Opinião: A capacidade de desaprender

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Opinião: A capacidade de desaprender

O importante é não ficar na superfície do aprendizado e lembrar que as pessoas não veem formatos ou plataformas. Elas ainda enxergam as ideias. As boas, porque as ruins elas pulam


11 de novembro de 2015 - 4h25

Por Cris Pereira Heal

A briga para manter a piada no final e os grandes formatos dos vídeos publicitários parece inglória quando pensamos que as pessoas tem aproximadamente 2, 5 ou no máximo 8 segundos de atenção em uma peça assinada por uma marca no mundo digital, ou melhor dizendo no mundo.

Discutir se a piada deveria estar no começo do filme, se a verba para filmes em plataformas digitais deveria ser tratada caso a caso ou, se deveríamos montar a versão da internet diferente da versão da televisão parece não ser mais novidade É só usar o bom senso.

Enquanto isso, fico tentando me lembrar quantas vezes cliquei para pular um vídeo chato ou simplesmente passei o dedo pela tela do meu celular tentando encontrar alguma conversa interessante para entrar. Procuro agilizar umas coisinhas pelo telefone e ao mesmo tempo perco horas vendo bobagens.

Na comunicação das marcas isso não é diferente, o marketing é digital e mobile. Não adianta pensar em como as pessoas entram na internet porque elas já estão lá, conectadas desde a hora em que acordam até a hora do "boa noite".

Se por um lado a briga pelo que já está confirmado pelo hábito das pessoas no ambiente digital não vale a pena, ainda tem muita energia para investirmos na nossa capacidade em desaprender. E reaprender.

Ouvi um diretor de marketing contar que tinha se inscrito no curso mais básico do Google e achei que fosse brincadeira, mas não era, ele tinha cansado de não entender e de ouvir o famoso "veja bem, é assim que funciona". Aliás, é isso que o seu cliente tem feito, ele está disposto a entender as mudanças do nosso mercado. Os últimos encontros do IAB foram prestigiados por uma audiência formada basicamente por anunciantes querendo aprender. Ele está se aprofundando em todas as áreas da comunicação, e claro, isso inclui a digital.

O importante é não ficar na superfície do aprendizado e lembrar que as pessoas não veem formatos ou plataformas. Elas ainda enxergam as ideias. As boas, porque as ruins elas pulam.

Ideias que farão sentido dentro dos assuntos que interessam a elas. E não o contrário. Ideias relevantes e que farão valer cada segundo do tempo delas nos encontros com a marca, mesmo que sejam apenas 5 ou 8 segundos.

Ideia boa colocada na conversa certa e na hora certa.

Cris Pereira Heal é diretora de atendimento da FCB Brasil
 

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