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Capitão Kirk, um cara à frente do seu tempo

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Diário de Cannes

Capitão Kirk, um cara à frente do seu tempo

Com outros inúmeros exemplos mostrados no telão do seminário “A Worldwide Movement is Happening Now”, ficou evidente o quanto ignoramos a população negra na produção de conteúdo e de propaganda


19 de junho de 2017 - 12h34

Capitão Kirk deu o primeiro beijo inter-racial na TV americana. Você sabia disso? Para Geoff Edwards, um dos criadores do movimento “Saturday Morning”, esse beijo era uma esperança de que a população negra pudesse fazer parte da produção cultural de uma forma mais igualitária. Apesar dessa e de outras tentativas, muito pouca coisa mudou de lá pra cá. Com outros inúmeros exemplos mostrados no telão do seminário “A Worldwide Movement is Happening Now”, ficou evidente o quanto ignoramos a população negra na produção de conteúdo e de propaganda.

Foto: Reprodução

E não precisamos ir muito longe: o Brasil, um país de maioria negra, não reflete sua realidade na produção cultural. Ao questionar essa baixa representatividade do afrodescendente na propaganda, Jayanta Jenkins (Global Group Creative Director do Twitter), Geoff Edwards (Co-Head of Creative da Creative Artists Agency), Keith Cartwright (Executive Creative Director da Butler Shine Stern & Partners) e Jimmy Smith (Chairman, CEO e CCO da Amusement Park Entertainment) querem colocar na cabeça de cada profissional do mercado que eles são responsáveis, têm o poder e a oportunidade de mudar essa realidade.

Mais que isso, ao repetir algumas vezes “BRANDS HAVE THE POWER”, Jayanta deixa claro que as marcas podem ser um dos grandes agentes dessa mudança. Seja criando produtos, seja com uma comunicação mais inclusiva. Ele enfatiza também que isso não significa somente incluir os negros, mas o público LGBT, as mulheres e qualquer outro grupo que não seja bem representado.

Diferentemente dos anos 60, hoje o mundo está sendo forçado a mudar. E temos sorte de fazer parte deste momento. Se eles queriam colocar esse desconforto, essa vontade de fazer algo na cabeça de cada um da plateia, no meu caso eles conseguiram.

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