Não tinha como o Festival de Cannes começar diferente
Estou fascinado com tanta troca de informações e agradecido pela oportunidade de poder adquirir conhecimento por meio desta experiência, que considero inspiradora
Não tinha como o Festival de Cannes começar diferente
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23 de junho de 2022 - 12h58
Aqui, já ouvi e vi pessoas extraordinárias falarem sobre temas relevantes, que nos provocam reflexões e nos despertam uma vontade de nos aprofundarmos nesse leque tão amplo de coisas a serem vistas e exploradas.
Quero destacar alguns dos temas que mais me comoveram e que considero de extrema importância, não apenas para me atualizar como profissional mas, principalmente, para o meu lado humano.
Começo com a guerra na Ucrânia, trazida tanto por grupos de criativos do país, quanto pelo Garry Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez. Segundo ele, a guerra na Ucrânia é um problema de todos nós. Ao fazer um paralelo com a sua especialidade, Garry revelou que a guerra é como o xadrez: tem dois lados, não existe a zona cinza. #RegainUcrania
O tema colaboratividade, igualmente, me despertou o interesse. Todd Kaplan, diretor de Marketing da Pepsi, contou sobre a experiência que teve com a campanha #betterwithpepsi – que trouxe o insight de que 60% das pessoas preferiam seu fast food com Pepsi mas que, ainda assim, a Coca-Cola dominava os pontos de venda. A partir daí, a ideia foi envolver o público ao oferecer bebidas de graça para quem postasse fotos enquanto consumiam Pepsi, com qualquer um dos combos das redes famosas de fast food, o que gerou um buzz e trouxe resultados significativos, por meio de uma percepção.
Confirmei que relações de confiança constroem campanhas relevantes e potentes e que testar e perceber rapidamente o erro também faz parte do jogo. Foi o que a Morgan Flatley, CEO Global do McDonald’s, e Neal Arthur, COO da Wieden + Kennedy, muito bem pontuaram, assim como os demais objetivos abordados para se ter sucesso nas entregas sobre construção de marca, a fim de gerar vendas.
Agora, sobre propósito. A Nike tem como premissa que basta você ter um corpo que pode ser um atleta. E em toda a construção de propaganda que fazem, a mensagem é a de “escutar a voz do atleta”. É o que os executivos da marca trouxeram para a mesa, na palestra “Não existe linha de chegada”.
O tema “Futuro do Planeta” foi trazido na apresentação secreta do Ay Young, cantor. Digo “secreta” pois todo ano o festival faz uma agenda com o nome “Cannes Lions: Secret speaker in the forum – Guaranteed to inspire”. Só descobrimos já dentro da sala o que vai acontecer e quem vai falar.
Foi uma apresentação rápida, de aproximadamente 20 minutos, mas eu queria pontuar que nunca vi tamanha catarse. Ay Young fez com que todos na sala, de alguma maneira, entrassem no clima, seja com as luzes dos celulares ou cantando refrões como “Save the Planet”.
Nunca vi tanta energia. Energia essa tão necessária para colocar nossos trabalhos na rua de forma responsável, com colaboratividade e sempre com propósito, acima de qualquer coisa. Sigo aprendendo.
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