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Social leva conteúdo de TV às alturas

NFL e NBA via Twitter, Criança Esperança no Periscope e Jornal da Band no Facebook, o uso de plataformas digitais como extensão da TV tornou-se um aliado importante


25 de julho de 2016 - 8h38

A necessidade de compor estratégias multiplataforma e a constatação de que as redes sociais podem alavancar a audiência – ainda que isso resulte em riscos como mudanças repentinas como fez o Facebook recentemente com seus algoritmos – tem feito com que companhias de  TV transponham seus conteúdos para as redes sociais, através de ferramentas de transmissão ao vivo, como o Facebook Live e o Periscope, do Twitter.

Em julho, o Jornal da Band passou a ser transmitido pelo Live do Facebook, simultaneamente à transmissão no canal. Já a Globo usou a estratégia de mostrar os bastidores Criança Esperança no Periscope, assim como o Canal Brasil durante o 27º Prêmio da Música Brasileira. “A TV social é uma realidade, pois permite a uma emissora diferenciar seu conteúdo, deixando-o mais convidativo, participativo e portanto atrativo”, avalia Sergio Floris, diretor de TV do Twitter Brasil.

Na avaliação de Diego Guebel, diretor geral de conteúdo da Band, as ferramentas digitais são úteis para expandir o conteúdo produzido pela televisão e aproximar o público da programação.“Ninguém fica só na frente da televisão ou só na frente do computador. Estamos falando com o mesmo público, que tem diferentes hábitos: está na TV e está na internet. O desafio é acompanhá-lo e oferecer conteúdo em diversas plataformas. A internet é uma ótima ferramenta complementar. Uma ação artística ou comercial pode começar na televisão e terminar na web ou vice-versa”, afirma.

Além disso, grandes empresas conhecidas por negociarem transmissões com companhias de TV, agora passam a mirar também nas mídias sociais. A NFL (Liga Americana de Futebol) firmou uma parceria recente com o Twitter para a transmissão de seus jogos, da mesma forma que a NBA, que transmitirá os melhores momentos pela rede social. No Brasil, o Twitter também transmitiu coletivas de imprensa e momentos da final do campeonato de League of Legends, em parceria com a Riot Games.

“As transmissões ao vivo trazem complementaridade ao conteúdo pop, possibilitando a cobertura de bastidores, diferentes pontos de vista de um estádio, com repórteres espalhados e uma dinâmica simples. Formatos que normalmente não fazem sentido em um veículo de massa, cabem nessas transmissões”, avalia Luis Olivalves, diretor de parcerias de mídia para a América Latina do Facebook. De acordo com ele, os usuários do Facebook gastam três vezes mais tempo assistindo a vídeos ao vivo do que a vídeos sob demanda, e comentando dez vezes mais.

Segundo Olivalves, o fato de as companhias de mídia terem se apropriado do Live do Facebook nos últimos anos não interfere no engajamento pessoal dos usuários comuns com a ferramenta, mesmo após a mudança de algorítimo da plataforma, que agora prioriza posts de amigos e família. Ele revela que hoje as pessoas criam e compartilham três vezes mais vídeos no Facebook do que faziam há um ano.

Diante do avanço dos serviços de streaming e do declínio da audiência das redes de TV, as ferramentas de transmissão ao vivo podem ser aliadas das emissoras, na sua avaliação.“De forma alguma eu posiciono o Live como um produto concorrente, o que a gente percebe quando olha para as redes sociais é o conceito de longa duração, pois elas estimulam as pessoas a compartilharem mais e amplificar o conteúdo. É uma plataforma de segunda tela, onde as pessoas vão discutir os conteúdos que recebem no dia-a-dia”, afirma Olivalves. 

O estudo Connected Life, da TNS, mostra que os brasileiros estão passando mais tempo com outros dispositivos, como PCs/laptops e celulares, do que com a TV. 32% dos espectadores estão “empilhando telas”, utilizando múltiplos dispositivos ao mesmo tempo, e 7% deles dizem não assistir televisão.

Para as emissoras de TV, a transmissão via redes sociais serve ainda como um termômetro do consumo e do comportamento do público, permitindo aos veículos avaliar qual é a demanda para determinado conteúdo. De acordo com os dados fornecidos pelo Twitter, 82% dos usuários acompanham a rede social como segunda tela, e 61% fizeram Tweets sobre TV em 2015, dentre os quais as categorias mais comentadas são esportes, eventos especiais e novelas. Desde o lançamento do Periscope, em 2015, foram feitas mais de 200 milhões de transmissões ao vivo.

Segundo Sergio Floris, há integrações em curso entre o Twitter e as redes Globo, Band e Record, além de parcerias em torno das olimpíadas com SporTV e outras transmissoras. Ele destaca ainda o papel dos influenciadores nas conversas em tempo real sobre televisão. “A participação dos influenciadores da plataforma em projetos televisivos é uma grande tendência e tende a ser cada vez maior pelo seu poder de mobilização em alavancar a conversa sobre um determinado tema ou conteúdo”, completa.

 

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