conteúdos em narrativas coletivas poderosas. A B2Mamy, por exemplo, propõe o conceito de User Community Content (UCC), que eleva o UGC ao incorporar a força das comunidades engajadas.
Essa abordagem vai além de ações pontuais, propondo uma estratégia contínua, onde o conteúdo nasce de interações genuínas e da confiança que já existe dentro de comunidades específicas. Imagine o impacto de campanhas que contam histórias reais, criadas por pessoas que vivem as experiências que as marcas desejam comunicar.
Para criadores, engajar-se em comunidades pode significar transformar sua criatividade em oportunidade de renda e desenvolvimento pessoal. Já para marcas, investir nesse tipo de conexão traz autenticidade, resultados mensuráveis e aproximação com públicos diversos – desde mães até grupos segmentados por faixa etária, gênero ou interesses.
À medida que o marketing de influência evolui, o que você acredita que será mais valorizado: alcance ou profundidade de conexão? Como as marcas podem criar impacto duradouro em um mundo onde autenticidade e confiança se tornaram moedas valiosas? A era da nanoinfluência não é só sobre números – é sobre pessoas. E é nesse espaço que as comunidades podem se tornar verdadeiros agentes de transformação, tanto para criadores quanto para marcas.
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