Um filme sobre o jornal que é notícia

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Um filme sobre o jornal que é notícia

Longa-metragem mostra bastidores do Meia Hora no Festival do Rio


6 de outubro de 2014 - 12h18

“Fátima abandona Bonner e vai fazer programa.” Foi assim que, em 2011, o jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro, comunicou o fim da parceria entre Fátima Bernardes e William Bonner na bancada do Jornal Nacional, da TV Globo.

Cheia de duplo sentido, a manchete virou assunto na imprensa pela ousadia. Mas o caso não é isolado. Feitas para gerar buzz, as chamadas irreverentes abusam de recursos gráficos e de imagem. Há dois anos, despertaram a atenção do cineasta Angelo Delfani, que aproveita o Festival do Rio de Janeiro para lançar o documentário Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete.

O trabalho contou com colaboração dos editores do Meia Hora, personagens principais do projeto, que mostra os bastidores do processo de fechamento de primeira página do veículo popular, direcionado às classes C e D. Também foram entrevistados para o filme os antigos proprietários do diário — atualmente controlado pelo grupo Ejesa, mesma empresa que publica os jornais O Dia e Brasil Econômico —, colunistas e celebridades que já estamparam
suas páginas.

O longa-metragem compete na categoria Premiére e será exibido em seis sessões no festival. Algumas das apresentações serão permeadas por debates com o diretor e profissionais que colaboraram com o documentário, como a funkeira Valesca Popozuda e Dado Dolabella. O ator foi o pivô de uma manchete que Delfani considera uma ruptura do jornal, quando o veículo passou a ser visto não somente como popular, mas cult, atraindo também as classes A e B. Para noticiar seu rompimento com a atriz Luana Piovani, o Meia Hora estampou “Luana não tem mais Dado em casa”.

Conforme avançava a produção, o diretor percebeu que o trabalho se tornava mais denso. “Começamos com objetivo de fazer um curta sobre as manchetes. Depois notamos que havia muito material. No fim, conseguimos contar a história e também abordar questões éticas, como o dever de um jornal. O que é comunicação popular? Vale dar notícia só para fazer piada?”, questiona Delfani. Ele afirma que o leitor precisa fazer uma reflexão para encontrar a resposta. “Minha esperança é de que as pessoas saiam do cinema e repensem a mídia como um todo”, diz. O filme terá distribuição comercial e deve chegar às demais capitais do País em breve. 

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