O ?bad english? do mercado brasileiro
Pesquisa aponta baixo nível de proficiência entre profissionais da indústria brasileira de comunicação, mídia e entretenimento
Pesquisa aponta baixo nível de proficiência entre profissionais da indústria brasileira de comunicação, mídia e entretenimento
Meio & Mensagem
23 de julho de 2013 - 12h17
Uma pesquisa recente da rede de idiomas Global English (pertencente ao conglomerado educacional Pearson) mostra que o nível de inglês do profissional brasileiro da indústria de comunicação, mídia e entretenimento está entre os piores na comparação com outros setores – o de engenharia figura em primeiro (veja quadro abaixo). Lá no fundão, a turma de comunicação só ganha mesmo de membros de organizações não governamentais e órgãos públicos.
Realizada com empresas de 78 países, o Business English Index 2013 posicionou o Brasil em 71° da lista, com uma nota média de 3,27 (numa escala de zero a dez). Profissionais brasileiros de mídia, comunicação e entretenimento obtiveram média de 3,20. É preciso considerar, no entanto, que a pesquisa ouviu apenas empresas que precisam que seus funcionários melhorem o inglês. “O desempenho brasileiro está muito aquém do que se espera de um país dessa importância no cenário global”, pondera José Ricardo Noronha, diretor da Global English.
O baixo nível de proficiência apontado pela rede chama a atenção num mercado tão afeito a expressões como job, briefing, brainstorm e board. “Eu não diria que o inglês ruim nos impeça de fazer negócios, mas atrapalha. Se você não tem um bom entendimento complica, porque o negócio em si já é bem específico”, afirma Rino Ferrari Filho, sócio-presidente da Rino e diretor regional para a América Latina da Icom, rede global de agências independentes.
Nos encontros anuais da rede – o último foi realizado em São Paulo, em abril passado, e contou com líderes de agências de 16 países, entre os quais Zâmbia, Taiwan e Estônia -, é preciso ignorar os sotaques e as dificuldades dos interlocutores. Ele reitera, no entanto, que o inglês é tratado como língua oficial da rede e o domínio do idioma conta na hora de selecionar uma agência independente para integrar o Icom. “Os estonianos falam muito bem”, revela, sobre a reunião de abril passado. Os profissionais de países asiáticos apresentavam, naquela ocasião, os sotaques mais sofríveis.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1569, de 22 de julho, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets do Meio & Mensagem.
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