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Comunicação

Criatividade paulistana: 6 coletivos de conteúdo para ficar de olho

Grupos colaborativos de design, arte e audiovisual estão renovando a cena criativa da capital


25 de janeiro de 2018 - 0h00

Existe amor (e criatividade) em SP: a cidade que recebe milhares de talentos de diferentes cantos do País não poderia deixar de produzir iniciativas independentes de produção de conteúdo.

Longe de precisar da chancela de grandes empresas para criar, grupos de profissionais de diferentes áreas abrem seu próprio espaço e criam novas formas de produzir projetos para marcas e financiar trabalhos autorais.

Conheça abaixo alguns dos coletivos que estão renovando a cena criativa de São Paulo.

1. MOOC

O Coletivo MOOC (ou Movimento Observador Criativo) é um grupo formado por oito jovens – produtores musicais, designers, estilistas, fotógrafos e diretores de cena -, que propõe trazer o olhar do jovem negro sobre diferentes assuntos em projetos de moda, publicidade, audiovisual e design.

A ideia é apresentar um ponto de vista mais realista do lifestyle dos jovens negros. “Queremos trabalhar com tudo, viemos para fugir do comum e romper alguns padrões. Não existe certo ou errado, são apenas olhares diferentes sobre como fazer um trabalho”, diz Levi Souza Novaes, que cuida da comunicação do coletivo.

O MOOC já realizou projetos como “Skolors”, para Skol, e o filme “Duas mulheres. Duas Vidas. Uma Luta”, com a cantora Elza Soares, em parceria com o Bradesco. Também já trabalharam com marcas como Converse, Nike e Zaxy. O coletivo hoje está incubado na produtora Conspiração Filmes. Na publicidade, o grupo gosta de trabalhar com pessoas reais, fazendo casting pelas redes sociais e até mesmo no transporte público. “Conseguimos colocar um pouco do nosso olhar na propaganda, que a carece de mostrar o que o público negro gosta de consumir e fazer”, afirma a fotógrafa Catarina Martins.

Foto: Reprodução

2. Gleba do Pêssego
Mais um coletivo que está começando a amadurecer na cidade é a Gleba do Pêssego, formado por oito jovens do audiovisual. Com origem em diferentes bairros de periferia, os integrantes se uniram há cerca de dois anos para criar filmes de ficção sobre diferentes temas. Os primeiros projetos incluem os curtas “Translúcidos”, sobre mulheres trans, e um fashion film para uma marca periférica, a Julia Costa Shop. “Queremos trazer assuntos marginalizados de forma delicada, e abranger inclusive o público que tem preconceito em relação a eles”, diz o diretor Guilherme Candido.

Com planos de criar formatos para web e publicidade, o grupo tem conversado com agências para viabilizar produções e desenvolver projetos de branded content. “Há um movimento das empresas de precisar de pessoas com mais propriedade para falar, e então percebemos que podemos estar em agências ou produtoras. Tem muito essa coisa da narrativa única, todo mundo nestes espaços vem do mesmo lugar e estudaram nas mesmas faculdades, e cada um de nós traz uma visão diferente que não está muito presente nestes lugares”, diz Caroline Santos, produtora executiva.

Foto: Reprodução

3. Portland
Recém-nascida no mercado, a startup Portland funciona como uma incubadora de novos talentos, um coletivo de universitários criativos que visa conectar a indústria publicitária ao universo das novas gerações. Encabeçada pelo publicitário Bruno Höera e em fase de desenvolvimento de seus primeiros projetos, a equipe funciona como um “time-freela” para projetos pontuais. O time recebe briefings de clientes e executa projetos pequenos que normalmente não seriam rentáveis para as agências. A ideia é que marcas e agências possam encontrar na Portland futuros profissionais fixos.

A diversidade também é um dos pilares da Portland, que tenta abarcar universitários com diferentes vivências, etnias e gênero. Como estagiários, os membros da Portland também tem acesso a workshops e consultorias com profissionais do mercado criativo.

Foto: Reprodução

4. Hysteria

Criar um ecossistema de apoio à projetos concebidos e realizados por mulheres, não necessariamente sobre temas femininos, é o objetivo da Hysteria, divisão da Conspiração Filmes. O coletivo conta com um time fixo de 10 profissionais da produtora e mais de 500 parceiras, entre diretoras, roteiristas, produtoras e jornalistas. A plataforma online do coletivo, Ver, Ler e Ouvir, conta com webséries, curtas-metragens, reportagens, videoclipes, podcasts e playlists idealizados e produzidos por mulheres.

“Tínhamos esse desejo de criar um espaço para juntar mulheres, atrizes, youtubers, negras, brancas, feministas e outras nem tanto, e ao mesmo tempo estruturar algo que é um grande negócio, afinal mulher é um grande personagem para marcas e saber falar com ela é importante”, diz Isabel De Luca, diretora editorial.  Os programas originais da Hysteria incluem as webséries Tudo, com a atriz Maria Ribeiro; Alerta de tubarão, com influenciadoras; a coprodução Desnude, com o GNT; e projetos de branded content para Google e Masp. O núcleo também que fazer filmes e séries de ficção, publicitários e até produções eróticas. Um festival de música organizado por mulheres, o Festival Hysteria, também já está no radar para o primeiro semestre de 2018, em São Paulo.

Gravação do programa “O nosso amor a gente inventa”, para o hub digital Hysteria. Foto: Divulgaçã

5. Redes de Jornalistas das Periferias

Lançada oficialmente em 2016, a Rede Jornalistas das Periferias é uma iniciativa de jornalistas moradores de bairros periféricos da cidade que atuam em diferentes frentes, com o objetivo de disseminar conteúdo produzido pelas periferias, e para as periferias. A rede reúne 13 iniciativas de mídia livre: Mural – Agência de Jornalismo das Periferias, Núcleo de Comunicação da Uneafro, Escola de Notícias, Alma Preta, Desenrola e Não Me Enrola, Do Lado De Cá, Imargem, Nós Mulheres da Periferia, Periferia em Movimento e Periferia Invisível.

Em setembro de 2017, o coletivo realizou a primeira edição da Virada Comunicação, evento que debateu o mercado editorial e modelos alternativos de produção de informação, com oficinas, palestras e intervenções culturais.

Primeira edição da Virada Comunicação, em 2017. Foto: Reprodução/ Semayat Oliveira.

6. Bijari

O coletivo BijaRi está ativo desde 2001 e é formado por arquitetos, artistas e uma equipe de produção digital. O grupo desenvolve  instalações, performances e iniciativas que envolvem espaços abertos e fechados.  As técnicas vão de produção de palco, animações, performances até videomapping para eventos, galerias e ativações de marcas. Recentemente, o coletivo realizou, por exemplo, o projeto cenográfico para a Estação Hack, hub de startups do Facebook, e a produção de palco de um evento para a Intel com a vice. O Bijari Lab, por sua vez, é um braço de criação em artes visuais e multimídia para empresas. O laboratório já realizou ativações para marcas como Claro, Bradesco, Citroen, Globo, Sesc, Ford, entre outras.

Ativação realizada para a Pepsi. Foto: Reprodução

 

 

 

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