Um festival com mais criatividade
O festival era o palco das descobertas. Agora virou outra coisa. Passou a ser muito mais representativo da indústria, e não apenas um evento para os criativos, o que é ótimo
O festival era o palco das descobertas. Agora virou outra coisa. Passou a ser muito mais representativo da indústria, e não apenas um evento para os criativos, o que é ótimo
8 de junho de 2018 - 15h48
Tinha um tempo em que Cannes era a coisa mais poderosa que existia para abrir a cabeça para ideias novas e diferentes. Era uma época em que a informação não circulava como hoje. O festival era o palco das descobertas. Rolava uma ansiedade no ar para conhecer as coisas que outros países estavam fazendo.
O festival virou outra coisa. Passou a ser muito mais representativo da indústria, e não apenas um evento para os criativos, o que é ótimo. Tá tudo certo.
Mas essa massificação também criou uma certa banalização dos prêmios. Nos últimos anos, poucas coisas realmente se destacaram. A gente acaba lembrando das ideias que ganharam, sei lá, 15 leões e uns 2 GPs. O resto praticamente desaparece. Some na multidão. Vira apenas um item numa lista que sai na imprensa. Ou bullet point nos slides de apresentação da agência.
Esse ano minha expectativa é de um evento um pouco diferente nesse aspecto. Essa nova regra, limitando o número de inscrições de uma mesma campanha, deve trazer mudanças importantes. Acho que a gente vai ver mais ideias dividindo o protagonismo nas premiações. Quem sabe um festival mais recheado de descobertas.
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