A-List destaca Mischief, TBWA, Grey, David e Publicis
Divulgada nesta segunda-feira, 14, lista anual do Ad Age ressalta agências, redes e holdings que mais cresceram em 2021
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O Ad Age divulgou nesta segunda-feira, 14, o A-List, compilação anual das agências, redes, grupos e produtoras que mais tiveram destaque ao longo do último ano.
No texto de apresentação da lista de 2022, a editora executiva Judann Pollack ressalta que, se no início da pandemia a indústria estava focada em sobreviver, em 2021 a retomada do crescimento aconteceu e as agências que figuram no A-List deste ano estão, portanto, emergindo da pandemia mais resilientes do que nunca.
“Essas agências transformaram as difíceis lições aprendidas em dois anos de Covid em aprendizados, aprimorando suas habilidades de produção, elevando suas atuações em tecnologia, dados e adotando um ambiente de trabalho híbrido que mudou para sempre o modo com que essa indústria faz negócios. Esse mundo sem fronteiras viabilizou a colaboração em uma escala mais ampla e abriu oportunidades para agências e talentos de todos os cantos do mundo.
Os a-listers encontraram soluções inovadoras para engajar consumidores em um mundo sem cookies. Estão desafiando convenções e trabalhando com clientes para repensar fundamentos com estratégias de transformação do negócio. As receitas voltaram a crescer por meio de concorrências e conquistas de novos negócios, mas também a partir da recusa em atender contas que não se alinham com seus valores ou ameaçam esgotar seus funcionários. Priorizaram programas para resguardar seus assets mais valiosos – as pessoas – com programas inovadores, assistência para saúde mental, entre outras iniciativas. Estão trabalhando para diversificar seus índices por meio da contratação de pessoas negras e indígenas para trazer pontos de vista frescos, embora haja reconhecidamente muito trabalho a ser feito nessa frente.
Mas, mais importante, os a-listers estão provando aos clientes o poder que uma grande ideia criativa tem de mexer ponteiros”, escreveu Judann.
A mais nova agência do ano
A agência que está em primeiro lugar no ranking deste ano iniciou atividades há 21 meses. Foi quando Greg Hahn, então CCO da BBDO Nova York, resolveu abandonar o cargo depois de 15 anos para montar uma nova agência, a partir de uma parceria com a independente e canadense No Fixed Address. A agência conquistou contas como Chipotle, Monogram, Netflix, Tinder e Shutterfly. No total, tem 30 clientes e não perdeu nenhum até então.
Além da publicidade
Ao ir além da publicidade tradicional que a consagrou, a TBWA alcançou o maior crescimento de sua história em 2021. Detentora do título de Rede do Ano, a companhia embrenhou em projetos como a criação, para Nissan, de uma versão do Waze que fazia uso da IsiZulu, idioma comum na África do Sul – e que não estava disponível no aplicativo. A rede ganhou contas como a da Philips e a da Discover, reteve seus 20 maiores clientes e ampliou a participação em 65% deles.
Ressurreição
“Não é todo dia que uma agência ressuscita dos mortos” – assim começa o texto de Judann Pollack sobre a Grey, que encabeça a categoria Comeback Agency of the Year, destinada às agências que voltam a ter destaque depois de um período sem feitos significativos.
Depois da fusão entre Grey e AKQA, que deu origem ao AKQA Group em 2020, a conclusão do mercado era a de que chegava ao fim a centenária marca Grey. Mas a sentença de morte foi a principal motivadora para a volta por cima da agência, que conquistou US$ 88 milhões em novos negócios, como Angel Soft e IGH Hotels, e terminou 2021 com receita de US$ 258 milhões. A divisão de health ganhou contas como a de Johnson & Johnson. Javier Campopiano, CCO worldwide do Grey Group, teve um papel importante da disputa do WPP pela Coca-Cola, afirma o Ad Age.
De Madri para o mundo
Mais jovem dentre as operações da David, a David Madri estreou em 2019 e, desde então, a receita da agência cresceu mais de 60%, passando de US$ 3 milhões para mais de US$ 5 milhões. Em 2021 a empresa já detinha clientes como Twitter, primeiro inaugural, Danone, Netflix e Burger King, para quem o trabalho “Stevenage Challenge” ganhou três Grand Prix e um Titanium na edição passada de Cannes.
Comandada por Pancho Cassis, sócio e CCO global da rede, da David Madri foi uma das poucas agências de fora dos EUA a criar anúncios para o Super Bowl. Neste ano, está trabalhando em projetos que envolvem o futebol europeu para Coca-Cola.
A aposta de cinco anos atrás vingou
Para eleger a Holding do Ano, o Ad Age se viu diante de uma escolha de Sofia: de um lado, o WPP ostentou a vitória da maior concorrência global de 2021, a da Coca-Cola, e encerrou o ano com crescimento orgânico de 12,1%. De outro, o IPG, que já vinha mantendo uma performance sólida nos últimos anos, alcançou alta de 11,9% em 2021.
E, em outra ponta, está o Publicis Groupe, para quem foi o título deste ano. Graças às apostas de milhões feitas anos atrás – a aquisição da Epsilon e a criação da plataforma Marcel – a holding francesa faturou US$ 5 bilhões em novos negócios. Entre os mais relevantes estão a conta global de mídia da Stellantis, a verba de McDonald’s nos EUA, a conta de mídia do Walmart e a da Meta.
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