Da superfície iridescente à fantasia: como surgem as tendências criativas
Robyn Lange, da Shutterstock, conta como a empresa antevê os padrões estéticos que permearão o design, a publicidade e a mídia
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BuscarRobyn Lange, da Shutterstock, conta como a empresa antevê os padrões estéticos que permearão o design, a publicidade e a mídia
Isabella Lessa
5 de setembro de 2018 - 8h00
Os meses do ano passaram e a profusão de peças holográficas – de jaquetas a sapatos –, só aumentou. O futurismo retrô que foi bastante popular nos anos 1980 voltou para 2018 não somente na forma de roupas iridescentes, mas também em produções cinematográficas, como Blade Runner, e séries como Stranger Things.
A procura por seres míticos também continuou este ano – bastou observar as ruas do País durante o Carnaval para constatar que as fantasias de sereia e as tiaras de unicórnio não ficaram esquecidas nas gavetas de fevereiro passado. E, mais uma vez, no entretenimento, a fantasia encontrou eco em séries como O Senhor dos Anéis e Westworld – enquanto a próxima temporada de Game of Thrones não vem – e nos longas A Forma D’Água, Jogador Nº 1 e Jurassic World 2.
Mas, como essas e outras tendências são previstas pela Shutterstock? Quem dita o que virá a ser popular na cultura nos doze meses de um ano? Segundo a consultora Robyn Lange, o Creative Trends é resultado de um mapeamento, realizado ao longo de um ano inteiro, dos downloads e comportamentos de designers, profissionais de marketing, cineastas e blogueiros do mundo todo.
No entanto, o levantamento desses dados globais não atenta somente para a popularidade que esses temas virão a ter, mas também apontam para o que influenciará a direção criativa de imagens, vídeos e músicas.
Para construir o relatório de 2018, a in-house da Shutterstock coletou e classificou 11 estilos que continuariam ascendendo ou que começariam a despontar a partir deste ano. Segundo Robyn, a moda holográfica foi resultado em 435% das pesquisas no acervo da plataforma e, de fato, foi protagonista de algumas coleções de grandes marcas durante as semanas de moda. “Desenhos iridescentes foram exibidos nas passarelas do outono de 2018, com modelos da Maison Margiela andando na passarela vestindo looks prismáticos acompanhados de lábios iridescentes. Balmain deu um upgrade na era espacial com tecidos holográficos, e Sies Marjan, Maryam Nassir Zadeh e Area trabalharam com tecidos de alto brilho em suas coleções”, comenta.
Na música, um outro exemplo dessa tendência está presente na capa da versão remix do single Chained to the Rhythm, da Katy Perry. Já a Chandon fez uma parceria com a designer Rebecca Minkoff para criar uma embalagem de edição limitada com esta mesma estética e, em julho, a varejista Target começou a vender cadeiras infláveis repletas de folhas holográficas.O artesanato digital, outra tendência publicada no relatório divulgado em janeiro e que inclui origamis e bordados, também tem sido utilizado pelas marcas. “De Enjoei, passando por Dior e Tiffany’s, vimos muitas marcas de moda adotarem o design das artes digitais. Aulas de bordado, costura e tricô estão surgindo em toda parte e marcas como Hermès e Lush Cosmetics estão aplicando o artesanato em instalações em vitrines, por exemplo”, comenta Robyn. Na publicidade digital anúncios da Mainstay Island Vodka, da Fiat, da Amazon e da Conde Nast Traveler também se valeram da tendência.
https://www.youtube.com/watch?v=JTjxuqn67d4
A consultora ressalta que a tendência de tons “pastéis contemporâneos” está ganhando força particularmente na Alemanha, com empresas como a Yogurette e a Strato, implementando a estética em comerciais de TV. No Brasil, ela cita o O Boticário como exemplo de marca que apostou na paleta de cores (veja abaixo).
https://www.youtube.com/watch?v=VdN54pVPDSk
https://www.youtube.com/watch?v=CyMhl4Zaejg
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