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FCB se envolve com investigada pela Lava Jato

Agência orientou repasse de R$ 311 mil pela O2 Filmes. Montante consta da lista de pagamentos à LSI, dos irmãos Vargas


17 de abril de 2015 - 3h28

Atualizada às 20h25

Novo capítulo da operação Lava Jato envolve o mercado publicitário. Desta vez, na mira está a agência FCB Brasil, responsável pelo repasse de R$ 311 mil, pagos pela O2 Filmes à LSI, empresa dos irmãos Vargas, que estão sendo acusados de corrupção nas investigações que apuram desvios de recursos na Petrobras e também na Caixa e no Ministério da Saúde. O caso envolvendo o banco e a pasta vieram à tona na sexta-feira 10, quando Ricardo Hoffmann, ex-diretor-geral da Borghi/Lowe em Brasília, foi preso, junto com mais seis pessoas – entre elas o ex-deputado federal André Vargas (leia em Ex-executivo da Borghi/Lowe é preso pela Lava Jato).

A O2 Filmes aparece na lista de pagamentos feitas para a empresa dos irmãos Vargas. No item 193, com data de 26 de fevereiro de 2014, está o valor repassado pela produtora (os R$ 311 mil, como consta no documento revelado pela Polícia Federal – mais detalhes em Ex-executivo da Borghi depõe contra agência). O pagamento foi feito dias depois de a FCB ter conquistado parte da conta da Petrobras. A verba anual, na concorrência feita na época, era de R$ 330 milhões, divididos entre três agências: FCB, NBS e Heads.

A FCB Brasil admitiu ter determinado o pagamento e afirmou que o fez por "solicitação de Ricardo Hoffmann à FCB, como remuneração devida a ele por um único projeto de consultoria". Hoffmann é dono da BH Serviços de Comunicação, por meio da qual recebia remuneração da Borghi/Lowe. Em depoimento à Polícia Federal, o publicitário informou que 95% de seus ganhos vinham da Borghi e que o restante vinha de serviços de free lancer para outras empresas. 

Confira o comunicado da agência: "A FCB Brasil esclarece que solicitou o pagamento efetuado pela O2 Filmes à LSI e lamenta que a produtora tenha tido seu nome exposto por esse fato. A transferência do crédito de fornecedor de produção a uma terceira empresa foi feita sem examinar adequadamente a propriedade dessa empresa.

Esta forma de pagamento foi uma solicitação de Ricardo Hoffmann à FCB, como remuneração devida a ele por um único projeto de consultoria. Ações corretivas já foram tomadas pela FCB com relação a esse fato único e isolado. Estamos à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem necessários." 

Resposta da O2

AO2 Filmes também se pronunciou por meio de um comunicado. Ela afirmou que tomou conhecimento pela imprensa de que seu nome consta em relação de empresas que fizeram depósitos à LSI, com a qual, segundo a produtora, nunca manteve qualquer relação. Leia o restante da declaração:

Apurou que o referido depósito se deu por conta e ordem da FCB Brasil… (“FCB”), a qual, em razão da relação comercial que há muito mantém com a O2, era sua credora. Referido depósito, portanto, visou unicamente quitar o crédito que a FCB detinha contra a O2, a pedido e sob total responsabilidade da FCB;

Todos os filmes produzidos pela O2 para a agência FCB foram feitos exclusivamente para anunciantes privados, nenhum deles, portanto, vinculados a órgãos públicos e/ou custeados por recursos públicos.

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