ABP irá se remodelar em busca de novo começo

Teresa Levin e Teresa Levin
1 de novembro de 2016 - 14h57

Assim como o Brasil, a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) está passando por um momento conturbado. Classificado como um reflexo do que está acontecendo com o mercado publicitário pelo presidente da entidade Álvaro Rodrigues, o cenário da entidade deve mudar a partir de uma renovação que passa pela venda da sede da ABP no centro do Rio e ainda a adoção de um novo modelo e de diferentes caminhos para seu financiamento.

“A ABP tem que ganhar tração e para isso temos que remodelar a entidade, repensar seu tamanho e papel no mercado”, explica Rodrigues. Seguindo esta ideia, Thomaz Naves, executivo da Record que é um dos diretores da entidade, enviou esta semana um comunicado a diversos profissionais do mercado informando sobre a situação da entidade, no qual aponta que ela passa pelo seu pior momento financeiro desde que foi criada há 80 anos. “Ele jogou a luz para o mercado ver a realidade da ABP. Teremos que ter uma atitude um pouco mais radical, com a venda da sede, para interrompermos esta história e começarmos outra”, diz Rodrigues.

A venda da sede foi acertada pelos diretores da entidade como um caminho para melhorar a situação econômica da ABP. “A forma como a entidade foi criada e idealizada do ponto de vista de gestão vem se inviabilizando ao longo dos anos”, diz o presidente da ABP, citando que ela se mantém através da captação de patrocínios que viabilizam seus eventos e das mensalidades dos associados. Antecipando que a ABP promoverá seu Prêmio Comunicação no começo do ano, ele aponta novos rumos da entidade. “Ela tem que ser mais do que promotora de eventos, tem que pensar em conteúdo, na formação profissional. Já temos feito isso, um dos resultados, por exemplo, é a parceria que firmamos com o Picnic”, informa, citando o festival que começa na quinta-feira, 3, no Rio.