Mais um viral punido pelo Conar
Desta vez, Vivo tem pedido de alteração definido por unanimidade dos conselheiros do órgão
Desta vez, Vivo tem pedido de alteração definido por unanimidade dos conselheiros do órgão
Meio & Mensagem
25 de julho de 2012 - 8h26
Pela segunda vez em menos de dez dias, o Conar optou por pedir a alteração de um filme viral. Desta vez, a Vivo foi o anunciante penalizado. Isso porque um filme, protagonizado por bonecos em 3D, sugeria que o espectador o compartilhasse, promovendo sua viralização. Numa das abordagens, sugeria-se que quem não o fizesse não possuía amigos. Na avaliação do órgão, a empresa não pode julgar o consumidor por ele optar em não divulgar o material ou por não possuir um produto.
A decisão se soma a outra, semelhante, em que um viral da Trident sofreu sanção – naquele caso, por não deixar claro se tratar de um filme publicitário (leia mais aqui). Tramita no órgão, ainda, processo acerca do recente case "Perdi meu amor na balada", da Nokia, que vem sendo alvo de duras críticas (mais informações aqui). O resultado, porém, pode levar até 30 dias para sair.
Além da Vivo, A Coca-Cola e outros oito anunciantes foram submetidos à apreciação do conselho de ética. A marca de refrigerantes teve um comercial punido com pedido de alteração. Ele replica o conceito “Quanto mais zero melhor”, criado pela Ogilvy para a Coca-Cola Zero e, numa das cenas, mostra um carro fazendo manobra brusca e arriscada em ambiente urbano (assista abaixo). O Conar considerou que a peça sugere um comportamento perigoso e pediu que o anunciante altere este excerto.
Na mesma reunião, realizada na manhã da quarta-feira 25, a escola de inglês Open English foi alvo de cerca de 60 reclamações de consumidores indignados com o aparente desrespeito à imagem das professoras brasileiras.
Em filme que defendia o aprendizado via internet com profissionais que têm o inglês como sua língua nativa, a empresa exibia uma suposta sala de aula no Brasil, comandada por uma professora obesa que aprendera inglês em Buenos Aires. Por unanimidade, os conselheiros votaram pela sustação da campanha – que, porém, já havia sido retirada do ar pelo anunciante.
Reclamações
Outro dos dez casos julgados foi o comercial de Fiat Siena que brincava com a linguagem dos comerciais de margarina (assista abaixo). A peça sofreu sanção em segunda instância e terá de ser alterado após reclamação da Bunge, fabricante de margarina, que alegava que o recurso criativo largamente usado por seu segmento foi usado – e ridicularizado – para promover o novo veículo.
A L’Oréal, por sua vez, acionou a Unilever por uma peça de uma campanha para internet de Seda. A marca anunciava que, graças ao produto Keratinology, o efeito obtido em salões de beleza seria prolongado.
Na avaliação dos conselheiros do Conar, não havia prova de que a afirmação fosse verdadeira – e optou-se, unanimemente, pela alteração da peça e consequente remoção da frase. Vale ressaltar o investimento que a L’Oréal vem fazendo em suas marcas voltadas a profissionais de beleza, como Professionnel, Redken e Matrix.
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