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Provocação faz parte do jogo, diz Perdigão

Andrea Dietrich, gerente de marketing da marca, explica que campanha da Seara já era esperada como reação à volta da Perdigão ao mercado


22 de julho de 2015 - 3h31

Nos últimos 15 dias, Sadia e Seara estão em evidência não apenas pelo lançamento de um novo produto ou por uma grande ação em um reality famoso, mas por uma campanha publicitária que acirrou a concorrência que já existe entre as duas marcas. Lançado no início de julho, o vídeo da Seara "Começa com “S” e termina com “A” dá um cutucão na concorrente Sadia que não gostou do tom e foi até a Justiça conseguindo uma liminar para tirar o comercial do ar, o que durou apenas três dias dando à Seara o direito de retomar a campanha.  

A disputa acontece ao mesmo tempo em que a Perdigão, marca do mesmo grupo da Sadia, a BRF, volta com força ao mercado, após quatro anos, por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A resposta da Perdigão foi uma outra campanha em que dá o troco à Sadia com o mote: "Evite surpresas, vá na certeza." O assunto chegou até mesmo ao alto escalão da JBS, dona da Seara. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira 22, Wesley Batista, presidente da JBS, afirmou que não vê motivo de polêmica na campanha da Seara e não entende a motivação da concorrente para ter ido à Justiça. 

Já a Perdigão, a primeira provocação da Seara foi uma movimentação da concorrência diante da volta da marca. “O mercado é competitivo e, naturalmente, a volta de uma marca como a Perdigão traz movimentações. Logo, uma campanha não pode ficar alienada de seu contexto”, diz Andrea Dietrich, gerente de marketing da Perdigão. Em entrevista, ela comenta as polêmicas e fala sobre a estratégia de retorno da marca ao mercado. 

Meio & Mensagem – A campanha da Perdigão, lançada no último fim de semana, com Angélica e Luciano Huck dando a entender uma resposta à Seara foi proposital?
Andrea Dietrich –
Uma comunicação nunca está alienada de seu contexto. O mercado é muito competitivo e, naturalmente, a Perdigão tem concorrentes que brigam por tomar o lugar da marca. Estamos na arena e a briga acontece. Tivemos várias confluências. Já tínhamos o plano de voltar, isso era público, e o mercado se movimentou. Em momentos como este, a concorrência se move. Obviamente, colocamos no tom da campanha esse contexto também. Mas continuamos com nosso foco de relançamento e fortalecimento da marca, construída em 80 anos.

M&M – Qual será o desdobramento para o relançamento da marca?
Andrea Dietrich –
Começamos a trabalhar esse relançamento desde o início do ano com a chegada do casal Luciano Huck e Angélica reforçando o conceito de família. Estamos tratando o ano de 2015 como o ano da Perdigão. Mais do que a volta dos produtos, é um momento de fortalecer uma marca que, mesmo distante do mercado, continua entre as primeiras. 

M&M – Quais outras ações estão previstas além das campanhas?
Andrea Dietrich –
Estamos com várias ações relacionadas a ponto de venda, embalagem, ativações. É o maior plano de investimento que a Perdigão já recebeu. E até o fim do ano teremos muitas outras novidades. Essa campanha ainda tem um desdobramento em outras mídias e formatos.

M&M – De que maneira o contexto econômico desafiador influencia neste momento de relançamento?
Andrea Dietrich –
A gente sempre leva isso em consideração. Mas as duas marcas [Sadia e Perdigão] são extremamente representativas e, neste momento, sem dúvida, o consumidor está considerando qualidade e custo-benefício. Além disso, a Perdigão é uma marca que fortalece o papel de melhor custo-benefício por estar um pouco abaixo da Sadia em termos de preço.

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