Meio & Mensagem
13 de maio de 2011 - 5h17
Você se sente diminuído ou rebaixa o seu próprio talento quando reconhece o brilho do trabalho alheio?
É cada vez mais difícil ver, ler ou ouvir um elogio sincero feito a um trabalho de um colega da agência ao lado. Às vezes, até da baia ao lado. Por quê? Por que é mais fácil curtir uma campanha gringa postada no Ads Of The Universe, um filme criado no mercado siberiano ou o video-case da Brothers+Partners and Sisters? Será que não existem mais trabalhos que realmente têm feito a diferença por aqui? Pouco provável.
Recentemente eu estive em (mais) uma premiação do nosso mercado. Os colegas que subiam ao palco recebiam mais diplomas que aplausos. Constrangedor.
Se você curte de verdade um trabalho, fale. Elogie com a mesma intensidade da crítica. Mas sem a vaselina do puxa-saquismo.
Hoje, por exemplo, vindo para a agência, passei por um mobiliário urbano que tinha uma campanha bacana para o canal Viva: o Visconde de Sabugosa abraçado a uma garota e a assinatura: “Viva os reencontros. Canal Viva. Um ano no ar e vários na sua vida.” Não sei quais foram os criativos, mas a agência que atende ao canal é a Artplan. Curti.
Reconhecer a qualidade de um concorrente – quando ela existe, de fato – também é uma forma de reconhecer que você deve trabalhar mais, para poder fazer melhor. Melhor que ele, inclusive.
Alvaro Rodrigues é presidente e sócio-diretor geral de criação do Grupo 3+
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