Publicis Groupe transfere Fernando Diniz da DPZ para posto de CEO da Leo Burnett
Holding promove mudanças de lideranças em suas agências; CEO Marcelo Reis deixa a Leo Burnett Tailor Made; e, na DPZ, Benjamin Yung, o BJ, permanece como CEO
Fernando Diniz assume como CEO na Leo Burnett Tailor Made
O Publicis Groupe promove mudanças no comando da Leo Burnett Tailor Made e na direção da holding no Brasil.
Marcelo Reis deixa a Leo Burnett Tailor Made, onde era CEO. Para assumir o cargo, o Publicis Groupe remaneja Fernando Diniz, até então CoCEO da DPZ. Com isso, a DPZ passa a ter um único CEO: Benjamin Yung, o BJ. Na semana passada, a DPZ havia anunciado a promoção de Flávia Côrtes a COO.
Fernando Diniz foi o único intrante da liderança da DPZ&T que manteve-se na agência após a cisão que deu origem à Galeria, em agosto de 2021. Na metade do ano passado, a agência resgatou o antigo nome de volta, DPZ.
Como parte das mudanças na direção da Leo Burnett Tailor Made, Fábio Brito (ex- Fbiz, Dentsu e McCann) volta à empresa como COO. A vice-presidente de novos negócios, Leticia Meira, também está de saída da agência. No mês passado, saiu a vice-presidente de mídia, Heloisa Goldman.
O grupo também está criando o cargo de chief operating officer (COO), que será ocupado por Andréa Fernandes, que já atuou nas áreas de marketing de Ambev e Kraft Heinz, além de agências como Africa e DM9.
Em entrevista concedida no mês passado a Meio & Mensagem, Gabriela negou planos de fusões envolvendo as quatro agências de publicidade do Publicis Groupe, os escritórios de redes globais Publicis Brasil e Leo Burnett Tailor Made e as marcas locais DPZ e Talent. “Entendo a percepção de quem está de fora, pois trabalhei em multinacionais. E o olhar é de que é mais fácil matar marcas nacionais e ficar com as internacionais. O que a DPZ fez nos últimos dois anos foi incrível e tem um DNA único, assim como as outras marcas que fazem parte do grupo”, declarou.
Um de seus objetivos é o de aprofundar a conexão de todas as empresas do Publicis Groupe no Brasil, sob o modelo Power of One. Na definição de Gabriela Onofre, antes o full service se restringia à agência, mas agora faz parte do todo. “Estou vindo do lado do cliente e tudo que ele não quer é gerenciar várias agências, é muito complexo. Sempre foi responsabilidade da agência, enquanto parceiro estratégico de construção de negócio e de marca, fazer essa ponte. Mas o diferencial aqui é promover a costura interna e dar ao cliente aquilo que ele precisa no momento”, diz.
O Publicis Groupe também ensaia mudanças na articulação de mídia no Brasil, com o reforço na estrutura da Performics, dirigida por Rafaela Queiroz, ex-vice-presidente de mídia e BI da DPZ. A Performics é uma das empresas, ao lado de Retargetly e Sapient, que a holding espera que assumam papel de motores, capazes, inclusive, de impulsionar a atuação das agências criativas — no caso, DPZ, Leo Burnett, Talent e Publicis.