O fim dos sobrinhos na mídia social

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O fim dos sobrinhos na mídia social

Pesquisa mostra tendência de escolarização de profissionais da área e média salarial de R$ 2.400


29 de setembro de 2014 - 4h17

No início da explosão das mídias sociais no Brasil, muitas empresas eram pilotadas por pessoas sem experiência na área, em geral mão de obra barata e que possuíam alguma intimidade com Twitter e Facebook, mas sem conhecimento formal.

Após alguns anos, o cenário parece estar mudando. Alta escolaridade é hoje uma das características do segmento: 47% dos que atuam no setor têm curso superior completo, 24,7% têm pós-graduação e 2,61% possuem título de mestre ou doutor. Apesar disso, 88,2% dos profissionais possuem apenas quatro anos ou menos de experiência na área, ainda um reflexo de um mercado em construção.

Os dados são de uma pesquisa do site de busca por empregos em comunicação e TI Trampos, realizada em parceria com a agência Alma Beta. O estudo entrevistou 1.037 profissionais de todo o Brasil, com exceção dos Estados de Acre, Amazonas e Tocantins.

Os pesquisadores também descobriram que a média salarial geral do profissional de mídias sociais brasileiro é de R$ 2.432,00 (veja quadro com médias por cargos).

A atividade acadêmica mostra-se importante quando o assunto é alcance de uma remuneração maior. Empregados com curso superior completo recebem, em média, R$ 2.582. Mestres e doutores quase dobram esse valor. Eles contam com média salarial de R$ 4.433.

“Estamos na segunda fase de formação desses profissionais. A primeira turma que atuou neste segmento construiu conhecimento empírico, já que tudo era muito novo. Agora, os entrantes estão buscando educação para trabalhar nesta área”, avalia Tiago Yonamine, diretor executivo e fundador do Trampos.

O estudo reforça algumas suspeitas sobre o setor. Os profissionais têm idade média de 26,2 anos e são, em maioria (56,5%), mulheres. A jornada de trabalho semanal é de 40 horas, com grande concentração de mercado no Estado de São Paulo, em que somente a capital responde por 38% de toda a mão de obra do País.­ Um quarto dos profissionais pesquisados trabalha em agências digitais ou empresas especializadas em mídias sociais.

As equipes são coordenadas especialmente pelas áreas de planejamento (28%) e criação (16%), quando estão em agências, e pela área de marketing (16%), quando em empresas anunciantes ou veí­culos. A vaga dos sonhos dessas pessoas está em companhias como Facebook, Google, DM9DDB, Africa, Ogilvy, Rede Globo e Riot, em ordem de citações.

Há também algumas surpresas, como o fato de 55% dos ouvidos dizerem que o salário é o aspecto que menos valorizam, quando o assunto é satisfação com o emprego. Benefícios (32%) e infraestrutura do local de trabalho (27%) aparecem na sequência.

Por outro lado, os quesitos mais valorizados são o aprendizado que a empresa proporciona na área (59%), o clima no ambiente de trabalho (52%) e os resultados dos projetos nos quais se envolvem (40%).

Faltam estrelas

“Está faltando um Marcello Serpa ou um Washington Olivetto das redes sociais”, justifica Luiz Yassuda, da Alma Beta, para explicar a reclamação dos entrevistados sobre a falta de referências no setor: 62% dos profissionais afirmam não ter em quem se espelhar e 47% afirmam desconhecer um projeto brasileiro que sirva como inspiração. Apesar disso, quando questionados sobre quem está fazendo um bom trabalho na área, Ponto Frio, os consultores Martha Gabriel e Edney Souza, além de Guaraná Antarctica e prefeitura de Curitiba foram alguns dos nomes citados. 

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