Grupos sentem reflexos do Brasil

Felipe Turlao
27 de abril de 2015 - 4h35

O mau momento da economia brasileira impactou os balanços financeiros dos grandes grupos do mercado de comunicação.

O WPP divulgou na semana passada o balanço financeiro do primeiro trimestre, que confirmou resultados ruins no Brasil. Segundo a holding, a operação latino-americana teve queda de 0,3% nas receitas, especialmente por conta do País. “O Brasil teve alguns problemas no primeiro trimestre. Mas estou otimista”, assegurou Martin Sorrell, CEO do grupo que, globalmente, cresceu 5,2%, com bons ventos vindos especialmente dos Estados Unidos e Reino Unido. 

IPG e Publicis
O Interpublic (IPG) também divulgou seus resultados, com crescimento de 5,7% no primeiro trimestre, chegando a US$ 1,7 bilhão.

Na América Latina, no entanto, houve um decréscimo de 0,7%, número surpreendentemente negativo quando comparado com a alta de 18% observada no primeiro trimestre do ano passado, e a de 16% do mesmo período em 2013. O Interpublic creditou o resultado aos desafios que a economia do Brasil está proporcionando.

A holding comentou ainda que a queda nada tem a ver com o escândalo de corrupção envolvendo Ricardo Hoffmann, ex-funcionário da Borghi/Lowe. Outros grupos a divulgarem seus balanços do primeiro trimestre foram Publicis e Omnicom. O primeiro teve crescimento de 0,9%, atingindo US$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre, mas reclamou da economia frágil de países emergentes, especialmente no Brasil, onde teve queda de nada menos que 10%. O Omnicom teve alta de 5,1% nas receitas, com crescimento de 3,4% na América Latina.