Cannes sem Lions?
A premiação parece que foi engolida pela avalanche de conteúdo
A premiação parece que foi engolida pela avalanche de conteúdo
15 de junho de 2019 - 13h39
Será minha primeira vez em Cannes. Aconteceu meio por acaso. O pessoal da David botou uma pilha, a Faber-Castell super apoiou e logo estarei lá. Nem deu tempo de criar expectativas. No lugar delas colecionei opiniões de quem já foi e algumas horas dissecando o conteúdo para escolher o que acompanhar.
Do que vi e ouvi me chamaram a atenção os relatos de quanto o festival mudou. E que não parece nem um pouco com a imagem que eu tinha guardado da minha época de estudante que queria fazer publicidade: uma premiação tipo tapete vermelho. Ao contrário, talvez os leões corram até risco de extinção. Explico.
A premiação parece que foi engolida pela avalanche de conteúdo. Aquela ficou menor, secundária para quem vai, talvez mais importante para quem acompanha à distância. A mudança parece acompanhar o que é a oferta de outros festivais. Muitas conversas, painéis, grandes nomes e FOMO. Muito FOMO. Acho que uma semana vai ser realmente pouco tempo para absorver tudo.
O plano é tentar um grande download do que é tendência e sobretudo do que ainda vai ser. Tenho uma apreciação especial pelo diferente e improvável, então vou buscar cases excêntricos e visões menos consensuais sobre os caminhos da criatividade (afinal, criatividade é sobre isso também). Como se eu fosse ao zoológico procurando ver mais ornitorrincos que leões. É bom que os leões estejam lá. São a marca registrada de qualquer zoológico, mas vou gastar mais tempo com o restante da fauna.
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